Capítulo 52

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Sugestão: Chandelier - Sia, está na multimédia. Boa leitura 

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POV Ashley

"Ashley, aquele negócio não é o que tu pensas. Inclui peri..." eu interrompo-o.

"Eu sei o que inclui" digo.

"Deixa-me falar" ele diz sério "Inclui perigo, morte, sangue, dor, vingança, crime, pessoas más, rispidez, rancor, e tudo o de mau que se possa imaginar. Tem mais coisas ruins do que boas, onde se aprende a ser maduro e ficar sempre com um peso na consciência todos os dias que chegas a casa á noite e queres dormir, mas sempre que fechas os olhos revives o momento e parece que te vai atormentar para o fim dos teus dias, e realmente vai. Lá, aprendesse a ser frio e por mais dor que sintas dentro de ti vais aprender a disfarçar. Aquilo não é ambiente nem clima para ti, e eu nunca me perdoaria por te ter deixado entrado em algo como aquilo" ele diz sério e preocupado.

"Eu já disse que sei o que isso inclui. Dá-me uma oportunidade, uma oportunidade de viver uma fase da minha vida com adrenalina, eu quero sentir o que tu sentes, sentir-me mais perto de ti. Eu quero viver no teu mundo, Harry" digo, implorando.

"Eu não vou conseguir estar sempre a proteger-te, Ashley" ele diz "Por mais que eu queria, eu não vou conseguir. Eu amo-te demais para te ver sofrer" 

Nós encostámos as nossas testas e ficámos a olhar um para o outro.

"Por favor" sussurro e ele beija-me. Envolvemos-nos num beijo cheio de amor, e saudade.

Aos poucos vamos-nos deitando e as nossas mãos exploravam o corpo um do outro. Tiramos a roupa um do outro e partilhámos o prazer e o amor que tínhamos para dar um ao outro.

(...)

"Onde vais?" pergunto.

"Vou ter com eles" ele estava a sair da cama, todo nu e estava a ir em direcção á roupa dele que se encontrava no chão.

Olho para o relógio e vejo que são 5.43 da manhã.

"A esta hora?" pergunto.

"Eles ligaram-me agora. É uma emergência, eu queria ficar contigo, amor, mas tem que ser" ele baixa-se e dá-me um beijo rápido. Ele veste a camisola e veste o resto.

Eu levanto-me da cama e começo também a vestir-me.

"O que estás a fazer?" o Harry pergunta.

Visto umas jeans pretas e umas sapatilhas Air-max brancas e uma sweatt preta.

"Vou contigo" digo decidida.

"Ashl..." interrompo-o.

"Shhh " digo metendo o meu dedo na sua boca, calando-o "Não vale a pena dizeres que não, porque nem que eu te tenha de seguir eu vou contigo" ele fica a olhar sério para mim "Uma oportunidade"

Ele pega no resto das coisas e abre a porta do quarto.

"Vamos" ele diz e eu saiu da casa de banho e sigo-o. Tentámos fazer o mínimo de barulho possível, por causa dos meus pais, e abrimos a porta da entrada.

Eu sentia que ele estava meio chateado e de vez enquanto, para o provocar, começava a rir-me da cara dele.

"Tem uma piada" ele diz quando eu vou atrás dele a fechar a porta do prédio.

A noite estava calma, nenhum carro passava e não se via viva-alma. Entrámos no carro dele e mais uma vez me riu quando olho para ele.

"Voltaste a rir e vais a pé" ele diz sério e pousa a carteira no separador dos bancos e mete as chaves na ignição.

Eu agarro-me a ele e começo a enchê-lo de beijos. Ele não se mexe e eu fico a olhar para ele.

"Já não estás chateado?" pergunto.

"Estou" ele diz e eu faço beicinho "A tua teimosia dá cabo de mim" faço cara de chateada e ele risse e dá-me um beijo.

Ele começa a conduzir e eu encosto a cabeça a janela, a ver o quão escuro estava lá.

Será que, realmente, estou a fazer certo, em entrar no negócio? Entrar naquele mundo cheia de ilegalidades? De mortes? De drogas?

Sinto a mão do Harry na minha perna e eu olho para ele e ele, rapidamente, olha para mim e sorri. Ele sabia que eu estava a ficar reticente em ir para o destino que neste momento estamos a ir.

O carro começa a parar e eu vejo que estamos no meio do nada, só se via árvores e estava um silêncio assustador. Saiu do carro e olho ao meu redor vendo o local. Eu nunca aqui estive, mas isto é uma espécie de floresta e zona desabitada.

Ao nosso lado estava uma casa gigante, mas discreta, nada de luxo. Um estilo de casa no campo e casa de floresta, era o tipo de casa que não dava muito nas vistas.

Harry dá a volta ao carro e dá-me a mão e ambos caminhámos para dentro da casa, que já tinha o portão aberto e entrámos, dirigimos-nos a uma porta grande e aparece um corredor e Harry entra na segunda porta, onde vejo mais ou menos 15 homens a mexer em computadores (pareciam profissionais), outro sentados em frente a uma mesa de reuniões, cheia de folhas de plantas de edifícios e outros estavam em pé ao telefone a caminhar de um lado para o outro. Apenas uma mulher estava lá dentro e estava em pé, á frente da mesa de reuniões a apontar para as folhas com as plantas e a explicar algo aqueles homens.

Alguns estavam todos vestidos de preto e tinha um cinto com armas.

Mal entrámos todos param e ficam a olhar para nós dois, mas principalmente, a atenção deles foca-se em mim e nas nossas mãos dadas.

"Conseguiram rastrear o telemóveis, GPS's ou computadores?" Harry pergunta mas ninguém responde.

"Eles ligaram á pouco" um deles, que era o único que não estava a olhar para nós e sim focado no computador, responde a Harry.

"E o que é que disseram?" o Harry pergunta apreensivo.

A rapariga carrega num botão de um gravador e começamos a ouvir um voz distorcida. 

"Estão aí todos?" a voz começa por perguntar "Sim" algum deles deve ter respondido, na altura "Então ouçam-me com atenção e se me interromperem desligo e o vosso amiguinho vai á vida. O Niall e o camião estão comigo, e não se preocupem, estou a tratar muito bem de ambos" a voz risse "Sabesse lá como... Só vos entregarei o camião de volta se o Liam ou o Harry vierem aqui ter e nada de armações. Mas dar-vos-ei o camião e o Niall se vierem o Liam e o Harry e um camião com 300 quilos de droga aqui ter. Daqui a meia hora ligo-vos e quero saber o que decidirem. Até já" ele dá um riso maléfico e desliga.

Olho para Harry e ele não demonstrava nenhuma emoção. Eu estava completamente aterrorizada, o Harry não podia ir.

"Quanto tempo nos resta para ele ligar?" o Harry pergunta. Um deles olha para o relógio.

"7 minutos, neste momento" ele diz.

"E o que decidiram?" pergunta.

"Isso perguntámos-te a ti e ao Liam" a rapariga diz, séria. Ela tinha um olhar assustador "O camião está disponível"

"Ela é de confiança?" uma voz desconhecida soa no meio de todos.

"É. A Ashley vai estar connosco durante uns tempos. Quero que todos a protejam e tenham cuidado com ela. Nada de estupidezes." o Harry diz sério a olhar para todos, e eles estavam com a máxima atenção no que ele dizia.

"Está bem" todos dizem.

O Harry começa a dizer-me o nome de cada um e eu tento ao máximo decorar os seus nomes. A rapariga chama-se Joana, acho que foi o único nome que tenho a certeza que decorei.

"Nós temos uma ideia mais ou menos planeada" um dos homens que estava a volta da mesa diz, acho que se chamava Hayes, ou algo assim.

"Sim, nós estamos a pensar fazer com que fôss..." a Joana diz e começa a virar a folha com as plantas na direcção de Harry.

O Harry aproxima-se da mesa e puxa-me com ele. 





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