Capítulo 6

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Airon

Observo seu corpo esguio rebolar em direção a minha Lamborghini, sorrio largamente ao imaginar aquela mulher maravilhosa em minha cama. Obviamente, não darei o divórcio como ela quer, mas ela não precisa saber disso... agora.

— Se você quer assim, que assim seja. — Sigo para o carro, dando uma boa gorjeta para o manobrista.

Ao entrar, observo o vestido justo marcar as curvas de seu corpo, o tom vermelho ressalta a cor de sua pele clara e acabo me perdendo em pensamentos ao dirigir. Não notei que essa mulher mexia mais com os meus sentimentos do que imaginava. Quando estou ao seu lado, me sinto desafiado.

Pensando bem, uma das coisas que ela mais gosta de fazer é isso, desafiar. Não posso me dar ao luxo de cair em seus encantos e me apaixonar, mas tenho que confessar que não a quero longe de mim desde o momento em que a vi. Quando ela negou o meu pedido, fiquei desnorteado. Nenhuma mulher até hoje negou os meus desejos ou minhas ordens.

Sou tirado dos meus pensamentos ao ver o hotel onde estou hospedado se aproximar, na verdade, o prédio é uma das minhas propriedades, mas a cobertura serve para meu uso exclusivo, pois, gosto da vista que me proporciona.

Estaciono em frente ao prédio onde James, meu motorista, me espera. Ele abre a porta para Megan, que sai elegantemente, mas com receio. Entrego as chaves do carro para ele e vejo alguns homens na rua olharem desejosos, cobiçando o lindo corpo de Megan. Esse ato não deveria me irritar tanto como me irrita e isso me deixa surpreso. Coloco minha mão na base da sua coluna, a guiando para o interior do prédio, mas ela se recusa a prosseguir.

— Por que me trouxe até aqui? — pergunta.

— Acredito que queira se queimar. — Pisco, com um sorriso travesso.

Seu corpo fica tenso e ela recua um passo na tentativa de se afastar, mas seus olhos atentos observam cada movimento do meu corpo.

— Relaxa, eu só quero conversar. — Tento mais uma vez guiá-la até o saguão, mas ela recua.

— Já conversamos o suficiente por hoje. — Ela se livra dos meus braços, quebrando nosso contato.

— Está frio, vamos entrar, você pode pegar um resfriado. Trouxe você até aqui porque precisamos nos conhecer melhor — falo calmamente, enquanto sua expressão relaxa.

Meu real desejo é tê-la em minha cama esquentando o meu lençol, mas afasto o pensamento inapropriado da minha mente.

Por fim, ela segue até a recepção e a guio até o elevador, que por sorte está no térreo. Procuro mantê-la próxima ao meu corpo, pois, o cheiro de seu perfume é delicioso e inebriante.

— Está se aproximando demais, Sr. Markcross, estou desconfiada de que está querendo marcar seu território — diz com sarcasmo.

— Acha que tenho a intenção de marcar território no que já é meu, Megan? — a provoco, pronunciando seu nome lentamente.

Ela me lança um olhar irritado e reprovador, prendo uma gargalhada que quase escapa. Gosto de perturbá-la e ver suas expressões intrigadas. Subimos pelo elevador até a cobertura e mostro o caminho até o meu apartamento para ela.

— Bem-vinda ao seu lar temporário, minha esposa — digo ironicamente, e a vejo revirar os olhos.

Retiro meu terno e minha gravata, jogando sobre o sofá de couro branco, e começo a desabotoar as mangas da minha camisa. Megan me observa em silêncio, parada próxima à porta, caminho em sua direção, desabotoando os dois primeiros botões da camisa.

Seus lábios carnudos e marcantes chamam minha atenção, seu batom vermelho vibrante levemente borrado me lembra do nosso beijo.

Sempre que observo estes lábios, tenho o forte desejo de mordê-los. Percebendo meu olhar faminto, ela abaixa o olhar e apreensivamente explora o apartamento, caminhando pela sala e observando a decoração.

O magnata da minha vida (Degustação - Completo na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora