Part 7

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  Assim que cheguei em casa e cumprimentei as meninas corri escada a cima doida para me refrescar em um banho relaxante, porém aquando tirei as roupas de trabalho e soltei os cabelos o olhar daquele menino me veio a mente e fez com que todo o meu corpo se arrepiasse. Direcionei meus olhos ao espelho e admirei o reflexo tentando entender por que ele me olhava daquela forma e não encontrei nada de diferente da manhã anterior mas algo parecia haver mudado em mim. Ignorei os pensamentos que não me levariam a lugar algum e me dediquei ao longo banho que merecia. Terminei o banho e desci para a refeição em família que já havia se tornado hábito indispensável. A conversa girava em torno do meu primeiro dia e todas as fortes emoções que nele eu vivi. Papai não poupou os detalhes ao declarar que definitivamente eu havia corado muito durante o dia na presença da boy band do momento e que havia sido bem amigável com as meninas da Miss A provavelmente causando uma boa impressão. Ao ouvir o nome dos artistas que havia encontrado a minha irmãzinha não se conteve mais e agarrada a meu braço me pedia detalhes de como se vestiam, como falavam e até se a voz era a mesma que ouvia nas músicas ela me perguntou. Sorri e prometi que se papai permitisse um dia desses eu a levaria comigo e ficaria responsável por ela durante todo o dia, o que prontamente foi aceito pela família. Senti o cansaço no corpo e sabendo que novamente deveria acordar cedo no dia seguinte me desculpei com os presentes e subi para meu quarto pensando apenas em mudar para o meu pijama e dormir confortavelmente em minha cama quentinha. Bem que se diz que felicidade de pobre dura pouco, a minha quase não durou, assim que deitei em minha cama e as vozes se calaram ao meu redor fui sugada para um rodamoinho de pensamentos sobre o JB e seu olhar penetrante, me incomodava o fato de parecer que aquele olhar me era de alguma forma conhecido e do modo como ele parecia me analisar, ainda agora deitada na cama podia sentir o calor do olhar dele queimando minha pele e nublando meus pensamentos. Resolvi dormir com medo de não acordar no dia seguinte e mal sabia o que me esperava naquela manhã...

  Acordei com o sol no rosto o que acabou por me assustar, me espreguicei levando a mão até os olhos e os abrindo lentamente, pisquei algumas vezes ao perceber uma silhueta parada a minha frente de costas a minha cama, me sentei na cama esperando por ver algum rosto conhecido porém o perfil que se virava lentamente para mim não era de ninguém que esperava ver em meu quarto logo pela manhã. Atônita percebi que realmente aquele que provocara meus pensamentos até adormecer estava me encarando com um sorriso no rosto. 

  Me levantei de um pulo da cama sem lembrar do baby dol que usava naquela noite, minhas pernas enrolaram no edredom e meu corpo tombou para frente bem em direção daquele corpo forte e bem disposto a minha frente. Meus olhos se fecharam prevendo a queda mas o que senti foi algo bem diferente do chão gelado, mãos quentes me prendiam com força pela cintura, pele com pele pois de alguma forma a minha blusinha havia subido e exposto minha barriga e cintura. O rosto do rapaz estava bem perto e ele parecia tão vermelho como eu achava estar, mordi o canto do lábio e o encarei sem saber exatamente o que dizer ou fazer, parecia que meu inglês estava enterrado em algum lugar no fundo do meu cérebro. De perto pude observar melhor o desenho do rosto de JB assim como sentir a musculatura forte tensionada ao evitar minha queda, voltei os olhos para os dele e notei que assim como eu havia feito ele me examinava sem a menor vergonha. Apoiei as mãos nos braços forte com a intenção de recuperar o equilíbrio e me afastar já que os pés ainda estavam presos a coberta caída no chão, mas fui impedida pelas mãos fortes que além de me apoiar agora me prendiam e puxavam de encontro a ele. Arregalei mais os olhos com a intenção de perguntar o que diabos ele estava fazendo porém meus pensamentos foram interrompidos quando o sorriso se desfez do rosto bonito e o olhar penetrante se tornou muito mas muito perturbador para uma alma pura como a minha. Observei indefesa quando o rosto dele se aproximou do meu e soltei algo parecido com um suspiro quando o inevitável se cumpriu e os lábios dele se colaram aos meus. Coração disparado, pele arrepiada, perna mole e corpo eletrizado era o resultado do simples roçar daqueles lábios sobre os meus que agora exerciam maior pressão, uma das mãos dele subiu pela minha coluna me puxando para ele e me fazendo cativa do corpo forte, apertando minha nuca ele guiava meu rosto inclinando melhor minha cabeça e aprofundando o beijo, sem cerimônia ele insinuava a ponta da língua por entre meus lábios até que eu me rendi e os entreabri dando passagem a língua experiente e habilidosa dele que destruiu todo o resto de sanidade que ainda possuía. Minhas mãos antes apoiadas aos braços dele subiram entrelaçando os dedos por trás de sua nuca, o puxando de encontro para mim com certa força suficiente pra fazer com que ele desse alguns passos em minha direção mantendo meu corpo colado ao dele. O beijo já estava pra lá de intenso quando a mão dele apertou minha cintura e a outra entrelaçou em meus cabelos, senti a cama batendo na parte de trás do meu joelho e estremeci deixando que ele tombasse meu corpo para trás me reclinando sobre a cama com o lençol emaranhado que eu acabara de largar ao levantar. Suspirei com meus olhos presos ao dele, notei as minhas marcas em seu corpo, a boca vermelha e inchada, os olhos brilhantes, o cabelo bagunçado e o corpo ainda mais tentador. JB levou a mão a bainha da camisa e a puxou jogando a peça de lado e expondo o que seria o corpo mais bonito que tive o prazer de ver pessoalmente, com o abdômen reto bem definido e dividido em gomos , braços fortes e peitoral estufado ele era uma bela espécime de homem. Sorrindo e se deitando sobre meu corpo me senti presa, cativa, rendida por baixo daquele corpo perfeito que invadia meu espaço encaixando uma de suas coxas entre minhas pernas e fazendo com que fechasse os olhos e arquejasse o corpo, mordi o lábio com força e ele deslizou o indicador por eles negando devagar enquanto ainda me olhava, ele se inclinou em minha direção e prendeu meu lábio inferior entre os dentes o puxando em seguida como que me dizendo que quem morderia minha boca seria somente ele. O corpo pressionado ao meu, sua boca de encontro a minha, línguas entrelaçadas, minhas mãos exploravam as costas fortes, o quadril bem feito, os ombros tensionados o puxando cada vez mais contra mim, ele afastou o rosto levando os dedos para o botão da calça e o puxou abrindo, porém parou o movimento e deslizou a mão por minha barriga até que o polegar tocasse levemente o meu seio direito por baixo fazendo com que de meus lábios escapasse um gemido estrangulado e foi nesse exato momento que...

"O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro." - Honoré de Balzac 

O RecomeçoWhere stories live. Discover now