Capítulo 33

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Sugestão: One Day - Kodaline, está na multimédia. Boa leitura

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POV Ashley

Olho á minha volta, procurando o alvo daquele tiro e Nash estava no chão. O choque comeca a circular dentro de mim.

Fuck, com tanta gente aqui dentro tinha de ser logo ele.

"Nash" grito e aproveito para mandar com a garrafa na cabeça do empregado de Scan, que olhava para Nash deitado no chão.

Este cai e eu corro em direcção a Nash mas eu tinha-me esquecido que apesar de ter batido nas partes baixas de Scan, este continuava vivo.

"Mais devagar, pequena. Eu ainda não morri" ouço Scan atrás de mim, com um arma contra a minha cabeça e agarrar-me pelo pescoço. "Pensavas que ia ser assim tão fácil. É incrível como depois deste tempo juntos tu ainda não percebeste que nunca vais sair daqui e permanecer aqui comigo para sempre, felizes " ele diz.

"Eu tenho nojo de ti" cuspo.

"Nada disso, é apenas amor" ele diz a sorrir. Ele vira-me para ele, agarra-me no cabelo e beija-me a força, mas agora com a arma encostada á minha barriga.

Eu não correspondo e tento sempre afastá-lo. Não, uma arma já não me assustava. Depois deste tempo, o que eu mais utilizei foi armas. Sei que Scan é perigoso e é bem capaz de me matar em segundos, mas o medo já não existe em mim á muito tempo.

Finalmente consigo empurrá-lo e fico a olhar para ele com cara de nojo. Mas vejo algo a mexer atrás dele e noto que era Cameron a entrar sem fazer barulho para ele notar e meto o dedo nos lábios dizendo para me calar.

"Os teus amiguinhos foram todos, agora vá vamos voltar para o quarto, para me dares mais uma daquelas noites." ele diz e Cameron pegava num copo que estava em cima da mesa e manda-o para a cabeça de Scan e eu logo me desvio vendo-o cair com dores. Pego na sua arma e aponto-a á sua cabeça.

"Que disse que eu ia ficar contigo aqui para sempre? Hum?" pergunto, a sorrir.

"Ora dispara. Ashley, entende, acabou. O Harry não quer saber de ti porque senão tinha sido ele a vir-te procurar. Ele morreu, os meus capangas tratam dele e certificaram-se que o trabalho estava concluído." O quê? É impossível. O Harry não morreu porque ele é mais forte do que todos pensam, afinal ele é o Harry Styles. Ele é o meu homem.

Larga escorriam pela minha cara como já não faziam á muito tempo. Aquele estupor não o matou. Não matou.

"Eu próprio vi com os meus olhos. Eu nunca te quis contar porque ias ficar furiosa comigo, mas ele só andava a fazer espaço neste mundo. Tu não sabes as coisas que ele fez quando veio para Los Angeles. Ele não é nenhum menino da ma.." fecho os olhos e aperto o gatilho.

Eu já não conseguia mais ouvir aquilo, ele estava a acabar comigo. Ele não tinha aquele direito, o Harry era a pessoa mais importante da minha vida.

Deixo cair a arma e caiu para trás e começo a chorar como uma desperada.

Eu quero-o de volta.

Sinto alguém pegar-me e levar-me embora. Não reajo, apenas vou, não sei para onde, mas espero que seja para a urna.

Sinto pousarem-me em alguma superfície confortável e eu permaneco de olhos fechados apenas a desejar que a morte me venha buscar. Começo a adormecer.

(...)

Acordo com a luz a bater-me na cara. Uma dor de cabeça atormentava-me e tudo o que se tinha passado á pouco tempo voltou á minha cabeça.

O Harry estava morto.

Olho á minha volta e finalmente vejo que já não estava naquele galpão nojento ou num quarto dos bares com um velho nojento do meu lado.

Era uma cama de casal com lençóis azuis claro. O quarto tinha móveis castanhos e as paredes eram claras, este clima acalmava-me.

Levanto-me com algum esforço e vou em direcção á porta, á procura de viva alma. A minha vontade era nula, mas eu era incapaz de continuar a descansar numa casa sem saber quem era o dono.

Caminho pelo corredor e começo a ouvir o choro de um bebé vindo da porta que estava ao meu lado. Encaro a porta e penso o que estava ali a fazer um bebé naquela casa. Abro a porta devagar e encontro um quarto grande com paredes azuis, com vários brinquedos e na cama estava um bebé de mais ou menos 1 ano.

Ele quando me vê para de chorar e fica a olhar para mim e eu para ele.

"Olá" digo reticente.

"Oia"ele diz (imaginem que é com voz á bebé de 1 ano).

"Como te chamas?" pergunto.

"William"

"Ashley" estico a mão e ele logo retribui.

Começo a ouvir passos a aproximar-se da porta e quando me dirigo para a porta vejo aquela figura que tinha tantas saudades.

Ela fica em choque a olhar para mim e mete as mãos á frente da cara.

"Ashley?" ela sussurra e começa a caminhar na minha direcção e atira-se para cima de mim abraçando-me e eu caiu em cima da cama do pequeno.

Ouço a risada de William do nosso lado e atira-se para cima de nós. Todos nos rimos.

(...)

"Promete-me que ficas bem aqui a viver sozinha, Ashley. Eu não estou pronto para te deixar sozinha" Nash diz enquanto pousa a última caixa no chão.

"Eu prometo, amor. Mas agora anda ajudar-me a arrumar tudo isto" digo e beijo-o.

The Past |HARRY STYLES|Onde histórias criam vida. Descubra agora