Cap.9: Esquisitices

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Pov. Cloe

  Eu sentia uma horrível agonia. Meu coração apertava, minhas mãos tremiam, a emadeirada estava voltando ao normal... Não, não, não, não, não! Meus olhos tentavam se abrir e eu tentava acordar. Não, isso não podia acontecer.

  - Rápido Harry, rápido...

  Eu sentia onde ele estava... Não sei como mas, em dois dias ele já estava na Filadélfia, New Jersey. Era até que longe. Pela primeira vez eu estava sentindo saudade, saudade dos meus pais, dos meus primos, do Max...

  Você não vai durar muito tempo, Cloe.

  - Aguentarei o quanto for preciso. Saia da minha cabeça.

  Mal educada... Ela riu.

  - Eu te odeio Gaia. - sibilei raivosa.

Pov. Bruna

  Acordei assustada com o grito vindo do quarto ao lado. Liguei o abajur ao lado da cama e sentei-me. Esfreguei meus olhos e levantei rápido. Abri a porta e entrei no quarto do lado.

  May estava encolhida, abraçando suas próprias pernas, encostada da cama.

  Ela tremia e chorava ao mesmo tempo. Corri até ela e sentei no chão de carvalho junto a ela.

  - May, o que houve? - perguntei tirando seus cabelos que caiam nos olhos e grudavam nas bochechas.

  - Cloe...

  Um calafrio teimoso se passou pela minha espinha até eriçarem os pelos da minha nuca. May não sabia sobre a árvore de Cloe. Harry havia dito que Zöe, Max e eu éramos os únicos que sabíamos da aura mágica.

  - O que sonhou com Cloe? - a abracei de lado.

  - Ela morreu. Morrer vai Cloe. Também morrer vai você...

  Me afastei rápido dela. Seus olhos bicolores agora mudara para o negro obscuro de Nico. Ela umideceu os lábios e sorriu cínica.

  -Morrer vai você. Matar te vai Gaia. Tripulantes os matar...

  Ela continuava falando e piscando. Deuses! Eu estava completamente assustada para poder me afastar o suficiente.

  -Socorro! Alguém me ajuda! - gritei. May se arrastou até a beirada da cama e me olhou com aqueles olhos estranhos. Seus cabelos estavam bagunçados de um modo caótico.

  A mulher pôs a mão embaixo da cama e de lá arrastou uma lâmina de ouro. Era com certeza uma das suas antigas adagas de Ouro Imperial do Acampamento Júpiter.

  Engoli em seco e me arraatei para trás. Ela me olhou e falou:

  - Agora morrer vai você...

  -May! O que está acontecendo com você. - falei enquanto me arrastava para trás, sentindo minhas costas encostarem na parede do quarto. - Socorro! Socorro! Alguém me ajuda!

  - Escapar pode não você...

A porta rangeu. Ela foi se aproximando e em vão eu tentava me afastar para trás, no caso, a parede me impedia.

  May sorriu vitoriosa e encostou a ponta no meu pescoço, dando um leve empurrãozinho.

  - Palavras últimas suas diga. - May sussurrou.

  - Frigideira?

SPAFT!!!

  May caiu desacordada no chão e sua adaga rolou novamente para o seu lugar, debaixo da cama.

  - Frigideira? - repeti incrédula.

  Piper me olhou com explicação.

  - Foi a primeira coisa que eu achei, ué! - gesticulou com as mãos balançando a frigideira inox de aço, que devia ser da cozinha do Argo III.

  - Será que ela morreu? - perguntei. - Porque essa pancada que você deu, deve ter matado. O pessoal dos outros dormitórios com certeza ouviram.

  - Desculpe, eu estava muito tensa. Mas o que foi que aconteceu? - ela pôs as mãos nos quadris.

  - Não faço ideia. Eu queria saber... Você ouviu o que ela estava dizendo? Eu não entendia. - comentei.

  - De frente para trás.

  - O que? - perguntei sem entender.

  - Ela estava falando de frente para trás. Tenta perceber... o que ela te falou?

  - Coisas sobre morte. - respondi olhando para May.

  - Morte? Isso é estranho...

  - O que aconteceu aqui? - Annabeth e Percy abriram a porta do quarto. - Sério, o que aconteceu aqui?

  - Não sabemos. - respondeu Piper. - Foi muito estranho... chame toda a tripulação. Inclusive os romanos. Precisamos ter uma reunião.

  Annabeth assentiu. E antes que saísse da sala, Piper a chamou de novo.

  - Ah, Annabeth, chame Nico, ele que vai carregar May até a cozinha.

  - Ok, vamos Percy. - Ela puxou o marido e se afastou. Olhamos para May no chão.

  O que estava acontecendo? Por que? Qual o motivo? Quem havia feito aquilo? May, absolutamente teria seqüelas ou algum tipo de trauma.

  Não poderia ser Gaia. Não poderia.

Pov. Lacey

  Não conseguia dormir em paz, na verdade, eu estava no meu turno de vigilância. Ultimamente, muitos monstros nos atacava. Havíamos encontrado uma gangue de ciclopes do norte falando sobre guerra e tal.

  Eles estavam indo em direção ao centro da cidade. Mas caso de segurança, resolvi não deixar minha Legião segui-los. Algum outros montros separados também seguiam na mesma direção.

  - Vamos massacrar os deuses nessa guerra! Gaia ai de acordar e por juízo nesse mundo! - dissera um manticore e a empousa riu satisfeitam.

  De algum modo eles não sentiam nosso cheiro. Como se fôssemos invisíveis. Como se não existíssemos. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo e rápido.

A União dos Três Grandes | A Batalha Final (#3)Onde histórias criam vida. Descubra agora