Capítulo 7

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Oie! Vi que vocês estão tentando entender o que Leo é. Esse cap eu não sei se é revelador ou mais confuso. 

Não deixem de comentar! 

Izzy.

***

Antes dele chegar, resolvo tomar um banho para me acalmar. Porque tenho essas lembranças? Minha cabeça dói e parece que estava prestes a explodir.

Depois que saio do banho, vou à cozinha e tomo um comprimido para diminuir a dor. Minhas mãos estavam tremendo. Estava nervosa em demasia.

O portão se abre.

Meu corpo gela.

Ele entra em casa.

Seu rosto não demonstrava o que ele estava sentindo. Queria saber o que ele estava pensando. Deus...

- O que lembrou?

Hesito. Engulo o bolo formado em minha garganta. Não ia chorar.

- Uma cena. Mais ou menos parecida com a que tive algum tempo atrás.

Ele passa a mão por entre seus cabelos. – É complicado. Tenho medo de explicar isso e você...

- Surtar? – explodo. – Eu não sei mais em quem confiar! Quando convivi esse tempo com você eu não senti medo, mas o que senti quando me veio essas lembranças não era confiança! O que quer que eu faça? Sinto tão confusa...

Ele dá alguns passos vacilantes até mim. – Por favor, confie em mim quando digo que não faço isso. Que mudei, que sou outro homem!

- COMO? – grito. – Como vou saber que está dizendo a verdade ou se está me enganando?

- Deixa eu te provar isso, Lily!

- Como?

Suas mãos prendem meu rosto perto do seu. Nossas respirações ofegantes. Meu corpo estava em colapso. Uma parte dizia que não podia confiar nele, mas outra, uma mais forte, dizia que sim, que eu podia confiar nele.

Nossos lábios se chocam.

A mesma sensação de saudade quando nos beijamos pela primeira vez me atinge. Uma calma apazigua meu corpo e mente. Era uma sensação de ter viajado muito tempo e depois voltado para casa. Era saudade, uma parte do meu cérebro gritava.

Saudade dele? Mas como?

Não sei como, mas quando dou por mim, estávamos em meu quarto. Ou melhor, nosso quarto.

Sou depositada de maneira delicada sobre a cama macia. Ele estava montado em mim. Não me importava. Não ligava.

Seus lábios retornam para os meus com mais força. Recebo de bom grado.

Quando começo a erguer sua camisa, uma memória retorna.

Estávamos no mesmo quarto, a cama era diferente. Os móveis eram diferentes.

Pelo espelho do guarda roupa, pude ver meu olho roxo e algumas marcas pelos ombros.

- Porque continua aqui? – Leo estava na minha frente.

Eu nego com a cabeça. – Eu não... Eu não sei.

- Sabe que pode parar com isso, não sabe?

- Será mesmo? – ele passa os nós dos dedos em minha bochecha.

- Sabe que posso te ajudar, é só pedir... – ele me beija delicadamente os meus lábios.

- Você não pode estar aqui. Deve ir embora.

Ele assente. – Vou, mas voltarei. Amo você. – ele beija minha testa e sai.

Não sei quanto tempo fiquei sentada me observando no espelho. A porta se abre.

- Ele estava aqui! Não estava? – me encolho.

- Não, não, não... Por favor, não!

Sinto ser empurrada contra a parede. Minha cabeça faz um barulho.

A dor me atinge.

Volto para a realidade. A dor continua intensa.

Empurro-o para o lado, minha visão escurece.

Escuto meu nome de longe.

Apago.


Esqueci-me de tiOnde histórias criam vida. Descubra agora