11.

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Capítulo 11.-Por que eu sou dessas, sempre achei o céu nublado mais lindo que um céu azul.

Dormir ? Foi impossível, depois de ouvir as palavras do João perfurando o meu ouvido. Passei a madrugada toda refletindo sobre nossa conversa. Eu não sei o que ele quer, mas, errar de novo eu não posso e nem quero. E ao mesmo tempo, as palavras da Joana ecoavam na minha cabeça.

~FlashBack Onn~

Me sentei na cadeira que estava de frente pro João, ele me olhava com um olhar de nervosismo, algo me dizia que coisa boa, não viria.

-Oi, pode dizer o que quer falar comigo ? Tenho muita coisa pra fazer.-Disse e me fiz de difícil o máximo que pude.
-Aham, vou ser bem direto Manu.-Ele disse e jogou seu corpo pra frente, em um gesto pra que eu e ele pudesse ouvir o que ele tinha a me dizer.
-Diga.-O incentivei.
-Fica longe da Alana, okay ?-Quando ele me disse aquilo meu corpo contraiu, raiva, muita raiva.
-Alana ?-Perguntei e afirmei ao mesmo tempo.
-É, ela é a única forma de tentar trazer a Carla de volta, e eu não posso desperdiçar.-Ele disse e me encarou.
-Ah, eu não irei triscar na sua princesinha se..-Ele me interrompeu.
-Se..?-Ele pediu que eu completasse.
-Se ela não me provocar, se ela me provocar coloco ela pra correr desde lugar.-Digo firme.
-Menos Manu, eu amo a Carla e farei de tudo pra que ela volte. Mesmo o pai dela não gostando de mim.-Aquelas palavras doeu,não sei como mais doeu, e eu respirei fundo e fingi, fingi que não doeu.
- seu jeito, mas não me envolva João, te conheço a uns dias, e se for por você ter me salvado de um estrupo, obrigado, eu te agradeço eternamente, mas, não me peça controle.-Disse e levantei da mesa alterada.
-Que seja, você pensa em você.-Ele disse e alterou o tom de voz.
-Ai, abaixa o tom que eu não te dei liberdade o suficiente pra falar assim comigo.-Disse e pude ver todos olhando para gente.-E outra, amor próprio é tudo, aprenda.-Soltei uma piscadela e saí dali.

Fui pra biblioteca e fiquei , chorando baixinho, para que ninguém pudesse ouvir.

~FlashBack Off~.

Eu nem sabia por que eu estava chorando pelo João, talvez fosse as palavras dele, sei lá, eu queria distância dele agora, somente. Eu só queria mais uma coisa neste momento. O abraço do Lucas. Eu não consegui esquecê-ló, não consegui, tem momentos que sou pega pensando nele, querendo ele, mas, eu não sei o que fazer a respeito, penso em voltar pro Rio de Janeiro, mas, eu não posso deixar para trás o que já comecei.

Matheus narrando.

Cheguei no hospital eufórico, tinha recebido uma ligação do hospital, me informando que o Lucas tinha acabado de dar entrada no mesmo, pelo que soube foi um acidente de moto, e foi muito grave.

A Nicole estava inquieta, não sabia que ficava de pé pra lá e pra cá, ou se ficava sentada tremendo os pés. Fazia uma hora que estávamos ali, e nem uma informação foi nos dada, eu já estava em tempo de invadir a sala dos médicos.
Depois de um tempo, um doutor apareceu.

-Matheus Muller ?-Ele disse. Ele tinha seus cabelos grisalhos e olhos pretos, aparentava ter lá os seus 43 anos.
-Eu.-Disse e me levantei
-Então, o paciente Lucas teve uma parada, a coisa foi feia e estamos tentando instabilizar o caso, o garoto está em coma induzido, não sabemos até quando ele ficará assim, ele está respirando sobre ajuda de aparelhos hospitalares, o caso dele é grave.-O médico disse e meu coração foi a mil, se a Alice souber ela vai querer largar tudo.
-Não doutor, diz que não é grave.-A Nicole começou chorar.
-Senhor, calma..-O médico tentava acalma-lá.
-Calma o escambal, quero ver meu amigo, bora, me põe lá dentro.-A Nicole estava alterada e eu em choque.
-Amor, calma, senta bebe uma água.-Tentei acalmar ela.
-Calma uma zorra Matheus.-Ela começou a gritar e o médico chamou duas infermeiras que aplicaram tranquilizantes nela.

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Capítulo pequeno, mas é pra não deixar vocês nervosos.
Comentem e dêem estrelinhas pra me deixar feliz.
:D

Até a próxima.

Ladra De Salto. [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora