Quando acordo estou coberta, olho em volta e percebo que estou no quarto do Ian. Ainda é de noite, a blusa dele ainda está no chão...
A coloco, ela fica na metade das minhas coxas, dobro as mangas e sigo o cheiro de comida. Quando chego a cozinha vejo uma mesa arrumada para duas pessoas, lá já tem suco e Ian está no fogão, com uma calça de pijama mas sem blusa...
-Já ia te chamar -ele diz se virando pra mim. Com um tabuleiro na mão, seus olhos percorrem o meu corpo e ele sorri perversamente pra mim.
-Nunca imaginei que a minha camisa ia ficar tão... -ele me olha -bem... Em alguém -rio e reviro meus olhos.
O sigo até a mesa. Me sento.
-Fiz risoto de camarão trufado, espero que goste -ele sorri.
-Amo camarão -uma pergunta me passa pela cabeça mas tenho medo da resposta.
-Quem te ensinou a cozinhar? -ele coloca o meu prato a minha frente mas ainda não responde.
Diana não, Diana não...
-Minha mãe.
ISSO!
-Você gosta? -pergunto fingindo indiferença.
-Sim, teve uma época que o meu pai esteve doente quando eu era criança, e eram muitas coisas para minha mãe, então eu era responsável pela comida e por manter meu quarto limpo -ele diz e se senta.
Aproveito a minha garfada para refletir sobre isso. Ele não teve sempre uma vida fácil...
-Está muito bom -digo porque esse é o melhor risoto que já comi.
Ele sorri. Muitas perguntas rodeiam a minha cabeça, mas não tenho coragem de fazer nenhuma. Até porque acho que ele não iria querer responder...
Enquanto ele tira a mesa eu coloco a louça suja no lava louças. Quando termino Ian não está mais na cozinha, sigo para a sala, ele está parado em frente a grande porta de correr que dá para o jardim iluminado. Parece perdido em pensamentos, ando até ele e o abraço encostando minha cabeça nas suas costas. Minhas mãos descansam no seu abdômen, ele envolve os braços nos meus.
-Tudo bem?
-Sim, só estava pensando que gosto de te ter aqui -ele se vira e sorri.
-O jardim é bonito -digo olhando pela janela. Tem flores e a vista da cidade é maravilhosa. Não deve ser tão bonito no outono, sem folhas e flores...
-Quer ir? -ele pergunta e me oferece a mão.
A pego, ele abre a porta e um vento fresco entra me fazendo respirar com mais facilidade, o ar é bem limpo aqui fora apesar de ainda estarmos na cidade, talvez seja porque aqui é alto...
-Estou sem roupa -chio ao lembrar que só estou com a camisa dele.
-Ninguém vai te ver daqui, eu não deixaria -ele sorri e começa a me guiar pelo jardim.
Apesar de estar escuro, as luzes acesas dão um tom mágico e aconchegante ao lugar. Alguns vagalumes voam, o que me surpreende já que não vejo vagalumes desde que era criança.
-Gosta de vagalumes? -Ian pergunta rindo.
-Sim, não via há muito tempo.
-Nas cidades não tem, mas é só se afastar um pouco que lá estão eles.
O celular do Ian toca, ele alcança-o no bolso do seu pijama. Ele lê o nome na tela e posso ver o dilema nos seus olhos.
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A Acompanhante -COMPLETO
Lãng mạn+18 -Não -eu sussurrei em uma tentativa inútil de fazer com que ele parasse de abrir o zíper do meu vestido. -Shh -ele sussurrou e mordeu o meu lóbulo seguindo uma trilha de beijos pelo meu pescoço, mandando arrepios pelo meu corpo... Merda, eu não...