capítulo 24

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Gabriel p.v.o.

- me desculpe. - foi o que eu disse antes de entrar... E sem esperar resposta. Não queria obter uma resposta, poderia ser um "não, não desculpo!".

Eu sei que poderia ouvir isso, a conversa foi cheia de verdades. Ele ouviu o que não queria e ao mesmo tempo o que era necessário.

Cheguei a porta e observei o lugar e ele era lindo. Era como ela havia descrito pra mim, ele era único. Não era atoa que ela gostava tanto.

Exitei em bater mas, assim fiz. Uma mulher saiu de lá, talvez ela cuidasse da casa, não sei.

- Oi - sorriu simpática - posso ajudar? -

- A Aila está? - disse nervoso e tentei sorrir.

- Lá em cima- me mediu.

- Graças a Deus! - relaxei e um sorriso brotou em meu rosto. - posso vê- lá? - ela sorriu.

- Claro. Vou avisar que está a... - a interrompi.

- Não precisa... Quero meio que fazer uma surpresa. - tentei sorrir.

- Tudo bem. - ela abriu mais a porta me dando espaço para entrar - só subir - ela apontou para as escadas e saiu não me deixando tempo de agradecer.

A casa era mais linda ainda por dentro. Era simples, mas de um bom gosto de outro nível.

Subi as escadas encantado com cada detalhe e ao fim da mesma me deparei com ela. Estava olhando pela janela.

Me aproximei lentamente e ela se virou.
Estava chorando, os olhos vermelhos não seguravam algumas lágrimas das quais ela tentava limpar. Ela não tentou esconder o choro apenas se aproximou e sorriu. Abri meus braços para um abraço do qual ela aceitou e chorou.

Passei minhas mãos em seus cabelos enquanto beijava o topo de sua cabeça.

- O que tinha na cabeça para me dar um susto desse? - senti ela sorrindo.

- Não era você que eu queria assustar... - ela se escondeu em meu peito.

- Mas assustou! Não faz mais isso - a abracei mais forte - Seu pai também está super p... - ela se afastou assim me interrompendo.

- Meu pai? - dessa vez ela parecia supresa.

- Acha que cheguei aqui como? -

- Merda! Não queria ver ele agora... - abaixou a cabeça e eu fui até ela.

- Não precisa. - ela me olhou - como desce pra praia? - apontei com a cabeça para janela e ela sorriu.

- vem, eu te mostro! - segurou em minha mão e me guiou até lá.

- Por que fez isso? - perguntei quando já estávamos sentados na areia observando as ondas indo e vindo.

- Na hora foi a única coisa que me veio na cabeça. Fugir. Foi a única palavra que fez sentido pra mim naquele momento. - ela abaixou a cabeça - fiz falta? - sorriu fraco.

- Muita. Que tal não me assustar assim? Você sabe o que eu passei? O tanto que eu chorei? Não suportaria perder mais alguém que eu... - ela se virou pra mim.

- Que eu? - incentivou.

- Que eu amo! - ela tentou baixar a cabeça mas, segurei seu queixo e a fiz olhar pra mim. - sabe... A muito tempo eu gosto de você, a muito tempo também eu escondo isso e não admito nem pra mim. Mas essa detenção - tirei a mão de seu rosto e sorri. - Eu jurava que ela ia fazer eu te odiar ou me fazer pensar menos em você, mas não. Eu apenas me apaixonei mais, eu apenas pensei mais em você, isso apenas me fez conhecer quem você é de verdade e te amar... Eu sei que isso parece loucura. Na verdade isso é louco até para mim mas, eu precisava falar sabe.

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