Capítulo Sete - Casa do Jão

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Galera! Esse capitulo não existia na primeira versão, portanto talvez os cometários se confundam um pouco, mas relevem :)

Capitulo Sete

Não, não estava mais suportando aquela espera. Os dias se passaram, e já faziam semanas que o Alex pegara meus livros e não terminara de ler e nem me dera resposta. Estava muito ansiosa, mas sabia que ele não iria publicar o livro, uma vez uma pessoa me disse que eu nunca serviria pra escrever um livro (mesmo sem lê-los ela disse isso), então desde então não mostrei para ninguém minhas obras, somente para a Patty e minha família. O Alex me disse que leria rápido, e me daria logo a resposta, mas até então, nada.

Eu amava meus livros! Eram meus grandes xodós! Nada me tirava a ideia de que eu era uma ótima escritora, no entanto, eu tinha medo do que as pessoas poderiam dizer. Uma coisa era eu me achar uma ótima escritora, outra bem diferente era as pessoas gostarem dos meus livros!

Encaminhei-me até a mesinha e peguei meu notebook. Sem ter o que fazer em pleno domingo à tarde, abri o word e comecei a escrever o que veio em minha mente. Eu tinha certeza que esse rascunho não me serviria para nada, mas isso me fazia passar o tempo. Comecei a digitar:

"Estar mais uma vez ao lado dele me fez feliz, mas talvez essa felicidade fosse momentânea. Ao meu lado, Quirrel começou a se modificar de um jeito estranho. Eu sempre soube que ele era um Fêx, mas, todos os Fêx não se transformavam em... Lobisomens."

Comecei a me interessar pelo texto, e fui me aprofundando cada vez mais. Aquele dia não teria culto, visto que estava reformando a igreja, porém, os jovens se reuniriam para fazer um cinema na casa do filho do pastor e eu deveria estar lá as seis da noite. Quando eu soube desse cinema a primeira coisa que fiz foi chamar o Alex para ir comigo! Eu queria enturmá-lo nesse mundo, no meu mundo.

Ele aceitou!

Iríamos sair de casa às cinco e meia, então quando deu quatro e vinte e cinco, parei de escrever e fui tomar um banho. A casa estava silenciosa, fui ao quarto dos meus pais e eles não estavam lá, quando cheguei na cozinha, tinha um bilhete de minha mãe, ela dizia que tinham saído e que quando eu chegasse, eu poderia jantar pois ela preparou minha janta e colocou no micro-ondas. Eu amava minha mãe!

Corri até o banheiro e me lavei rapidinho. Não molhei meu cabelo, no dia anterior eu havia feito uma escova nele e não queria que meu trabalho tivesse sido em vão. Vesti uma calça pijama e calcei uma rasteirinha. Catei meu celular e coloquei na cintura, arrumei meu cabelo num rabo de cavalo e saí de casa trancando a porta.

Caminhei até a casa do Alexandre e toquei a campainha. Lucia, o nome da pequena menina que eu descobri ser irmã do Alex, veio abrir a porta para mim.

— Biti! — Meu nome era muito difícil para ela falar.

— Lu! Como você está? — a abracei e entramos.

— Eu tô bem. O Clis — esse era o irmão loiro do Alex — vai sair com o Jeffinho, e o Lê, com você! Eu e mamãe vamos fazer a noite das garotas! — ela estava tão animada!

— Que bom! Se divirta muito!

Nós entramos e Alex estava sentado no sofá mexendo no celular. Ele estava com um tênis e uma bermuda, usava uma jaqueta jeans, me impossibilitando de ver sua camisa. Estava tão lindo! Logo o meu coração deu sinal de vida novamente! Começou a bater muito rápido e eu não sabia o que fazer!

A Vizinha Cristã (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora