Capítulo 32 - Fi nal

13.6K 1.1K 192
                                    

SEM REVISÃO

----------------------------------------------------------------------------------------

Cristiano

Meu olhar estava fixo na poça de sangue que se formava no sofá. Aquele sangue era da Camila. Era ela que estava sangrando e eu fiquei em choque. Não consegui mais me firmar e tive que me sentar com ela no sofá. Olhei seu rosto e ela estava com os olhos fechados.

-Abre os olhos pequena. - eu pedi, mas ela não me respondeu.

Eu puxei a jaqueta que eu havia colocado nela para o lado e vi o sangue escorrendo como água pelo seu ombro. Ela tinha sido baleada e eu estava estático, atordoado "Levante-se Cristiano. Levante-se" uma voz começou a falar na minha cabeça e eu me obriguei a reagir. Levantei-me com ela nos braços e sai desesperado em direção ao carro. Quando passei pela porta avistei o Arnaldo e o Marcos correndo em direção a casa.

-PEGA O CARRO ARNALDO, NÓS TEMOS QUE LEVAR A CAMILA PARA O HOSPITAL AGORA. - eu gritei.

O Arnaldo deu meia volta e correu para pegar o carro no meio das arvores, o Marcos continuou vindo em minha direção e arregalou os olhos quando viu o sangue escorrendo pela minha blusa.

-O que aconteceu? Nós ouvimos o barulho de disparos. - ele perguntou.

-A Camila...ele atirou nela.- eu falei atordoado.

Ele tinha atirado na minha pequena. A Camila tinha sido baleada e a minha ficha começou a cair. Era a minha mulher que estava inconsciente nos meus braços e eu comecei a chorar de desespero.

-Ele atirou na minha pequena.- eu repeti.

O Marcos abriu a boca para dizer algo, mas nesse momento o Arnaldo parou cantando pneu. O Marcos abriu a porta traseira e nós entramos no carro..

-ACELERA ARNALDO, ANDA.- eu gritei

O Arnaldo deu a partida e acelerou o carro. Eu acomodei a cabeça da Camila no meu colo e o Marcos tirou jaqueta que eu havia colocado nela. Assim que ele olhou o ferimento ele levantou o rosto para mim e a expressão no seu rosto só me fez ficar pior.

-Ela vai ficar bem não vai?- eu perguntei.- Ela vai ficar bem. Diz para mim Marcos.- eu pedi.

-Ela está perdendo muito sangue, Cris. Não vai dar tempo de leva-la até o Villela.- ele falou.

Ele colocou a jaqueta em cima do do ferimento e começou a pressionar. Eu olhei para a Camila e sentia meu desespero aumentar na medida que eu via o sangue escorrer da ferida.Eu não sabia o que fazer, só passava a mão no seu rosto e pedia a Deus para não deixá-la morrer ou que me levasse no lugar dela. Nós saímos na estrada de asfalto e o Arnaldo acelerou mais ainda.

-Vai para o hospital mais próximo Arnaldo, ela não vai aguentar muito tempo. - o Marcos falou

-Eu não faço ideia de onde tem um hospital por aqui. - o Arnaldo respondeu.

-Cristiano, olha para mim.- o Marcos chamou.- Olha para mim Cris.

Eu me esforcei para levantar meu rosto e olhei para ele

-Eu preciso que você fique calmo e pressione o ferimento com força.- ele pediu.

O Marcos levou minha mão até o ferimento e pressionou. Logo em seguida ele retirou a sua mão e eu comecei a pressionar a blusa no lugar dele. O Marcos pegou o celular no bolso e digitou alguma coisa.

- Tem um hospital a três quilômetros daqui, é só você seguir reto e virar a direita na placa de Km 144.- o Marcos falou com o Arnaldo.

Eu pressionava o ferimento, mas o sangue continuava jorrando. A Camila já estava pálida e a todo momento o Marcos sentia a sua pulsação e encostava a cabeça no seu peito.

A cura no amor #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora