Cap.7: O Dia Está Chegando

497 50 20
                                    

Pov. Bruna

  Estar pela primeira vez no Acampamento Júpiter era fantástico. As filhas de Vênus nem eram tão parecidas assim com as filhas de Afrodite do Acampamento Meio-Sangue. Estávamos juntos. Prontos para o jantar. Sammy houvera providenciado uma mesa para os Terceiros Argonautas. Todos já havíamos sentados em seus lugares. Zöe estava mais avoada que de costume. Ela resolvia um conflito interno e enrrolava uma mecha castanha de seu cabelo encaracolado, mordia o lábio inferior com aflição estampada no rosto. Eu sabia que a barra que ela estava segurando era pesada de mais para ela. Sua outra mão estava sobre a mesa. Com calma pus minha mão sobre a dela e sorri fechado, fazendo-a olhar para mim.

  - Vai ficar tudo bem, Zöe. - falei e ela sorriu. - Os nevoeiros tempestivos nunca ficam para sempre. Podem demorar. Mas nunca permanecem.

  - Nunca diga nunca. - ela falou, melancólica. - Tudo é possível.

  - Não. Estamos num mundo paralelo. Nem tudo é possível. Apenas se acreditar. Acredite, vamos ficar bem.

  E então nosso papo acabou. Ela baixou a cabeça e fomos servidos. A comida estava deliciosa, porém, com aquela angústia, eu havia perdido a fome, mas, para nada de ruim acontecer resolvi me alimentar. Após o jantar, Reyna reuniu todas as Coortes para chamar os escolhidos.

  - Anne, descendente de Ceres, Primeira Coorte. - disse Reyna e uma garota com um lança se aproximou. Tinha cabelos castanhos e parecia nova de mais para uma guerra.

  - Josh, descendente de Vulcano, Terceira Coorte. - disse Sammy.

  - Patrick, filho de Apolo, Quinta Coorte. - Reyna continuou.

  - Rose, descendente de Marte, Quinta Coorte. - Sammy chamou.

  - E Scott, filho de Mercúrio, Quarta Coorte.

  Todos os cinco se aproximaram e ficaram parados.

  - Tem certeza que será o necessário? - ouvi Jason perguntar à Reyna.

  - Não podemos mandar mais que isso. Também temos que proteger o Acampamento romano. Caso der errado, poderão chamar reforços. - respondeu ela.

  - Reyna, - Sammy chamou. - Eu irei também. Me ofereço a ir também.

  Da multidão apereceu Hazel.

  - Não Sammy. Você não pode ir. - ela fala pondo as mãos nos ombros do filho.

  - Eu tenho que ir sim, mãe. Quero me tornar um herói. - ele disse tirando as mãos de Hazel de seus ombros.

  - Estamos a caminho para a capital dos Estados Unidos, Washington. - abradou May. -  Não desistam, por favor, estamos batalhando para salvar os Acampamentos.

  Era meio estranho olhá-la. Ela não parecia estar tão familiarizada com o Acampamento, mesmo sendo romana como eles. Talvez a causa de ter se afastado para tentar fazer Cloe uma mortal comum como a avó.

  Engoli em seco e fui uma das primeiras a entrar no Argo III. Todos já haviam entrado e pelo menos Zöe parecia mais disposta. Ela estava conversando com um dos garotos escolidos, acho que era Scott, filho de Mercúrio.

  Suspirei continuando a olhá-los a conversar.

Pov. Cloe

  Eu já não aguentava mais a voz de Gaia no meu cérebro. Meus olhos estavam esbugalhados como se eu estivesse tentando me manter acordada, mas era o contrário. Eu estava tentando me manter dormindo, assim Gaia retardaria a se erguer. Assim, eu teria mais tempo. Assim, Harry poderia ser avisado antes. A voz do mesmo me despertou dos devaneios.

  Cloe?

  - Harry!

  Está tudo bem?

  - Mais ou menos. Gaia está me atormentando.

  C-cloe, eu... tem certeza de que está bem? Sua voz está falhando.

  - Falhando? - perguntei.

  Sim. Quando irá me contar aquilo?

  - Minha voz está falhando, certo? Acho q-que não vai demorar muito para contatá-lo.

  É algo a ver com Gaia, não é?

  - Olha, Harry. Não quero te pôr em perigo tão cedo, então reze para isso demorar a acontecer. Porque, caso o dia chegar, poderemos devastar os dois Acampamentos, tanto o grego quanto o romano.

  O que você quis dizer com "poderemos"?

  - Pára de ser curioso, Sognare. Você poderia... poderia...

  Morrer se eu soubesse? Sim, eu sei, só que também me preocupo com você, Cloe. Eu te...

  - Não fala, Harry. Gaia está ouvindo. Não me fale isso até chegar o dia que for preciso.

  Desculpe.

  - Saberá quando chegar. Amanhã... eu quero que faça um favor por mim... Venha depois do almoço no horário mortal. Apenas venha. Sem ser percebido. É uma missão secreta.

  Ele riu. Uma risada gostosa de se ouvir. Era até melodiosa.

  É tão importante assim?

  - É perigoso.

  Clo... Então sua voz falhou e desapareceu. Não Harry...

  Falando com o filho de Morfeu? Agora era Gaia, aquela deusa filha de... Caos! Poupando o garoto de dizer que a ama? Que coisa má, Cloe.

  A deusa gargalhou sarcástica.

  - Argh!

  Tampei meus ouvidos com as mãos em vão. Fiz uma careta apertando os olhos. Eu tinha que me manter dormindo. Tinha que estar em transe até amanhã e ainda segurar mais ainda a barra, mesmo se alguém com memória suficiente me visse, estaria achando que eu era um louca psicopata; meus olhos piscavam incorretamente, um de cada vez. Eu, agora tinha tiliques nervosos e meu pescoço virava pro lado sem o meu comando, meus dedos tremiam como se estivesse digitando algo num computador imaginário. Algumas almas haviam me apelidado de Garota do Rochedo. Apenas pelo simples fato de que eu apenas estava em um único lugar durante toda a minha chegada ao Reino dos Mortos. Um rochedo debaixo da única árvore seca que existia nos Campos Elísios. Mas a causa dela ter ficado assim não foi por já estar assim, eu... É complicado dizer, mas... Eu estava sugando a energia do Mundo Inferior. Só de relembrar aquilo, me causava arrepios na nuca. Tudo isso indicava de que... a hora estava chegando.

Uhhh... Preparem-se para a hora! (Dando risada maléfica) cof cof...
Bem, oi gente. Obrigada à Raquel Carmo que me fez ter mais ideias! Quero os comentários de vocês!

Mille ♡

A União dos Três Grandes | A Batalha Final (#3)Onde histórias criam vida. Descubra agora