A Maldição Dos Cacadores De Sombras

RAINHA SEELIE

"A alguns anos atrás, estava acontecendo uma guerra. Sebastian Verlac, filho de Valentim Morgenstern, queria criar uma nova raça de Caçadores de Sombras, porém com sangue de demônio, que eram conhecidos como Crepusculares. Ele criou uma réplica do Cálice Mortal, o Cálice Infernal que era do mesmo material que uma lâmina de serafim. Ele tinha feito uma Marca em Jace Herondale fazendo com que ele acreditasse em tudo que ele acreditava, e ela os ligou de alguma forma. Ele fez vários Caçadores de Sombras beberem no Cálice, mas ele queria sua irmã e seu "irmão" ao seu lado.
Sabendo que ele tinha grandes chances de ganhar a guerra, a Rainha Seelie se aliou a ele, traindo a Clave. As fadas não gostavam das leis, de Caçadores de Sombras e muito menos dos outros Seres do Submundo.
Sebastian e a Rainha Seelie tiveram um caso e tinham tudo para saírem vitorioso. Ela não queria ser apenas sua aliada, ela queria reinar com ele nesse novo mundo que ele tanto planejava."
***
- durante a guerra dos Crepusculares -

Eu estava tomando um banho de leite na minha banheira, tentei relaxar mas estava difícil, eu estava muito preocupada com Sebastian, ele disse que iria chegar ontem, mas até agora não tive notícias dele. Impaciente, sai da banheira e vesti meu roupão de seda e fui para meu quarto e lá estava ele, deitado na minha cama sem camisa e me olhando com aqueles olhos escuros. Ele era muito atraente, musculoso com cabelos negros e um olhar penetrante. Fui até a cama e me sentei ao seu lado, deslizei meus dedos por seu abdômen, dei um sorriso ao encontrar o olhar dele e me curvei para beijar sua barriga, fui subindo pelo seu peitoral e depois fiz uma trilha de beijos até a boca. Ele me puxou pra cima dele e como eu estava apenas de roupão, não demorou muito para estarmos sem nada. Beijei ele e senti paixão, parceria, atração, tesão, adrenalina e me fiz questões de esquecer dos problemas.

No dia seguinte ele havia ido para o Inferno com seu exército de Crepusculares pelo túnel no meu reino, ele estava obcecado por seus irmãos, mesmo que Jace não fosse seu irmão de sangue, ele o queria. Eu estava no meu quarto e Meliorn veio falar comigo e não demorou muito para notarmos nossas companhias, então aquelas crianças Niphilim e um vampiro entraram. Jace me derrubou e segurou uma lâmina na minha garganta, eles queriam saber sobre os representantes dos Seres do Submundo no Conselho, o feiticeiro Magnus Bane, o vampiro Raphael, o licantrope Luke e sua noiva Jocelyn que representava os Caçadores de Sombras, que haviam sido sequestrados por mim e Sebastian. Meliorn os convidou para um jantar aqui na Corte Seelie e eles vieram, é claro, então eles beberam um sonífero e eu os mandei para o Inferno. Foi uma ideia muito boa. Antes de eu perceber, Alec Lightwood matou Meliorn e Clary Morgenstern fez uma runa que fechou quase todas as passagens, deixaram aberta apenas uma na qual Meliorn tinha entrado a alguns minutos atrás. Eu os levei para a passagem que levava ao Inferno então Jace me fez prometer que não diria e não deixaria ninguém dizer a Sebastian que eles estiveram na Corte, eu prometi e fui embora. Então entrei em contato com meu amado e falei para ele que eles descobriram onde ele estava e ele pareceu feliz por isso.

"Eu prometi não contar que eles estiveram na Corte e eu não contei, mas não disseram nada sobre dizer que eles o encontraram, então não me julguem."

Alguns dias depois fiz o que havíamos combinado, mandei meus guerreiros e Crepusculares atacarem a Clave. Estavamos em grande vantagem, vários Caçadores de Sombras estavam mortos e fiquei sabendo que a Caçada Selvagem estava lá. Eu estava feliz por isso, mas depois o jogo virou.

Todos os Crepusculares caírem no chão, mortos, as fadas recuaram e um tempo depois descobri que Sebastian estava morto e que sua irmã havia o matado.

"Aquela vadia vai se arrepender do que fez", pensei. Eu sabia que não ia demorar para a Clave se lembrar de minha traição, eu precisava fazer alguma coisa. Eu estava com muita raiva, então peguei uma bolsa com dinheiro mundano e algumas roupas sai da Corte passando por vários túneis e várias passagens até chegar em lugar onde não teria que me preocupar com aqueles desgraçados, eu não seria reconhecida, eu poderia me misturar e planejar uma vingança contra os Caçadores de Sombras, contra Clarissa.

Sai do meu esconderijo e senti o vento quente da cidade bater no meu rosto, senti o cheiro de poluição. Eu odiava os mundanos por isso. Olhei para frente e vi um lago iluminado pela luz da cidade, o que me deixou melhor, eu estava em um parque. Olhei para trás e vi a cidade, carros e mais carros, centenas de prédios e algumas pessoas. O céu estava escuro, sem lua e muito menos estrelas. Respirei fundo e andei até os prédios em busca de algum lugar para ficar, enquanto andava, ouvi vários assobios ou homens dizendo: "que delícia em", alguns chegavam em mim e perguntava: "quanto você cobra?" e eu apenas desviava e continuava andando. Eu precisava parecer uma deles, mesmo não precisando de muito, eles não me viam como eu realmente era, para eles eu era apenas uma mundana comum.

Depois de 30 minutos andando parei na frente de uma casa, ela tinha um muro alto, beje claro com detalhes brancos e o portão era branco. Apertei o botão de uma caixinha que estava na parede do lado do portão e nada aconteceu, não sabia exatamente o que fazer, mas fiquei esperando até que uma voz saiu da caixa:

- Quem é? - um homem perguntou.

- Sua Rainha. - respondi sorrindo.

Então a porta fez um barulho e abriu. Entrei e vi uma casa branca de dois andares, no primeiro andar tinha uma porta de madeira e uma janela de vidro do lado tinha um espaço para um carro. Um homem de de terno preto abriu a porta e sorriu pra mim, ele tinha olhos e cabelos negros, ele tinha a aparência de um homem de 30 anos e era muito atraente.

- O que te traz ao mundo mundano, minha querida?

- Podemos falar sobre isso mais tarde? Estou muito cansada agora, Lokesh.

- Claro! Me desculpe, vamos entrar?

- Vamos.

Ele me levou até um quarto de hóspedes e disse que me deixaria a vontade e me disse que tem toalhas no banheiro caso eu quisesse tomar algum banho antes de jantar. Ele era um feiticeiro, e mesmo odiando os filhos de Lilith, dele eu gostava . O quarto era grande, tinha uma cama de casal, um sofá, uma mesa e um armário embutido. Fui até a varanda que levava ao fundo da casa e vi um lago, porém era diferente, era um azul claro e retangular. Fiquei parada por alguns minutos respirando o ar pesado de São Paulo.