Capítulo 7 (Parte 2)

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Katy para do meu lado com a boca aberta, olhando para o homem caído, seus olhos seguem do homem até mim. Sinto um forte arrepio percorrer meu corpo e engulo em seco, com medo de olhar para trás e ver furiosas e cintilantes esferas azuis oceânicas.

— Que seja o Willian, que seja o Willian, que seja o Willian... Por favor, Deus — sussurro para mim mesma.

Me viro lentamente e sinto meu coração perder algumas batidas ao ver Airon parado atrás de mim. Seus fios negros estão bagunçados por todos os lados, como se passasse constantemente as mãos no cabelo. A camisa de botões está fora da calça social e um pouco amarrotada. Acabo franzindo as sobrancelhas com seu visual relaxado, mas de alguma forma, essa bagunça toda cai muito bem nele, o deixando mais sexy.

As pessoas à nossa volta parecem estar absortas em seus mundos, o homem caído continua ali, sem ninguém perceber, exceto os seguranças, que agora o ajudam a levantar e o rebocam para fora do local, a música parece distante demais enquanto encaro esses olhos febris e mortais.

Me sinto horrível ao ver a reprovação e ódio estampado em sua face, que me lançam de volta a um passado que custo a esquecer. Automaticamente, curvo meu corpo em forma de proteção, evitando encarar sua íris tomada pela raiva e decepção.

— Airon, me escute — tento me explicar, mas ele nem mesmo ouve o que digo. Sai em direção ao elevador e eu o sigo a passos firmes, como os seus.

Katy vem atrás de nós, xingando Airon de todos as formas possíveis e com todos os palavrões existente na face da Terra. Willian se coloca na frente de Katy, impedindo que ela continue seu percurso até nós.

Tropeço em meus próprios pés, já que os saltos não colaboram enquanto tento alcançar um homem com os nervos à flor-da-pele.

— Airon, você precisa me ouvir — protesto.

Ele ignora minhas palavras, ou simplesmente não as ouve, afinal, o som alto não colabora comigo.

Seus olhos tempestuosos me causam calafrios de alerta. Tenho que admitir que eu amo desafiá-lo e atormentá-lo, mas isso é a última coisa que faria agora. Entro no elevador e assim que as portas se fecham, ele bufa pesadamente, fechando os olhos na tentativa de se acalmar. Prefiro manter o máximo de distância que posso, até as pesadas portas de metal se abrirem em nossa frente.

Ele sai tão rápido quanto entrou, por sorte, consigo acompanhar seus passos por entre as pessoas do cassino e tenho vontade de acertar meu salto em seu rosto bonito, mas não tenho tempo de realizar o ato, pois ele marcha furioso para fora.

Assim que colocamos os pés na calçada, ele se vira para mim com seu jeito bravo.

— Eu te chamo para sair comigo e você recusa para isso? — questiona com o maxilar travado.

— Não foi isso que aconte...

Sou interrompida quando Katy avança em Airon, esmurrando seu peito, mas Willian a segura pelos braços sem dificuldade, a suspendendo no ar pela diferença de altura. Indignada, Katy grita com Willian, que ainda a segura sem dificuldade.

— Leve-a para o hotel, Willian — Airon ordena.

— Eu não vou a lugar algum sem a Meg, seu idiota, palhaço, cretino! — grita, tentando chutar Airon enquanto se debate, Willian ergue Katy pela cintura, o que a irrita ainda mais.

— Eu vou com a Katy, não te devo explicações nenhuma. — Dou as costas para ele, o ignorando.

— Você vem comigo. — Tenta me segurar, mas puxo meu braço, me soltando.

— Não. — Semicerro os olhos. — Você não manda em mim — rosno, irritada.

— Você já me causou problemas demais e vem comigo, Megan Park Avallon.

O magnata da minha vida (Degustação - Completo na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora