Minha nuca se arrepiou só de entrar no vestíbulo. O que mais havia eram teias de aranha, muita poeira, rastros de ratos e outro animais. A mobília estava toda coberta com lençóis, fui até o centro do salão principal e olhei ao redor. Tudo parecia aqueles filmes antigos, só que obviamente tudo abandonado, como se eles tivessem filmado um filme de terror e deixado tudo as pressas. E realmente, era um cenário perfeito para um linda história de terror. Dei uma volta rápida no térreo, onde ficava a cozinha e as salas de recepção. Subi as escadas, que alias faziam um baita barulho, como se a madeira antiga fosse desmoronar a qualquer momento. No segundo andar ficavam as enfermarias, um laboratório, e uma especie de drogaria. Subi ao terceiro. Quartos para os pacientes, salas de consultas. E ao quarto. Onde logo percebi ser onde ficavam os quartos para os pacientes mais descontrolados, celas na verdade. " Será que Melanie teria sangue frio de vir a um lugar bizarro desses a noite? É, sim, ela teve. ", passei de cela em cela, algumas trancadas. Em algumas vi vestígios de que haviam tido visitas recentes.
Continuei explorando o lugar. Estava cada vez me sentindo mais desconfortável. O quarto andar parecia ser maior que os outros três, e não parecia ter nenhuma passagem que levasse ao quinto e último. Depois de ir e vir pelos corredores pela terceira vez, percebi que uma das celas que estava trancada, de alguma maneira que eu não sei explicar ( ou talvez não quisesse ) estava escancarada. Espiei sem entrar, e vi um buraco na parede que parecia uma passagem para um cômodo secreto. E como o ser humano é igualmente idiota como é curioso, entrei na cela e me meti dentro da abertura.
Parecia uma caverna, a única coisa que mostrava que havia sido feito por um humano era a escada que subia em caracol. Não consegui ver o topo, mas obviamente devia ser o quinto andar e eu esperava encontrar Melanie lá ( de preferencia viva e sem nenhuma companhia sobrenatural ), subi cautelosamente até chegar a um corredor, um horrível corredor. Diferente dos corredores dos andares inferiores que tinham uma aparência de corredor de hotel, este parecia mais como um corredor de prisão, matadouro, esse tipo de lugares.
As celas não eram vazadas como do quarto andar, eram portões de ferro totalmente fechados. Segui pelo corredor, que tinha um cheiro de hospital, de carne podre e de fumaça.
O final do corredor principal se dividia em outros dois. Fui pelo da direita primeiro. A única diferença era que as celas pareciam ser mais largas. Depois de chegar ao final, voltei e segui pelo da esquerda. Este não tinha celas, nem portas nem janelas. Eram só quadros com retratos da época por uns vinte metros de corredor. Pelas legendas, as pessoas nas fotos eram funcionários, médicos e enfermeiros que haviam trabalhado no sanatório. Pensei que o corredor inteiro só teria isso, mas ao chegar no fim, me dei de frente a uma porta de madeira, muito adornada. A observei alguns segundos. Quando estiquei minha mão para girar a maçaneta, do outro lado da porta ouvi batidas. TOC TOC. Me afastei assustado. " Isso não é normal. " , mas como já citei, sou um idiota curioso, girei a maçaneta e abri a porta. Meu coração saltou dentro do meu peito quando duas mulheres vestidas com roupas de séculos passados e estranhamente brancas de mais saíram da porta e seguiram andando pelo corredor conversando e rindo. Fiquei parado em estado de choque. Elas não me viram, eu acho, mas quando me " recuperei " olhei para trás no corredor e voilà , nada. Voltei minha atenção para a porta. A porta que abri estava aberta ainda, mas se é possível algo mais estranho que o que havia acabado de acontecer, atrás da porta não havia um cômodo, mas outro vestíbulo, como outra porta exatamente igual a primeira.
Encarei aquela porta por um tempo, tomei coragem e a abri rapidamente, por um nanossegundo fiquei aliviado em nada nem ninguém sair da segunda porta, mas pior, havia mais um vestíbulo e mais uma porta.
" Isso deve ser algum sonho ou uma alucinação realista de novo, só pode. " , decidi isso irritado e já sem paciência ao abrir a sétima porta. " Se não tiver nada nessa, eu vou embora e ligo para a policia, bombeiros, cia, FBI, shield, NASA, os caças fantasmas, os irmãos winchester, ou qualquer outro para tirar minha irmã daqui. " . E então abri a oitava porta e para minha pequena felicidade, havia um corredor. Se eu soubesse o que me esperava ali, não teria reclamado das portas infinitas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imaginarium
ParanormalTalvez a porta tivesse ficado trancada. Ele não sabia, e nem soube. O que soube, foi que sua imaginação lhe enganou. De novo, e de novo. Tudo se perdeu. Sebastian é o filho mais velho da família Western. Após uma triste tragédia que levara seu p...