Depois de ouvir a porta fechar, Ana saiu do estado de transe em que se encontrava e começou a ficar nervosa, afinal de contas, a garota não havia concordado ou discordado do plano, ou seja, Ana estava com a corda no pescoço.
Ao sair do quarto e descer as escadas, ouviu risadas vindo da cozinha, e seguiu até lá, para saber o que diabos estava acontecendo, e quando entrou no cômodo, viu uma farta mesa posta e Leonardo fazendo panquecas com Carol ao seu lado, sentada na bancada e Sabrina (n/a: Ou Rainbow Girl para os íntimíssimos) numa das cadeiras comendo um sanduíche e rindo de qualquer que fosse o assunto.
— Amiga, senta! Vamos tomar um café antes de ir pro colégio. – Disse Carol, sorridente.
— Carol? O que está acontecendo? – Sussurrou para a amiga, preocupada.
— Ela disse que é uma prima distante, e o Leo acreditou, menos um problema na nossa lista. – Sussurrou de volta para a amiga, que suspirava aliviada e se sentava na cadeira na frente de Sabrina.
A cozinha de Carol era lindíssima, pois o pai de Carol como o bom sangue italiano puxado do pai, adorava cozinhar, mesmo que apenas para a filha e a esposa. Toda a cozinha tinha equipamentos de vários tipos e utensílios que o pai usava nas folgas para cozinhar. Esse era seu mais famoso passatempo na casa dos Verbenna, que também abrigava o estúdio de fotografia de Carol e da mãe, Luciana, que adorava fotografar tanto quanto a filha.
Carol voltou para o balcão com Leonardo e depositou um beijo em sua bochecha, e foi sentar com a amiga e a "prima". Leo terminou as panquecas que estava preparando e colocou-as no prato de vidro no centro da mesa, e se sentou ao lado de Sabrina, de frente para Carol, que continuava com o sorriso abobado que carregava na presença do namorado. O café da manhã fora mais tranquilo do que Ana esperava, eles se serviram, e conversaram sobre diversos assuntos, até mesmo fizeram piadas, como se fossem amigos há anos. Terminado o café, as meninas prontamente levantaram e ajudaram o garoto a tirar a mesa do café. Ana precisava falar com Carol e Sabrina, então, pediu que Leonardo fosse esperar pelas garotas na sala enquanto elas iam pegar as bolsas no quarto de Carol.
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Quando entraram no quarto de Carol, logo Ana tratou de fechar a porta para que Leonardo não ouvisse o que elas iriam conversar.
— Então, e agora, o que fazemos? Foi tudo muito bem no café da manhã, mas ela não pode simplesmente ir para a San't Lucca, e você sabe disso Carolina.
— E se ela simplesmente fosse pra casa? Pra uma pessoa inteligente, acho que seu julgamento foi danificado quando você caiu alguns minutos atrás. – dissa Carol, dando uma piscada para Sabrina, que começou a rir.
— Bem... verdade. Então, nós nos despedimos aqui? – disse Anabella, um pouco triste afinal, a garota parecia ser muito interessante. E bonita.
— Na verdade, eu acho que deveríamos manter contato, vai que vocês precisam da minha ajuda algum dia, não? – e Sabrina abriu os braços para abraçar Carol, que acolheu a menina.
Depois de abraçar Carol, a garota se dirigiu a Ana, que a abraçou também. O perfume doce que vinha do cabelo da garota adentrou o cérebro de Ana como uma bala, perfurando tudo na frente dele, até mesmo desativando permanentemente alguns neurônios.
Antes de qualquer coisa, Carol do nada resolveu se trocar logo, pois as meninas estavam atrasadas. Ana olhou no relógio e eram 6:54, ou seja, teriam de ir voando para a escola.
Depois de trocarem seus telefones e se despedirem, as garotas desceram e Sabrina se despediu de Leonardo, que ficou confuso, mas resolveu não perguntar. Carol e Ana pegaram suas mochilas e dirigiram-se a porta. Leonardo abriu-a para as garotas passarem.— Bem, parece que esse ano vai ser bem agitado, e coloque uma enorme ênfase no bem agitado, afinal, acontecer uma coisa dessas no primeiro dia de aula? É bem possível que vejamos E.T.s depois dessa, e que o senhor Pãozinho nos proteja – disse Carol, passando o braço livre de Leonardo nos ombros da amiga e caminhando rumo ao primeiro dia de aula dos três.
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Por Um Fio
RomanceAnabella sempre foi a estudante nota 10 da sala, comportada, quieta e tímida, era a queridinha dos professores, claro. Mas isso sempre tem que mudar, não é mesmo? Ao entrar no terceiro ano do Ensino Médio, ela se vê cercada de segredos que podem mud...