Capítulo 6 - As cores do arco-íris: E.M - J.B

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Emile Muller -

Acordo abruptamente ainda sentindo o terror do pesadelo fazer meu corpo estremecer, fecho os olhos tentando dizer-me que foi apenas mais um sonho ruim, - foi apenas um sonho - minha respiração é ofegante, a tempos tinha este pesadelo, mas de alguma forma ele voltou para me assombrar.

Sento-me na cama sentindo o suor escorrer por meu pescoço e face, meu coração ainda está acelerado e obrigo-me a me respirar calmamente.

O quarto está abafado e, ainda estou vestida com o jeans apertado da noite passada, e por um breve momento havia pensado que tambem tinha sido um sonho, mas eu realmente estive em um bar, dancei e bebi um cerveja depois da insistência do Chaz e posso agora dizer que gostei, - Quem poderia imaginar? - De forma inoportuna lembro-me tambem da forma rude que Justin me jogou sobre seus ombros e insanamente sorrio,  de como minhas mãos por um breve segundo tocou seus braços cheios de músculos e logo depois dessa demonstração da falta de gentileza o ouço cantar, por poucos segundos encontrei seus olhos e eles me queimaram tão profundamente que sinto corpo se enrigecer com a lembrança. - Porque estou sorrindo? - Balanço a cabeça negativamente como se estivesse afastando tais lembranças. Preciso de um banho.

(...)

Maria está na cozinha, ela parece distraída com o que está fazendo, e apesar do pesadelo eu estou de alguma forma de bom humor, o sol está brilhando intensamente lá e gosto do seu calor. O clima é confuso nesta região, ele oscila drasticamente, mas o calor é verdadeiramente mais acolhedor.

- Bom dia Maria… - Minha voz soa cantada e sorridente.

- Bom dia menina Emile. - Ela e se vira e me olha fechando o cenho por um breve momento e depois sorrir.  - Parece feliz menina!

- Talvez… - Pareço misteriosa e sapeca, Maria não pode sonhar onde estive a noite, ela me repreenderia por tal atitude, diria que aquele lugar não é para moças de família e talvez eu poderia concordar, mas não me arrependo. Sinto-me como se estivesse viva.

- Se não a conhecesse diria que aprontou…

- Eu? Não, não fiz nada Maria… - Digo com urgência.

- Eu sei…

- E Lola onde está? - Pergunto curiosa.

Posso ouvir o alto suspiro que Maria solta, ela balança a cabeça resignada

- Essa menina não tem jeito, não a vi se deitar e nem se levantar - Porque Lola não pode ao menos uma vez se comportar?

Sinto-me culpada, eu também não me comportei, sai a noite como uma fugitiva e o pior de tudo não me sinto mal por isso, - Eu deveria não é? Maria continua a reclamar de sua neta, ora ela fala em espanhol e eu mal consigo entender, a olho tão preocupada e me pego imaginando se minha mãe também ficaria dessa forma, talvez não precisasse porque poderíamos ser amigas, eu lhe contaria como minha noite foi divertida e talvez poderíamos conversar sobre garotos e sobre essa coisa estranha que sinto ao ver o selvagem.

- Essa menina precisa de uma marido! - Maria fala por fim e isso me faz acordar dos meus desvaneio e a olho surpresa ou talvez assustada.

- Marido?

- Sim, uma marido.

- Mas Lola é tão nova e acho que ela não tem pensamentos positivos a esse respeito.

- Na cidade grande é diferente, mas aqui ainda se preza um bom casamento, uma moça precisa de um bom nome e ter filhos para alegrar seu marido.

- Maria isso parece tão século XVIII...Ninguém mais pensa dessa forma.

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