Capítulo 23

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Sugestão: Let it all go - Birdy + Rhodes, está na multimédia. Boa Leitura

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Ashley POV

Exactamente no momento, em que Ângela ia começar a contar, alguma alma inteligente decidiu entrar em casa.

Jack aparece na sala gigante onde estávamos e fica a olhar para Ângela.

"O que se passa?" pergunta-lhe, beijando-lhe a cabeça.

"Nada, apenas acabámos de ver um filme muito triste" Jack olha para a televisão e vê-a desligada. Ok, ele não acreditou.

"Se calhar, é melhor eu ir indo" levanto-me.

"Não" Ângela diz, e puxa-me para me sentar no sofá. "Jack, eu preciso de falar com ela" ele assente e dá-lhe um beijo rápido, saindo da sala.

"Quando quiseres" incentivo-a a falar.

"Lembras-te daquele rapaz que eu namorei na universidade?" começo a pensar em algum que ela tenha namorado na universidade.

"O Nate? Aquele alto?" pergunto por único que me lembro.

"Sim, esse mesmo. Bem, depois de termos feito um ano de namoro ele começou a ficar maluco, nem sequer podia ter amigos que ele já ficava com os ciúmes muito controladores, chegando a bater em muitos deles. Eu cansei-me disso e disse que queria acabar e sabes quais foram as palavras dele? "Não te posso forçar a ficar comigo, mas posso fazer com que não fiques com mais nenhum" e saiu, nunca mais me disse nada, por durante pelo menos uns 5 meses. Pensei que tinha já tudo passado, e até me cheguei a esquecer do que ele me tinha dito, até que eu começo a receber umas mensagens anónimas a ameaçar-me" ela suspira e continua com o olhar posto nas suas mãos, e eu pego-lhe na mão "Recebi essas mensagens durante mais ou menos um mês, e já andava para namorar com o Jack, nessa altura. Um dia estava a ir para o meu escritório, de manhã e sem querer o carro da frente pára e eu bati nele. Saí do carro para ver se estava tudo bem com condutor, e o pior é que naquela zona não havia carros, nem casas, nem movimento. Burra como sou nem me lembrei disso e fui ao carro da frente, estava um homem deitado, talvez desmaiado e sinto umas mãos a agarrar-me por de trás e a meter-me um pano na cara. Não sei quanto tempo estive inconsciente, mas quando acordei estava tudo escuro e estava deitada numa cama. Aparece-me, mais ou menos uma hora depois o Nate a mais dois homens atrás. Ele estava diferente, já não era aquele rapaz amoroso por quem me apaixonei no início, mas sim alguém frio e que nunca tinha sido meu namorado. Foram dias de pura violência, ele vinha todos os dias bater-me, eu muitas das vezes ficava inconsciente. Eu ficava pisada e ele não ligava, violava-me e de vez enquanto era querido comigo e trazia-me comida" ela chorava desesperadamente "O Jack descobriu onde estava e finalmente, veio-me buscar. Fiquei tão aliviada, porque todos os dias o Nate me dizia que ele já estava morto, porque os amigos dele já lhe tinham tratado do assunto, mas o Jack já ali estava. Nunca contei ao Jack que ele me violava vezes sem conta, porque sabia que se lhe contasse o Jack era bem capaz de mandar lá guarda-costas tratar do assunto, ou até mesmo ele o fazia. Só lhe contei que ele me batia e foi porque ele viu as nódoas negras que tinha no corpo. Eu não quero que este filho seja do Nate, Ashley" Ângela estava num estado lastimável, chorava como ninguém, e tinha-me abraçado já algum tempo e ainda não me tinha largado. 

Eu estava em choque, como é que eu nunca soube disto? O Nate parecia ser boa pessoa, eu já o conheci e ela parecia uma pessoa tão simpática. Ele é o tipo de rapaz que qualquer rapariga lhe cai aos pés, foi até considerado á alguns anos, o rapaz mais atraente do mundo, mas não sabia que tinha sido assim psicopata acerca de Ângela. Eu não sabia o que lhe dizer.

"Ângela? Tens de lhe contar a verdade, a culpa não é tua" digo.

"O Jack vai ficar desiludido comigo, eu não posso"

"Tens de lhe ser sincera, mas se achares melhor não contes, e quando ele nascer fazes-lhe o teste de ADN"

"Eu tenho de pensar nisto melhor, Ashley. Porque é que isto é tão complicado?" ela pergunta a soluçar.

"Tu vais lhe dar a volta por cima " digo "Eu vou estar aqui"

"Mas eu também não vou conseguir viver estes 9 meses de gravidez, sem lhe contar a verdade não saber a quem este ser dentro de mim pertence" a campainha toca, mal ela acaba de falar.

"Eu não sei o que fazia na tua situação" digo.

Alguma empregada deve ter ido abrir a porta, porque ouço a voz rouca de Harry.

Ele aparece na sala de fato e gravata. Ele era tão atraente, que acabava com as minhas hormonas.

"Olá, Ângela" ele aproxima-se dela, mas vê que ela estava a chorar "Ei, o que se passa, miúda?" ele pergunta, olhando para mim, perguntando-e o que se passava. Eu encolho-lhe os ombros e Ângela continua a soluçar no meu ombro. "Ficas aqui com ela?" ele sussurra.

"Sim" digo.

Ele sai e acho que foi ter com o Jack.

Para a animar, puxei-a para irmos fazer bolo brigadeiro e o que posso dizer é que tenho pena de quem vai limpar aquela cozinha, mas ao menos fi-la sorrir que nem uma louca. Jack e Harry aparecem na cozinha e sem querer Ângela com o susto manda-lhes com farinha para cima.

Eles ficam em choque com o estado que em que estávamos e aquela cozinha também, então pegam no chocolate em pó e despejam-nos-o todo em cima.

Estivemos assim por pelo menos umas 3 horas e quando já estava a ficar escuro Harry levou-me a casa.

"Está a ficar tarde, e temos de ir" Harry diz.

"Já?" Jack pergunta.

"Sim, tem que ser, tenho que ir trabalhar amanhã e esta menina devia de estar a descansar como o médico disse, e anda aqui a brincar com a saúde e com o bolo" nós rimo-nos e eles trazem-nos á porta e digo a Ângela, discretamente para se ela precisar de alguma coisa me ligar, em qualquer hora.

Eu e Harry já estamos no carro, e eu não sei se lhe conto acerca do meu flasback ou não.

"Harry?" ele olha para mim. "Eu lembrei-me de algo" ele fica rijo e olha para mim, admirado.

"A sério?" ele diz a sorrir.

"Sim"

"Do que te lembras? Conta-me" ele estava entusiasmado e feliz.

The Past |HARRY STYLES|Onde histórias criam vida. Descubra agora