Capítulo 5

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Acordo atordoada, com flashes do que aconteceu noite passada. Tomo fôlego por uns instantes, busco controlar a respiração que se acelerou pelo susto e então olho para o relógio, vendo que ainda é muito cedo e não dormi quase nada.

— Aí, eu só queria entrar em coma profundo e acordar apenas quando tudo o que aconteceu fosse desfeito — reclamo comigo mesma e esfrego os olhos, magoada.

Como pude me casar com um desconhecido, bêbada e ainda não me lembrar de nada?

Nunca pensei que me casaria tão cedo e dessa forma. Se fosse para realmente acontecer, gostaria de preparar todos os detalhes e enfeites, dando atenção a cada etapa do casamento e fazer deste dia um dos mais felizes da minha vida.

Espreguiço na cama, desanimada e sem vontade de me levantar.

— Qual é? Quem tem pique de ir a algum lugar quando sabe que vai ter que encarar um ricaço dono da razão e de quase todo o mundo? — grito para mim mesma, tapando os olhos com as mãos. — Onde fui me enfiar? — pergunto a mim mesma.

Jogo-me na cama, bufando irritada e com uma vontade imensa de chorar novamente, parece que voltei no tempo e tenho quinze anos, com os meus hormônios à flor da pele. Sabe quando os adolescentes acham que o mundo todo está se rebelando contra eles?

Essa situação agonizante resume minha vida no momento. E para ajudar, meu passado conturbado tenta invadir meus pensamentos, me causando aflição e dor.

Será que não basta os problemas do presente?

Esforço-me para afastar todos os pensamentos ruins e procuro relaxar meu corpo e mente, aos poucos pegando no sono novamente.

***

Torno a acordar assustada e perdida, mas dessa vez Katy está me chacoalhando sem parar. Abro os olhos ainda sonolenta, sem saber o que está acontecendo.

— Acorda, Megan, acorda logo. — Recebo um tapa forte em minha testa, o que me faz ficar irritada.

— O que foi, Katy? Que saco. Por que me bateu? — questiono nervosa, com uma das mãos na testa.

— Qual é a daquele guarda-roupa ambulante na porta do nosso quarto? — pergunta, também irritada.

— Como assim? Que guarda-roupa? Não estou entendo nada. — Olho perdida para ela.

— Tem um homem de plantão na porta do nosso quarto, moreno alto, cabelos raspados, terno e óculos escuros. — Ela põe as mãos na cintura, como se estivesse dizendo algo óbvio.

Depois de alguns minutos, me lembro que estou casada com Airon Markcross e é claro que seus seguranças estão atrás de mim.

— Oh, merda! Você está brincando, né? — pergunto com o tom de voz carregado de indignação.

— Não, vá ver com seus próprios olhos. — Ela me empurra da cama, quase me fazendo cair.

Levanto-me rapidamente e abro a porta, dando de cara com o homem descrito por Katy.

Ele é enorme, alto e muito musculoso, sua pele morena é linda e seus olhos são levemente puxados. Ele é charmoso, com os cabelos raspados na máquina zero, mas, sejamos sinceros, como cabe tantos músculos em uma só pessoa? Estou abismada. Olha o tamanho desses braços, ele é extremamente forte e deve ter uns dois metros de altura.

— Oi — o cumprimento, sem jeito.

— Olá, senhora Markcross, sou o William. A partir de hoje, sou seu segurança pessoal, a mando do Sr. Markcross.

O encaro boquiaberta.

Senhora Markcross? Eu ouvi direito? Ele me chamou mesmo de senhora?

Fico chocada com o que está acontecendo. Que raiva. Por que me casei com esse canalha mesmo? Ah, claro, porque eu sou uma idiota e não me lembro de nada.

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