31.

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Capítulo 31.-Se você namora com uma moça sem a intenção de casar-se com ela , você está namorando a mulher de outro homem!

Dois dias. Dois dias se passaram e eu naquele lugar maldito e horrendo. Eu tremia de fome, esses dois eu só estava comendo uma vez por dia, e bebendo água duas vez por dia também, e não pense que é aquelas quantidades, era só um copo descartável de água e a metade de um pão. Os malditos sumiram depois daquele dia, só me deixaram nas mãos de uns capangas. Já estou até perdendo a fé de que vao me achar, já fazem dois dias e nada, nem um sinal de alguém que venha me salvar, tô com bastante medo deste ser meu fim, eu não quero morrer assim, não num lugar precário, e pagando por algo, que foi remexido há bastante tempo.
Já era noite, tinha cinco capangas naquele lugar, a noite era o pior momento naquele lugar, fazia bastante frio, muito frio mesmo, eu só tinha uma coisa para me esquentar: As minhas mudas de roupas que vim parar aqui. 
Tinha um capanga que era até legalzinho, mas, hoje, e ontem, ele não apareceu por aqui, estou sem informações do João, tô com medo de perde-lô, ultimamente eu só venho pensando nele. Garanto que tudo ia desandar a dar certo para nós, se a Carla e a Alana não fizesse aquele maldito teatro.
Me escorei numa pilastra por longos segundos, até que ouço passos, quando vejo o capanga que legal, o Luís, ele é albino e tem uma familia, tem vinte anos e trabalha pra comunidade da Penha há meses, o Pedreira o promoveu.

–Luís, já estava preocupada.–Disse com muita dificuldade, pois realmente eu estava muito fraca.
–Não há com o que você se preocupar. Fiquei sabendo dumas coisas sobre seu amigo.–Ele se referiu ao João.
–Ele está bem ?–Perguntei.
–Bem, eu soube disso ontem, só que o patrão não me permitiu vir ontem, ele veio para cá, nestante ele entra, por isso tenho que falar rapido. –Ele falou baixinho e olhou pra trás, e novamente me olhou.–Ele continua em coma, porém fora de perigo, ele só tem que acordar agora, pode demorar meses, ou dias, ou semanas.–Uma preocupação e um alívio surgiu me mim.
–Sou muito agradecida Luís, prometo que, quando eu sair deste inferno eu te recompenso.–Sorri fraco.
–Não se preocupe, você é inocente pra mim, nunca me fez nada, não nem por que eu te odiar.–Ele disse e sorriu fraco, mas não tive nem tempo de falar nada, pois um rabugente ultrapassou o grande portão do local.
–Ora, ora, minha refém e meu capanga batendo um papo amigável, mas que agradável. –Ele disse com um sorriso bastante diabólico no rosto.

Por Lília:

Dois dias. Dois dias era os dias em que o João estava em coma, não sei aonde fomos nos meter, mas se nós entramos neste jogo, vamos jogar. Graça aos céus ele já estava fora de perigo. Soube que na comunidade está um reboliço, estão tentando invadir para tomar posse, mas, soube também que amanhã todos vão a caça até a Alice. Já sabem onde ela está, só estão esperando o momento certo para atacar. Enquanto isso, eu estou aqui a espera que o João acorde. Enquanto ao pessoal do colégio, todo mundo foi embora já, menos a Joana e a Aline, nossos pais permitiram mais uns dias na cidade, depois damos um jeito de ir pra casa.

Por Alice:

O Pedreira é um nojento, tô com um odio danado deste homem, ele me bateu, me espancou digamos, ele disse que só não me estrupava ali mesmo por que já tinha alguém para fazer isso. Maldito! Depois de me bater bastante ele saiu, e o silêncio voltou a reinar naquele lugar horrível. Escorei minha cabeça na pilastra e sem que eu desse conta, eu já tinha pegado no sono.

{

–Hei, me sua mão, eu estou aqui,não vou deixar nada acontecer com você. –Uma voz disse.

Eu estava num lugar totalmente lindo, muito bonito mesmo, era um jardim, com flores brancas, e a minha frente tinha uma escultura de um corpo de um homem e uma luz bem forte impedia que eu visse o autor da voz e do corpo.

–Mas, quem é você ?–Perguntei novamente.
Não interessa, quero que saiba que eu estou aqui, com você, para te proteger.–Ele disse mais um vez, eu dei um passo para chegar a luz, mais a luz ficou mais forte fazendo com que meus olhos ardessem.–Não precisa me ver, me sentir, quando você acordar você sentirá quem é.
–Deixa-me te ver, eu imploro.–Pedi novamente.
–Isso eu não posso conceder, mas sua segurança sim. Fica bem pequena Alice.

A luz foi se desfazendo e num impulso eu não sabia mais onde estava.

}

Acordei assustada com as mãos no peito, pensei, pensei e pensei, até que um só nome saiu da minha boca: Lucas.

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vem treta pessoas, se vocês quiserem mais comentem e dêem a estrelinha :D.

Ladra De Salto. [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora