20 -Meu pai nunca aceitaria

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Não me deu ouvidos e fez o caminho para casa sem dizer uma única palavra, liguei o rádio " Firestone - Kygo ", esta música diz muito de nós. Olho sempre em frente mas por vezes sinto o seu olhar cair em mim, estacionamos na porta de sua casa e assim que o carro para saio disparada, vou ter com ele mas sem me olhar agarra no meu braço e arrasta-me para dentro. Entramos no seu escritório e faz sinal para me sentar, eu obedeço porque vi os olhos raiados de sangue.

— Vamos ver se nos entendemos Mel. Estás a testar a minha paciência?

— Porquê? - cruzo os braços.

— Dormes comigo, no dia seguinte encontras-te com o teu novo amiguinho. Achas que sou palhaço?

— Neste momento acho que sim e quanto ao Jonathan, encontrei-o por acaso.

— O teu pai ligou-me para saber de ti e eu não tinha resposta, sou teu segurança.

— Então faz o teu trabalho sem te meteres na minha vida pessoal! - Acuso-o com raiva.

— Disse-lhe que estavas a dançar e que ligaria quando acabasse! Fiz figura de parvo, pela primeira vez.

Pego no telemóvel e vejo sete chamadas do meu pai, enviei uma mensagem a avisar que ligaria mais tarde.

— Eu só fui pensar, apanhar ar, queria estar sozinha! - suspiro - porque é que só nos entendemos no teu quarto? - deixo escapar sem pensar?

— Vamos tratar disso já ! - Mark pega-me ao colo e leva-me ao quarto.

— Para! O que estás fazer? - Estou a bater-lhe mas parece que não sente e ainda por cima ao passar na sala vejo Brian e Jo a verem o espetáculo.

— Já aqui estamos, podes falar! - Diz ao fechar a porta do quarto atrás de si.

— Eu não te quero para segurança, quero-te como namorado!

— Mel o teu pai paga-me para te proteger, não posso chegar ao pé dele e dizer que ando a comer a filha.

— É bom saber que pensas assim, lembra-te das tuas palavras quando me procurares para ter sexo.

— Tenho mais dez anos que tu, ele não vai aceitar e eu entendo-o, olha para nós. - Eu não acredito no que acabo de ouvir.

— Se esta conversa não vai a lado algum então vou embora.

— Vais ter com alguém?

— Tão ciumento o meu cão! -começo a tirar a tshirt e os calções e fico só de biquíni.

— Que estás a fazer? - abre um sorriso sexy.

— Aproveita essa tua raiva para sere produtivo. - vou até perto dele e começo a despi-lo.

Ele deixou que tirasse toda a sua roupa, agarrou em mim, encostou-me á porta, quando começou a despir-me já eu estava pronta para ele. Sento-me na cama e mandou deitar-me, beijou todo o meu corpo e parou nas minhas ancas. Abriu as minhas pernas e devorou-me, caramba tive de agarrar os lençóis, esta novidade é surpreendente e com ele tudo é mais intenso, senti-me a transbordar de desejo quando me proporcionou um orgasmo tão rápido, veio até perto do meu rosto e beijou-me com voracidade. Novamente segui ordens e desta vez fui com ele até só cadeirão que estava no canto do quarto, era um cadeirão sem braços e por isso Mark sentou-se e ordenou que me sentasse em cima dele lentamente, não foi fácil, era uma principiante e o meu corpo ainda não se tinha habituado ao seu tamanho tão grande

— Calma Mel, com o tempo vais habituar-te ao meu corpo!

— Parece que não, tu decidiste desistir de nós.

A dor foi passando e Mark agarrou as minhas ancas para me ajudar com os movimentos no entanto não estava muito confortável e ele percebeu, voltámos à cama, pedi para ser lento e gentil, hoje queria um pouco daquele Mark da minha primeira vez. Foi uma manhã maravilhosa! Estava a adormecer quando o meu telemóvel tocou insistentemente...

— Olá pai!

— Mel estou farto de ligar, tive de incomodar o Sr. Mark. - tive de conter o riso e Mark estava a fitar-me.

— O Sr Mark passou o recado, qual é a urgência, pai?

— Mel, este fim de semana é o jantar anual da empresa, a Tara vem com o novo namorado e tu vens?

— Sim, claro!

— Com ou sem companhia? - Sabia que o meu pai estava a testar-me.

— Não sei pai, ligo depois a confirmar se vou com alguém.

— Então falamos logo querida, beijos!

— Beijos pai. - desligo o telemóvel e enfrento o Mark.

— No próximo sábado é o jantar anual da empresa da minha família, vou sábado de manhã e volto domingo à noite, vens comigo?

— Se o teu pai precisar de mim, eu vou!

— Talvez acabe por ficar por lá e não volte, começa a procurar outras potenciais clientes! - Acho que ele não vai enfrentar o meu pai nunca e eu não quero passar a vida a esconder o que sinto.

Saio da cama e entro no chuveiro é o melhor sítio para chorar sem que me veja, não sei quando aconteceu mas estava apaixonada por um homem que nunca será meu, que é mais maduro e que não quer uma jovem de vinte anos a seu lado, é apenas sexo, perco-me em pensamentos e ganho um susto quanto sinto as mãos de Mark nas minhas costas.

— Acho melhor ficarmos por aqui, não sou paciente, não quero que faças nada contra a tua vontade mas preciso de alguém que queira estar do meu lado sem vergonha de mim! - saio do chuveiro sem olhar para trás.

Quinta e sexta-feira não o vi mas Brian continuava na minha cola, foi ele que nos levou ao aeroporto com a Jo, nunca me apaixonei e agora aqui estou em a gritar por dentro e o meu coração estava despedaçado, cabia a mim deixar de ser uma menina e começar a agir como uma mulher.

Dancando para ti...também (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora