Chego ao meu carro e coloco Audrey no chão. Ela me encara emburrada e cruza os braços. Ela ficou louca com a Stacy, nem os irmãos conseguiram segurá-la, e tenho certeza que só consegui porque não sou humano. Stacy tambêm não tem limites, ela sabe que todo mundo tem um limite e faz questão de ultrapassa-lo. Se eu não tivesse tirando Audrey de perto, ela poderia acabar com a Stacy.
"- Entra no carro, anjo." Falo calmo pra ela não se estressar mais ainda. O que surte o efeito contrário.
"- Ah, agora quer dar uma de mandão?" Pergunta ela estressada.
"- Audrey, sério. Você já brigou demais hoje."
"- Não vou entrar nesse carro. Tenho coisas pra resolver aqui."
"- Tenho certeza que seus irmãos podem fazer isso por você."
"- Não dá. Só eu posso resolver."
"- Resolve outro dia, agora entra."
"- Você não manda em mim."
"- Audrey, estou falando sério."
"- Eu tambêm estou."
Ela tentar me dar uma joelhada no meio das pernas, mas eu pego a perna dela a tempo. Ela fica com raiva e me soca no rosto e sai correndo. Cara, ela é forte. Sinto meu lábio sangrando. A idiota cortou minha boca. Corro atrás dela e pego-a antes que ela entre na boate. Ela fica louca e começa a se debater. Jogo ela por cima do ombro novamente e volto para o carro.
"- Se eu colocá-la no chão você vai se comportar?" Pergunto já sabendo sua resposta.
"- Sim."
"- Não minta pra mim, anjo. Fale a verdade."
"- Está me chamando de mentirosa?"
"- Estou sim, linda."
"- Não me bajule, bastardo."
"- Agora você me xinga. Antes me chamava de amor né?"
"- Nossa, o gatinho está com saudades da minha voz o chamando de amor."
"- Não me chame assim."
"- De quê? De gatinho? Porquê gatinho?"
"- Audrey, para."
"- Não gosta da minha voz, gatinho?"
"- Estou avisando."
"- Ah, o gatinho está ficando estressado."
Tiro ela do meu ombro e à impresso no carro colando meu corpo ao dela. Não gosto dela me chamando assim porquê a Stacy me chama, e não combina com ela, mesmo a palavra ficando mais bonita na boca dela.
"- Vai continuar?" Pergunto.
"- E você vai fazer o quê? Me atacar?" Pergunta ela séria. Essas palavras não me agradam.
"- Não estou ouvindo um "não" da sua boca, então não seria atacar." Falo sério.
"- Eu poderia alegar estar bêbada e incapacitada." Ela diz séria demais.
"- Não fale besteiras. Eu jamais ficaria com uma pessoa contra a vontade dela. Nem se ela não estivesse a par dos seus atos."
"- Todos dizem isso."
"- Não fale isso nem de brincadeira, Audrey! Eu não sou todos, eu jamais faria isso, e se visse alguém fazendo, eu mataria."
"- Entre falar e fazer..."
"- Chega. Agora entre no carro, por favor."
"- Não vou entrar no carro de um estranho."
"- Pelo amor de Deus, mulher! Você quer me deixar louco?! Só quero te levar pra casa!" Falo saindo de perto dela e levando as mãos a cabeça.
"- Não preciso que ninguem me leve pra casa. Já disse que tenho coisas pra resolver."
"- Tem algúm cara te esperando?" Pergunto temendo a resposta.
"- É claro! Meus irmãos né?" Diz ela revirando os olhos. Não sei porque, mas essa resposta me agrada. Interessante, desde que me afastei dela, ela não tentou correr ainda.
"- Ótimo. Seus irmãos sabem que está comigo. Você liga pra eles do caminho, agora vamos." Falo abrindo a porta do passageiro e esperando ela entrar.
"- Porquê você está insistindo tanto em me levar?" Pergunta ela desconfiada.
"- Baby, não se preocupe, se você acha que estou fazendo isso para te agarrar depois, saiba que não tenho a miníma vontade." Minto esperando ela entrar. Na verdade estou com vontade de agarrar ela ali, agora mesmo. Não que eu vá admitir, mal admito para mim mesmo.
"- Que bom, porque o sentimento é mútuo. E não me chame assim." Diz ela chegando perto e ficando a poucos centimetros do meu rosto. Eu sei o que ela está tentando fazer, ela não vai conseguir.
"- Isso é para você ter uma idéia de como é chato ficar ouvindo alguém te chamar por um apelido que você não gosta." Falo me aproximando mais ainda e deixando nossas bocas quase se tocando. Fico dividindo o olhar entre sua boca e seus olhos.
"- Então porquê deixa Stacy te chamar de Gatinho?" Pergunta ela fazendo o mesmo que eu.
"- Com ciúmes, anjo?" Pergunto levantando a mão e colocando no seu rosto e descendo para o pescoço. Fico fazendo isso repetidas vezes.
"- Não, nem um pouco, amor." Diz ela sorrindo e colocando a mão sobre o meu coração. Instântaneamente sinto uma forte conexão com ela. Senti desde que a vi, mas antes dava para iguinorar. Agora está mais forte, como se estivesse creptando energia ao nosso redor. Como se nós fossemos feitos de pura energia.
"- Eu te avisei." Diz ela deixando nossos lábios se encostarem, mais sem me beijar. Fico parálisado.
"- Avisou o quê, anjo?" Pergunto sem me mover, deixando nossos lábios se tocando.
"- Que é muito mais fácil você ficar caidinho por mim do que eu por você." Diz ela rindo e entrando no carro. Fico em estado de choque.
"- Não vai entrar, amor?" Diz ela olhando pra mim com ar inocente.
"- Maldita!" Exclamo fechando a porta do passageiro e indo para o lado do motorista. Ouço a risada músical dela. Começo a xingar no meu idioma natural e só percebo quando já estou dentro do carro colocando as chaves na iguinição e ela pergunta:
"- Que idioma é esse?"
Olho pra ela. Ela ainda tem a ousadia de falar comigo agora? Ligo o carro, saio daquele lugar infernal e xingo mais um pouco. Depois de um tempo eu paro.
"- Ligue para o seu irmão." Falo.
"- Agora você resolveu falar?" Pergunta ela tentando soar irritada mais sem muito sucesso, um sorriso acaba surgindo no seu rosto. Com esse sorriso é difícil ficar irritado com ela.
"- Vai ligar ou não?"
"- Vou mandar um SMS estressadinho."
Ela ergue a perna e pega o celular dentro da bota. Olho igual um idiota para esse gesto. Isso foi sexy.
"- Olha pra frente, não quero morrer hoje." Diz ela digitando no celular. Olho rápidamente para frente. Depois que ela termina, ergue a perna novamente e guarda o celular. Suspiro. Ela sabe provocar.
"- Posso?" Pergunta ela erguendo a mão e apontando pro som do carro. Eu aceno e ela liga o rádio. Depois que a música que estava tocando acaba, começa a tocar Dark Horse. Que apropiado. Penso sorrindo.
"- Porquê esse sorrisinho?" Pergunta ela.
"- Como você é curiosa, Anjo." Falo.
"- É inevitável." Diz ela.
Ficamos calados por alguns segundos até que ela começa a cantar:
"Are you ready for, ready for
A perfect storm, perfect storm
Cause once you're mine, once you're mine
There's no going back."*
Ela começa a rir e eu dou risada junto.
"- Considere-se avisado." Diz ela ainda rindo.
"- Não se preocupe, Anjo. Não tenho a intenção de ser seu. De ninguem, aliás." Falo.
"- Ainda bem! Deus me livre de ter que aguentar você!"
"- E eu de ter que te aguentar."
"- Ah, qual é, não sou tão mal assim!"
"- E não é mesmo, anjo."
"- Cuidado pra não se apaixonar!" Diz ela rindo.
"- Nem pensar!" Falo.
"- Promete?"
"- Prometo."
"- Agora sua vez, canta." Diz ela.
"- Nem pensar!"
"- Vai, não seja chato! Eu canto junto!" Diz ela fazendo beicinho.
"- Tá." Eu falo rindo. E nós cantamos:
"She's a beast
I call her karma
She eat your heart out
Like Jeffrey Dahmer
Be careful
Try not lead her on
Shawty's heart was on steroids
Cause her love is so strong
You may fall in love..."**
Paro o carro em frente a casa dela. É uma casa bem grande. Não muito longe do meu apartamento. Depois que terminamos de cantar a música (sim, eu cantei!), eu pedi as direções e ela falou. E agora estamos aqui.
"- Então...?" Falamos juntos e começamos a rir. Depois que paramos eu falo:
"- Acho melhor eu levá-la até a porta, só pra garantir que você não vai me passar a perna e voltar."
"- Quer entrar? Posso dar uma olhada na sua boca pra ver se machucou muito, estava sangrando, não estava?"
Paraliso. O corte já regenerou. Não sinto mais nada. Se ela olhar e não encontrar nada vai ser estranho.
"- Não precisa. Não cortou por fora, acho que foi só por dentro mesmo." Falo.
"- Tem certeza?"
"- Tenho."
"- Ah, que bom. Desculpe-me por isso. As vezes eu perco o controle."
"- Tudo bem, todos perdemos as vezes."
"- Okay..."
Agora ficou estranho. Abro a porta do carro e saio, vou até o lado do passageiro e abro pra ela. Ela sai e caminhamos em direção a casa. Subimos a escada e paramos em frente a porta.
"- Não vou precisar avisar para os seus pais não te deixarem sair, vou?" Pergunto.
"- Não. Tenho certeza que o Drew já providenciou isso." Diz ela.
"- Ótimo. Ele é um bom irmão."
"- É sim."
Ficamos naquele clima tenso um olhando pro outro sem saber o que falar.
"- Bem..." Ela diz.
"- Então eu já vou."
"- Tá. Vai voltar pra boate?"
"- Não, acho que vou pra casa, vou avisar para Jer que vou direto."
"- Ah tá."
"- Pois é."
"- Então tchau." Fala ela se aproximando e me dando um beijo na bochecha, que eu retribuo.
"- A gente se vê amanhã." Digo.
"- Sim, boa noite, e vê se não corre." Ela diz.
"- Pode deixar. Boa noite." Falo e vou em direção ao meu carro. Quando abro a porta olho pra cima e ela ainda está lá. Ela acena e eu aceno de volta. Quando entro no carro e olho de novo, ela já tem entrado. Quando ligo o carro e vou saindo eu paro e lembro que quando eu à peguei para impedir a briga, ela estava muito gelada. Fria feito gelo. Mal tive tempo para pensar, mas aquilo foi esquisito, e nada normal. O.que será que causou aquilo? Ninguem fica com o corpo todo gelado e continua vivo. E quando me despedi ela estava com a temperatura corporal normal. Estranho, muito estranho.*"Você está pronto, está pronto
Para uma tempestade perfeita, uma tempestade perfeita
Porque uma vez que você é meu, uma vez que você é meu
Não tem volta"**"Ela é uma fera
Eu a chamo de carma
Ela devora o seu coração
Como Jeffrey Dahmer
Tome cuidado
Não tente controlá-la
O coração da gata estará nos esteroides
Porque seu amor é muito forte"Eeeei gente! E ai? Gostaram? Espero que sim! Então votem, comentem, indiquem e dêem a opinião de vcs. Agradeço o tempinho que vocês tiram para ler. Desculpem qualquer erro e não deixem de dar uma olhada em minha outra obra: Conjuradores
Bjks da Izzy :*
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Karma - Tudo Que Vai, Volta.
ParanormalAudrey Herondale é aparentemente uma garota normal de 17 anos. Ou pelo menos, é o que os seus novos colegas de classe acham e o que ela os faz pensar. O que os seus colegas nem imaginam, é que essa inglesa que apareceu derrepente, faz parte de um mu...