Casa Comigo?

Na Balada

Miguel vai encontrar Téo na Lan com uma boa notícia.

― Diga logo! Miguel, quer me matar de curiosidade?

― Falei com Mel e decidimos que vamos montar um escritório. Ela como arquiteta e eu como engenheiro civil. O que acha?

― Perfeito. Em que avenida de Campinas vão montar?

― Campinas? Não... aqui. Na metade do espaço que você paga aluguel e não usa.

― Miguel, eu entendo que você só quer me ajudar. Mas aqui numa cidadezinha pequena você não vai ter clientela. Miguel, muito obrigado. Mas não precisa se sacrificar por mim.

― Teodoro, Mel e eu conseguimos clientes pela Internet. Ela os atende em casa e vive me pedindo mais espaço para fazer os projetos. Sabe quantas vezes jantamos em pé na cozinha para não guardar os projetos que desenhamos na mesa de jantar? Téo, só vamos alugar mais espaço para trabalhar. Só isso.

― Está bem. Então vamos comemorar.

― Mas eu nem falei com o dono do prédio?

― E eu preciso de motivo para comemorar. Hoje é sexta. E o Lucas vai ficar com a mãe. Vamos naquela danceteria que eu gosto?

― Está bem. Vamos. Mas de ônibus. Para podermos beber bastante.

― Miguel, você está mesmo entrando para o clube. Pegamos o ônibus das oito! Nos encontramos na praça. Combinado?

― Combinado.

Letícia foi a casa de Clara lhe pedir um favor

― Se eu pedir para o Téo ficar mais uma sexta à noite com o Lucas ele me mata.

― Lê, eu entendo. Pode deixar o Lucas aqui. Ele e as crianças se dão muito bem.

― Posso lhe fazer uma pergunta. Eu num quero lhe ofender.

― Você quer saber porquê eu separei do Miguel.

― É.

― Eu não quero casar. Mas ninguém me entende.

― Você já falou com o Téo?

― Com o Téo?

― Ele não quer casar. Ele vai lhe entender.

― E você?

― Eu não consigo. Por isso eu separei do Téo.

― Lê, você entende o Miguel?

― Entendo. Minha mãe sempre me ensinou que uma mulher precisa de um marido para lhe proteger.

― E minha avó sempre me ensinou que a prioridade na vida é ser feliz.

― Casar e ser feliz não são a mesma coisa?

― Eu era feliz antes de o Miguel inventar de se casar. Eu não sou mulher para ele.

― Por que vocês dois não conversam?

― Nós vamos conversar semana que vem.

― No aniversário de oito anos de namoro?

― Um dia antes.

HORAS DEPOIS ...

O Téo e o Miguel se encontraram. Foram para a noitada ou para a balada. E beberam tudo o que se podia com o dinheiro que tinham. E o Téo logo achou uma moça que simpatizasse com ele. E Miguel ficou sozinho no bar.

― Oi! Está sozinho? ― pergunta Flávia.

― Estou só esperando meu amigo terminar. ― E aponta para Téo. O qual estava dançando com uma ruiva de olhos verdes.

― E por que você não espera acompanhado?

― Porque eu tenho... Falta de costume.

Pausa para explicação. Achou que eu ia simplesmente narrar, né? Este não sou eu. Tenho que comentar. O Miguel e o Téo uma vez por mês saem juntos. Mas quando o Téo ia paquerar... O Miguel ficava olhando, pois ele não ia trair a Clara, né? Agora está livre, leve e ...

― Falta de costume?

― Faz pouco tempo que estou solteiro. ― Miguel responde.

― Então... Por que não dançamos?

― Claro!

Os dois dançam e dançam. E Flávia lhe rouba um beijo.

― Por que você fez isso? ― Miguel pergunta.

― Porque eu gostei de você.

― Desculpa, mas eu ainda gosto dela.

― Entendo. Você é do tipo apaixonado. Fui! ― Flávia é grossa.

Agora funções que só um livro pode fazer. Deixar você saber o que o personagem está pensando.

― Eu não consigo ficar com outra? Eu amo muito a Clara. E se eu não conseguir esquecê-la? Será que eu fiz bem deixando ela se explicar? Por que não pode ser tudo como ontem. Onde o nosso amor fala mais alto que a razão. Eu a amo.