Capítulo 2

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Cristiano

Abri os olhos e notei que o dia estava amanhecendo, meu corpo estava relaxado, tinha sonhado algo tão bom, mas não me lembrava do que era. Olhei no meu relógio de pulso, ainda eram 05:30 da manhã, daria tempo de passar em casa e tomar um banho antes de ir para a empresa. Tirei os braços da Elisa que estavam me envolvendo, e afastei o seu corpo do meu fazendo com que ela acordasse.

-Está cedo  meu bem, volta para cama. - ela falou ainda sonolenta.

Eu não respondi e me levantei, peguei minha cueca e minha calça que estava jogada no chão e me vesti.

-Onde você vai?-ela perguntou se sentando na cama e deixando a mostra os seios fartos.

-Embora.- eu respondi colocando a minha camisa social.

-Posso te ligar mais tarde?

-Não.

-Não?! Como assim?- ela voltou a perguntar surpresa.

-Foi a ultima noite noite, nós não vamos mais ter contato. - eu respondi enquanto calçava os meus sapatos italianos.

Ela se levantou completamente nua e parou na minha frente. Eu a analisei por alguns segundos: a Elisa era uma mulher muito bonita e o sexo era até bom, pena que ela já estava começando a confundir as coisas entre nós. Quando a mulher começava com o papo de paixão, amor ou coisa do tipo, já era o sinal para pular fora.

-Ultima noite? Não estou entendo. O que você quer dizer com isso?- ela falou praticamente gritando.

-Não quero mais foder com você.

 Eu fui franco, esse era meu jeito. Nunca fui um homem de meias palavras e gostava de deixar tudo as claras.  A Eliza me olhou com os olhos verdes escuros, e pele do seu rosto, branca como leite, estava agora em um tom extremamente vermelho.  

-Foder? Cris, ... eu pensei...-ela começou a gaguejar.

-O que quer que tenha pensado está errado, eu deixei bem claro desde o começo que a nossa relação não passava de sexo.- eu peguei minha carteira e tirei uma nota de cem.- Esse dinheiro é para o táxi até a sua casa e não se preocupe, vou deixar a conta do motel paga.

Ela me olhou por alguns segundos e quando notou que eu estava falando serio começou a chorar.

-SEU DESGRAÇADO, CANALHA, CAFAJESTE. VOCÊ É UM FILHO DA PUTA CRISTIANO...- ela começou a gritar.

Eu virei as costas deixei o dinheiro em cima da estante do quarto e sai sem olhar para trás.

Era sempre assim, todas elas ficavam com raiva, me xingavam...eu não me importava. Eu podia até ser tudo o que elas falavam, mas tinha a minha consciência limpa, nunca havia feito juras de amor e nem prometido para nenhuma delas nada além de uma boa foda. Jamais alimentei ilusões alheia e se elas pensavam que eu pudesse sentir algo e me fantasiavam como um príncipe encantado, não era culpa minha. 

A única mulher que eu fui capaz amar foi minha mãe e ela já estava morta.

Fui para a minha cobertura e tomei um banho demorado, me enrolei na toalha e me olhei no espelho. Estava precisando fazer a barba, mas não ia ter tempo. Sai do banheiro e fui até o closet, escolhi o primeiro terno que vi e me vesti com ele. Peguei meu notebook, minha pasta, as chaves do meu carro, tranquei meu apartamento e sai.

Apesar de ter um motorista eu sempre dirigia meu carro e só utilizava os seus serviços quando era estritamente necessário. Gostava de ter o controle de tudo o que me cercava e a ideia de deixar a direção de alguma coisa nas mão dos outros não me agradava. E além do mais, eu gostava de dirigir.

A cura no amor #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora