01 - Audrey - Um provável novo recomeço.

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- Então, o que acham?
Minha mãe Elisabeth nos pergunta, se referindo a nossa nova casa.
- Nada mal mãe !!
André, meu irmão de 16 anos comenta.
- Eu gostei. Melhor de que a antiga.
Diz Alec. 15 anos, irmão mais novo.
- Eu gosto, é menor que a outra, mais fácil de garantir a segurança de todos.
Andrew, ou melhor Drew, acrescenta. Meu irmão mais velho "barra" gêmeo. Mas por apenas cinco minutos. Pra ele ser o irmão mais velho é motivo pra ser o defensor de todos. Temos uma ligação muito forte, o que um sente, o outro tambem.
- E você gatinha, o que acha?
Meu pai Joseph me pergunta. Desde pequena ele me chama assim.
- É aconchegante, menor do que a outra, mas nem por isso que dizer que é pequena. Combina com a gente.
Respondi com meu sotaque inglês, que tenho certeza que vai chamar atenção dos outros nos próximos dias, atenção indesejada no meu caso. O que não estou querendo no momento é atenção.
- E você Hayley?
Minha mãe quis saber. Hayley sempre foi da nossa família, não importa se ela tem outra, ela é minha irmã de coração. Dou graças a Deus por os pais dela terem permitido ela vir morar com a gente, mesmo não sendo definitivo. Bem, tenho certeza que consigo fazer ela ficar indefinitivamente, afinal os pais dela vivem viajando, indo pra reuniões do coven. Isso mesmo, um coven, um coven de bruxas pra ser mais expecifica, Coven Solomon. Minha melhor amiga é uma bruxa, bruxa "barra" caçadora de vampiros. Assim como eu e toda a minha família, de geração, pra geração.
- Estou satisfeita tia Lizza.
Hayley respondeu. Convivemos juntas desde pequenas, nós práticamente nascemos juntas, por isso ela chama minha mãe de"Tia". Nossas mães tambem foram e ainda são melhores amigas tambem. Daquele jeito bem tradicional. A única diferença, é que famílias tradicionais não carregam esse "fardo" que a nossa carrega. Mas cada um tem aquilo que merece. Não que eu esteja reclamando, gosto de fazer o que faço, é nisso que sou boa.
-Então vamos conhecer o resto da casa. E pelo amor de Deus, onde está a Nana?
Meu pai pergunta. Nana é a nossa governanta "barra" antiga babá. Ela cuidou de todos nós quando nascemos, esteve na nossa família desde sempre. Enquanto minha mãe estava sendo a médica renomada que sempre sonhou e meu pai o melhor advogado de Londres, era ela que cuidava de todos nós. Enquanto meus pais tinham outra vida totalmente diferente a noite, ela sempre esteve lá. Não que nós tenhamos pais ausentes, eles são sempre presentes, agora mais do que antes, mas todos agradecemos por termos a Nana, na verdade é Mariana, mas desde pequenos a chamamos assim.
- Acho que a Nana deve estar na cozinha procurando o que fazer, e olha que nós mal chegamos.
Comenta minha mãe.
- Bom, vou dar uma olhada no meu quarto, você vem Hay?
Eu pergunto, já imaginando a resposta, afinal somos inseparáveis.
- Vou sim Drê.
Ela responde me chamando pelo meu apelido. Na verdade quase todos me chamam assim. Eu sou Drê, a Hayley, Hay. O Andrew, Drew. O André, And. Alec é o único sem apelido, mas só porquê tem o nome pequeno.
E assim nós fomos conhecer o meu quarto e logo após o dela e de todos os outros.
                      
Horas mais tarde...

