Andas a me perseguir?

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Izy ☆

Eu realmente queria ter palavras para descrever meus sentimentos por Nicolas, oque é muito estranho pois acabei de conhece-lo, mas podia jurar ser diferente. Nicolas tinha olhos azuis, uma barba por fazer, sorria meio de lado e tinha um jeito sério, tinha seus cabelos castanhos escuro e era bem mais alto que eu, era uma beleza extraordinária.
Nicolas saiu pela porta da frente e eu fui logo atrás, não era apenas impressão a porta realmente dava para uma floresta por sinal muito bonita.

Vou te levar para casa, sua mãe pode estar preocupada. - oque provavelmente era verdade.

Continuei seguindo ele até um carro preto muito bonito, entramos no carro e comecamos a sair de la, foi ai então que lembrei do meu celular e ja passavam das três da tarde.

Mel - 10:00

"Cade você? Estou preocupada manda-me noticias, e estou bem e em casa peguei carona com um amigo. "

Mãe - 11:00

"Bebê cade você? Estou a ficar preocupada, me liga beijinhos. "

Derick - 11:07

" Tu sumiu da festa gatinha, espero que tenha outras oportunidades para nós "

Teria de explicar muitas coisas a minha mãe que nem eu sabia, então decidi apenas responder por mensagem mesmo.

"Estou bem e indo para casa beijinhos ♡ "

- 15:23

Ao longo da viagem sentia seus olhos pousando em mim mas não me atreveria a olhar, se ao menos soubesse se ele sentia a mesma sensação estranha que eu sentia em relação a ele ja ajudava, sentia-me estranha quanto a ele parecia que eu o conhecia a tempos, parecia que ele me conhecia mais que ninguém é como se eu fosse observada por ele a cada momento.

☆ Nicolas ☆

No silêncio do carro enquanto iamos para sua casa fiquei ali observando-a e colocando meus pensamentos no lugar, e tudo oque conseguia era lembrar das vezes que a observei depois da praia, toda suja e sorrindo a pintar em um quadro e de guarda-lo como se fosse algo realmente importante.
Ao contrário do que as pessoas pensam os anjos não podem ler a mente dos humanos e saber de seus pensamentos, mas sim saber oque estão sentindo. Izy estava se sentindo confusa oque não era muito difícil de se perceber mesmo para um humano, provavelmente estava pensando em como a achei naquela festa ou em como a trouxe para cá e deixei as coisas no lugar ou até mesmo em relação a mim.
Mas não poderia saber que estava a muito tempo ali, desde que foi para casa e ficou toda largada a assistire pintar, nossa como eu queria ter passado de apenas uma primeira impressão, um primeiro sentido. Mas por que? Porque continuava apenas aumentando?
E eu não estava muito diferente dela, estava todo confuso quanto a tudo, anjos que se apaixonam por humanos e são descobertos sobre o envolvimento são derrubados viram anjos caídos, alvos ainda mais fáceis para os demônios do que nós os próprios anjos, já que minha missão é na terra, algumas vezes ajudando os humanos que necessitam tem ainda mais perigo, porém somos muito mais fortes.
Uma vez houve um caso de uma menina com câncer,tinhamos que cuidar dela pois havia feito uma promessa e cumprido, meu irmão Caio se apaixonou por ela perdidamente, os dois começaram a se envolver mais que o permitido e foram descobertos pelos anjos guardiões ou anjos maiores, que são o que nos vigiam na terra, então meu irmão foi derrubado e morto por um demônio e a menina após saber acabou adoecendo cada vez mais e faleceu.
Aquelas lembranças não eram algo bom de se lembrar, mas devido a isso percebi que tinha que me afastar meus pensamentos de Izy, a linda moça pela qual me apaixonei apenas ao observa-la. Aquilo não era certo para mim, mas eu sentia que podia enfrentar qualquer um por aquela moça ruiva, iria de todo jeito evitar encontros porém iria continuar a observa-la.

Sabes onde fica minha casa? - disse ela me tirando do meu estado de transe.

Sei sim. - queria não parecer tão grosso mas infelizmente não podia ser diferente.

☆ Izy ☆

Continuamos a viajem em pleno silêncio até finalmente chegar na minha casa, as aulas voltaram em uma sexta por conta do feriado, então teria gente em casa e felizmente não teria aulas. Me despedi de Nicolas com um simples "tchau obrigada foi um prazer conhece-lo" muito embaraçoso.
Entrei em casa e estava em puro silêncio, verifiquei o carro que realmente estava na garagem e depois fui a cozinha pegar algo para comer, quando sentei na mesa percebi que havia um bilhete para mim.

Bebezinha fomos a casa da sua Vó, seu padrasto quer que venha cá logo que chegar. Mamãe ♡

Subi ao meu quarto tomei um banho, fiquei um pouco de bobeira, coloquei uma calça jeans preta, uma regata preta e um casaco de lã meio nude, coloquei a roupa que vesti antes ao cesto para lavar. Ja estava anoitecendo catei meus óculos de grau e meu celular e decidi ir andando até minha Vó já que era apenas a alguns quarteirões dali.
Coloquei música para tocar em meu celular e sai de casa, andei uns dois quarteirões e logo alguém pegou em meu braço e me puxou, fiquei em pleno desespero quando vi que quem havia me puxado era um homem de capuz preto com uma arma na mão. Realmente fiquei imóvel sem saber oque fazer pois tudo que eu podia fazer era tentar reagir mas seria muito perigoso, o homem pediu-me dinheiro mas eu não tinha, então jogou meus oculos no chão deu um soco em meu olho colocando logo em seguida a arma na minha cabeça e ameaçando atirar, fechei os olhos.
Derrepende fui empurrada e estava no chão e vi logo a frente alguém batendo no ladrão com uma agilidade incrível, não me parecia estranho foi então quando percebi que era Nicolas, Santo Deus aquele menino sempre aparece quando estou a precisar.
O homem ficou gemendo no chão quando Nicolas segurou firme em minha mão e saimos correndo dali.

Está bem? Ele te machucou? - perguntou Nicolas que parecia preocupado.

Estou bem, foi só um soco no meu olho. - falei tirando a mão de cima do meu olho.

Vai ficar roxo, acho melhor te levar até sua casa para tratar. - disse olhando me os olhos.

Eu não acho uma boa ideia, já que ficaria sozinha em casa - lembrando que meus pais estavam na minha Vó.

Então onde devo te levar? - disse parando de andar sem soltar a minha mão.

Meus pais estão na casa da minha Vó - disse puxando ele para me acompanhar.

Então fomos indo em direção a casa da minha Vó sem soltarmos a mão um do outro, trazendo uma total segurança.

Então quer dizer que andas a me perseguir? - disse olhando-o

Talvez - disse me gargalhando pela minha observação.

Art a Angel ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora