Coração Selvagem.

Capítulo. 15 - A escolha! E.M

Autoras: A verdade é que muitos dizem que o amor é bom, que ele faz bem, impõe no papel que ele é eterno, e que pra sempre a felicidade vem de brinde. Mal sabem essas pessoas o valor do amor. O amor como todo sentimento, é contraditório, o dobro dos outros talvez. Toda paixão é forte e intensa, é amassos e beijos, é êxtase e sedução, mas na certa isso nem chega perto do amor. Como disse ele na verdade é um belo de um trocadilho. '' Somente quem sente, sabe definir.''. Ele é puro e insano, é brigas e amores, é tapas e beijos, altos e baixos. Quem sabe..

Nenhum amor é ilusão. Não é um conto de fadas escrito no papel. Esse sentimento é racional, apesar de bem complicado. A verdade é que dentre todos, ele é um dos mais complexos criado e feito para o homem, um teste para que as pessoas pudessem ir acima de seu próprio '' Eu '' capacitando a mentalidade de duas pessoas, pra ver se realmente duas almas podem fundir em uma só.

Tem pessoas que são pré-destinadas a encontrá-lo, outros em compensação buscam uma vida inteira. Como toda coisa boa e justa, é necessário procurar e se esforçar para encontrar de fato o amor verdadeiro, e quando o encontra tem que se dedicar ainda mais, para não perdê-lo. Ele é difícil pra encontrar, porém pra perder, é muito mais fácil do que você pensa.

Justin e Emile sabiam o fardo que estavam segurando e mesmo com os altos e baixos tentavam manter ele tão forte e seguro, por que a base era tão frágil quanto uma pena. Era o tipo de sentimento que se cai, consolida a nauseante solidão e em meio a essa nostalgia tudo se transformaria em uma grande obsessão que nem de perto é amor. Eles sabiam disso, e era o que amedrontava.

O que se via entre os dois era tão forte quanto o sol que nasce todo dia pela manhã, ou a lua que mesmo na escuridão é capaz de brilhar. O amor que resplandecia no peito deles, era do tipo impossível de se controlar, era a fusão dos quatro elementos da terra. Entretanto apesar de toda essa intensidade do sentimento, ele não vinha sem fundamento algum. Emile e Justin sabiam o quanto parecia impossível tudo quando se tratava deles. Justin se via tão apaixonado e confrontava com o próprio desejo, enquanto Emile tentava ser sensata. Ela podia sentir que o prendia. Que cada atitude dele para tentar melhorar era sufocante. Ela não queria transtorná-lo, nem mesmo que ele sofresse, por que um sentimento pra ela tão belo, não poderia machucar ninguém, nem mesmo eles que pareciam tão amedrontados, quando o tema principal da prosa era '' Amor''.

Emile Muller sabia que naquele momento era necessário dar um tempo para seu amado. Ele precisaria ser solto e se realmente esse amor fosse tão puro quanto pensava, ele voltaria no momento certo. Ela só não sabia que iria doer tanto quanto estava doendo, e que a fragilidade seria o pior de seus pesadelos nos dias fechados e principalmente nos dias de sol. Quando a lembrança mais forte era de seu Indomável Selvagem.

Pov Emile Muller

"Beijei outra garota hoje.— Não significou nada... Não sei porque fiz aquilo".

"Não chore por mim, por favor, eu não mereço qualquer lagrima sua". — Não chore anjo, não por mim.

Ele ainda estava parado a minha frente, encarando-me a espera de alguma reação, mas não conseguia me mover, meus pés pareciam ter criado raízes no chão de madeira e em minha mente ouvia um grande eco no meio do nada, todos os meus pensamentos se foram e apenas "Beijei outra garota" ficava se repetindo, indo e voltando me deixando completamente sem ar.

Logo depois fui bombardeada de todos os sentimentos possíveis, o primeiro a me acertar foi a dor, era como se cada parte de mim estivesse sendo dilacerada, mas ainda continuava viva, sentindo tudo. Após isso veio a raiva, eu quis matá-lo, pronunciar os mais diversos palavões e maldições que aprendi recentemente, queria ser mais forte e ter coragem o suficiente para voar encima dele e descarregar minha raiva.