   Estou no meu quarto rodeada de caixas e malas abertas, quando alguém bate na porta.
   "- Pode entrar!" Eu respondo.
A porta se abre e minha mãe aparece. Ela é linda, nos parecemos em alguns aspectos, como o cabelo preto e longo, preto como as asas de um corvo. Ou como a boca em formato de coração, as sombrancelhas arqueadas, cilíos longos, ou a altura, temos 1,75 cm. Somos magras, mas como a minha mãe diz "magras, mas com curvas". Hayley diz que temos tambem as pernas iguais, "não pernas qualquer, mas pernas de matar" como ela mesma explica. É o modo dela dizer que alguem tem pernas longas. Nisso tudo somos iguais. Menos os olhos, eu tenho os olhos do meu pai, todos nós termos. Como Lápiz Lazzúli. É o que todos dizem. Que parecem joias. Os da minha mãe são verdes, verde como esmeraldas. Não me pegunte o motivos de todos termos olhos que mais parecem joias, eu não sei. Meu pai é louro. Eu, e meus irmãos somos parecidos, olhos azuis, cabelos pretos. A diferença é o corpo, todos eles são fortes, fortes e sarados, pegaram isso do meu pai. Até mesmo o Andrew, essa é nossa diferença de gêmeos, isso e a altura, ele tem 1.83 cm. Como meu pai.
  " - Como está indo tudo? " Minha mãe pergunta.
  " - Está indo tudo bem mãe." Eu respondo.
  " - Quer ajuda com tudo isso?"
  " - E as suas coisas? "
  " - Já está quase tudo no lugar, afinal eu tenho o seu pai pra ajudar."
  " - Não preciso de ajuda, mas se quiser, tudo bem."
  " - Na verdade eu queria conversar. "
  " - Claro mãe, você sabe que eu sempre gosto de conversar com você. "
Ela se aproxima e começa a me ajudar a colocar as roupas no closet. Que aliás, é mais pequeno que o da antiga casa, tamanho médio, o antigo era gigante, a casa toda era aliás.
  " - Está fácil lidar com tudo? " Ela pergunta preocupada.
  " - Na medida do possível, acho que nós precisavamos disso, estava sendo difícil ficar em Londres depois de tudo. "
  " - Eu concordo, estava muito difícil, principalmente pra vocês três. " Ela diz se referindo a Hayley, o Andrew e a mim.
  " - O Drew não estava mas sendo ele mesmo, para a Hay a dor estava insuportável. "
  " - Pra você tambem, não é querida? "
  " - Perder o Mason foi horrível pra todos, mãe. "
  " - Querida, ele tambem era seu melhor amigo, e tem o Tyler..."
  " - O Tyler foi desumano, mas eu não quero falar dele. "
  " - Audrey, guardar isso só piora as coisas. "
  " - Eu sei, sei muito bem, mas não vamos falar disso, por favor? "
  " - Tudo bem querida, mas quando ficar muito ruim, fala comigo. Ou com a Hayley, o seu pai, o Andrew... Você sabe que todos nós amamos você. "
  " - Eu sei, eu tambem amo vocês, só não gosto de falar disso. "
  " - Tudo bem, assunto encerrado. Mas, me diz, ansiosa pra ir pra escola? "
  "- Ah, mal posso esperar! "
  "- Sem sarcásmo Drê, estou falando sério."
  "- Tudo bem, me desculpa. Não estou ansiosa, você sabe como é o primeiro dia, atenção demais, não gosto disso."
  "- Já a noite é totalmente o contrário."
  " - Ah, mas faz parte do que a gente faz né? Agora me diz você, nervosa para o seu primeiro plantão?"
  "- Na verdade não, quando é algo que nós gostamos de fazer, nervosismo não acontece, mas estou um pouco ansiosa sim."
  "- Nada te abala mãe. Mas.você tem que pegar leve, eu sei que salvar vidas é sua paixão, mas você trabalha demais."
  "- Querida, quem tem que pegar leve são vocês que se colocam em risco sempre que vão caçar, principalmente você que sempre chega machucada."
  "- Se a gente não livrar o mundo do mal quem livra? Você sabe muito bem, você fazia isso, você e o papai nos entendem. E eu chego machucada, mas eu machuco muito mais né?" Comento com um sorriso ironico.
  "- Vocês são inacreditáveis, isso sim. E minha paixão são vocês."
   "- Assim como você é a nossa. Amamos você muito, mamãe."
  "- Eu sei querida, eu sei. Tambem amo vocês acima de qualquer coisa."

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Bjks :*
Thays S.

Karma - Tudo Que Vai, Volta.Onde histórias criam vida. Descubra agora