Capítulo 35.

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Dois meses depois...

Depois daquele dia turbulento tudo está bem, e mais calmo, a Carla se recuperou, ela ficou em coma após uma parada cardíaca e só acordou depois de um mês, agora ela está comandando a comunidade do pai e me pediu perdão por tudo, e agora nossas comunidades são unidas. Voltei a falar com a Nick, ela é meu braço direito, ela se separou do Matheus definitivamente, ao menos ela percebeu que não precisa de alguém pra ser feliz, há não ser ela mesma, e todo amor que contém dentro dela e por ela, eu já disse a ela, ele não muda. Minha mãe embarcou num Cruzeiro super chique com o papai, os dois se acertaram, ele largou a Anne e tomou vergonha na cara e passou a me aceitar independente de onde eu venho ou sou. O ano letivo lá no CIEXS finalmente acabou, a Lília veio morar aqui, o namoro dela com o Júnior está há mil. A Aline e a Joana contou aos pais sua sexualidade, e como esperado os pais de ambos a expulsaram de casa, ofereci uma casa aqui na comunidade e elas aceitaram, acho isso uma idiotice, assim como ninguém pede pra ser negro, um lésbico ou um gay, não pede pra ter esse desejo pelo mesmo sexo. O Matheus foi fazer uma universidade em Paris, e bem, ele se arrepende de não ter dado o devido valor a Nick, mas como eu disse a ele, não soube dar valor enquanto teve, não adianta dar valor quando perde.

Bem, e aqui estou eu, sentada na mesa do meu escritório agradecendo a Deus pelos problemas e por todos amigos que tenho ao meu redor.

–Alice, desce aí, o João tá te chamando lá em baixo.–A Nick me passou o radinho e eu estranhei, meio dia, que diabos João quer comigo ?
–Falou!–Disse e saí do escritório.

Tranquei o escritório e desci o morro, quando cheguei lá embaixo, ele veio caminhando até mim com um buquê de flores na mão, comecei a soar frio, todos estavam olhando, eu estava nervosa.  Ele chegou perto de mim, se ajoelhou, e tirou uma caixinha do bolso, e abriu, antes, ele me entregou o buquê de rosas. Olhei pra dentro da caixinha e vi um anel de esmeralda, muito lindo. 

–Cara, sei que não é um discurso e nada do que passei ensaiando há meses, mas, eu só quero dizer que eu te ano, que você é a razão do meu viver, que mesmo com todos os altos e baixos, poderemos e dependendo de você vamos construir uma bela familia. Enfim, Alice Borella, você quer namorar comigo ?–Ele disse sorridente e eu nervosa toda.
–Ai meu Deus menino, te mato, claro que eu aceito, a demora era sua esse tempo t..–Ele me interrompeu com um beijo e a única coisa que pude ouvir era os aplausos do pessoal que estava vendo aquela cena.

***

De noite fomos pro baile, todo mundo, Eduardo, Maju, e tals, estava todo mundo lá, no baile, eu estava com um cropedd e uma saia cós alto, e um saltinho básico com meu cabelo solto, tava meiga ao menos.
Fomos pra pista quando começou a tocar ladra de salto, minha música.

Por Lucas:

Mesmo com minha morte eu não a deixei de protege-lá, mesmo com minha morte eu não deixei de ama-lá, ela me ensinou o que é amor, e desamor, por isso eu prometi protege-lá, e a mantive protegida, ela me pediu alguém como eu, e eu a concedi. Bem, quem ama tem a capacidade de deixa-ló(á) ir. Tem a capacidade de perdoar. Tem a capacidade de se manter fiel.  Tem a capacidade de manter cada detalhe dessa pessoa em seu coração. E eu mantive, missão cumprida. Coloquei sorrisos no rosto dela em vida, e agora outro coloca-rá, e graças aos céus, este outro pode fazer por ela o que não fiz...

Por Alice:

Por tempos, pedi a Deus alguém que me amasse reciprocamente, e olha aconteceu, duas vezes, na primeira não deu, mas na segunda deu, e prometo aproveita-lá da melhor forma possível, por mais que eu quisesse que a primeira vez tivesse dado certo. Mas, ao futuro há Deus pertence.

Narrador:

Depois desse dia tudo ocorreu bem, os anos se passaram e eles se casaram, um bebê estava a caminho, e mais uma felicidade. Pode tudo dar errado, mas enquanto não deu certo, pode ter certeza que o fim não chegou.

Fim!

Ladra De Salto. [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora