Capítulo 59...

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Capítulo 59...


São sete horas da manhã e me arrumo tomando coragem para descer.

-Amiga faz mais de meia hora que você disse que iria colocar as meias. Tentando adiar o inevitável, não vai adiantar nada. O melhor é encarar tudo.

Faço cara de exausta e calço as botas. Levanto-me e ajeito minha saia azul, e a blusa que é quase no mesmo tom. Minha postura me faz pensar que estou indo á guerra, de certo modo estou.

-Eu conseguir dormir por um milagre, mas sinto uma exaustão já de início.

Sento ao lado dela da penteadeira e arrumo meus cabelos. Estou ansiosa, medrosa e ao mesmo tempo confiante.

-Você se maquiando? Uhhh, quem diria- empurro-a de leve e rimos. Raramente me maquio, mas hoje... hoje é especial.

-Só quero parecer confiante... e estou.

-E está senhora confiança, você é forte amiga. Bota esse homem no lugar

-Você tem razão. Ele vai ter que dançar muito, para conseguir ter uma desculpa

-É isso ai, nada de colher com café

-Nooosa sua burra quadrada, é colher de chá. Ahh dona Luenny, obrigada pelos murros na madrugada, adoreii. Ainda diz que me ama.

Ela se faz de ofendida, mas eu não caio nessa.

-Desculpa sua égua prenha, não tenho controle sobre o meu corpo enquanto durmo.

-O que? Vaca pastadeira... Eu estou gostosa e pronta. Vamos?

-Avante...

Desço as escadas com o coração na mão. Lue, segura minha mão e tenta ao máximo, me passar confiança. Confiante, mas faz tempo que não o vejo. Borboletas e mais borboletas, dançam em minha barriga.

Escuto Fred, e a voz rouca de Will. Quando eles notam que estamos chegando ficam em silêncio.

Olho para William, meu coração só falta saltar pela boca. Mesmo estando meio desleixado com a aparência, ainda continua o homem irresistível que é. As roupas são diferentes, mesmo assim sempre escuras. A postura dele muda.

A mesa está servida, me sento ao lado de Lue, Fred e ele estão no mesmo lado, o silêncio chega a doer.

-Bom Dia- Fred toma coragem e quebra o silêncio. Lue se debruça e toma Fred em um beijo super estalado.

Ela está tentando quebrar o gelo assim?

Não consigo olhar nos olhos dele, sei que ele me olha. Fica acompanhando cada gesto meu com o olhar sério. Olho em sua direção, e ele levanta uma sobrancelha e um sorriso de leve brota do lado.

Respira e inspira. De novo Lucy. Deus me segure para que nenhuma xícara voe de minha mão. Quero saber, como foi que ele entrou em minha casa e em meu quarto.

-Você arrumou um emprego... Lucy- finalmente sai algo da boca dele. Isso não é uma pergunta, e sim uma confirmação com uma leve pontada de acusação.

Fred e Lue se entreolham. Lue coça a garganta, e engole umas torradas de uma vez, me concerto na cadeira e largo meu café.

-Sim... de professora de dança.

-Eu sei...

Á sério? Não duvidei, óbvio que ele sabe. Idiota. Acha mesmo que vai consegui me atingir? Não mesmo.

Um Mafioso em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora