Um tempo depois, Airon para o carro em frente ao prédio, que mais se parece com um cassino. Há um longo tape vermelho estendido na entrada, vários fotógrafos e repórteres se aglomeram uns aos lados dos outros na competição de quem consegue as melhores fotos, ou os melhores comentários.
Me preparo para descer, mas Airon apoia sua mão sobre a minha por um momento. Volto minha atenção para ele, que me observa pensativo e receoso.
— Aconteceu algo? — pergunto preocupada.
— Não quero que aconteça o que aconteceu na boate novamente, então achei que seria bom você usar uma aliança — ele diz enquanto retira a pequena caixinha preta de veludo do bolso do terno. — Eu também usarei uma — afirma, pensativo.
Mordo os lábios, o observando sem saber ao certo o que se passa na cabeça desse homem. Uma hora ele me apedreja por pouco, e outra quer garantir que eu não seja abusada.
Airon é um verdadeiro mar de contradições.
Ele abre a pequena caixinha, revelando duas alianças douradas, e me pergunto em que momento ele comprou isso, não resisto em perguntar.
— Em que momento você comprou?
— Isso realmente importa? — Seus olhos azuis se voltam para os meus e ergo as sobrancelhas, esperando minha resposta. — Despois que te deixei no hotel.
— Você é tão complicado. — Estendo minha mão e um estranho brilho de satisfação domina seus olhos e semblante.
— Estou apenas tentando me desculpar por te acusar daquela maneira, no calor do momento, e garantir que não terão outras vezes.
Acabo sorrindo com sua linha de pensamento e discutir com ele não seria a melhor opção, já notei que quando esse homem enfia algo na cabeça, não há quem tire.
— Espero que esse seu dedo se acostume com o peso da aliança — afirmo, deslizando a aliança por seu dedo anelar, e acabo ganhando um lindo sorriso travesso.
— Não é como se eu quisesse outra pessoa em seu lugar, então não se preocupe. — Segura minha mão com delicadeza e beija a aliança que havia colocado sem desviar os olhos dos meus.
A intensidade que ele expressa naquele olhar chega a me deixar constrangida, pois se tem algo que esse homem sabe ser, é bonito.
O manobrista dá um leve toque no vidro e somente agora percebo que estamos impedindo a fila de carros de continuar.
Airon faz uma careta por ser interrompido e desce do carro, entregando as chaves para o manobrista que o espera do lado de fora, e logo em seguida abre a porta, me oferecendo gentilmente sua mão.
— Preparada para ser apresentada ao mundo dos negócios hoje? — pergunta, me ajudando a descer.
Arregalo os olhos, observando sua expressão séria — o que significa que ele não está brincando —, e se antes eu estava com medo, agora estou quase entrando em colapso.
— Você não comentou nada sobre isso. — O fuzilo com os olhos.
Quando coloco os pés no tapete vermelho, abro um falso sorriso, disfarçando meu desconforto em meio a tantos repórteres. E rezando para que as fotos fiquem embaçadas. Não posso me expor tanto assim, porém, não posso contar a Airon sobre isso e a única coisa que me resta é essa, rezar para que ninguém da família de Avallon me reconheça em alguma foto de jornal ou revista.
Airon pousa sua mão em minha cintura, guiando meu caminho pelo tapete que se estende até a entrada. Alguns repórteres nos bombardeiam com perguntas maldosas sobre o casamento e outros com perguntas curiosas, mas o que mais me assusta são os vários flashes que me deixam atordoada.
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O magnata da minha vida (Degustação - Completo na Amazon)
RomanceLivro Registrado - Plágio é crime. Megan Park Avallon sempre foi uma doce e sonhadora mulher que apreciava sua vida da melhor forma possível e apesar do passado não ter sido gentil com ela, procurou apagar de sua memória toda a dor e pânico que ele...