Uma criança que carregava o mundo em suas costas

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{CAPÍTULO HOT}

Prendo a respiração enquanto ele puxa meus jeans e calcinha até os pés e sobe plantando um beijo suave na minha coxa. Ele sobe arrastando as mãos suavemente pelo meu corpo, ah...

Ele me puxa devagar para perto dele, sinto sua ereção, desço minha mão e o acaricio por cima da calça, suas pupilas dilatam de desejo. Suas mãos alcançam a bainha da minha blusa a puxando pela minha cabeça, mordo o lábio com os beijos molhados que ele deixa no meu pescoço e mandíbula, nossas bocas se encontram em um beijo ardente.

Ele me levanta e enrolo minhas pernas na cintura dele, me encostando na parede ainda envolta na sua cintura ele se pressiona contra mim e arfa no meu pescoço, aperto seus músculos do braço, o puxando para mais perto. Ian me olha e dessa vez não é só desejo espelhado em seus olhos, fecho meus olhos não querendo pensar em que emoção é essa...

Do bolso da frente do pijama ele tira uma camisinha, sorrio, sempre preparado...

Desenrolo minhas pernas dele, sem cerimônia ele tira as calças e a cueca, desenrola o preservativo sobre si mesmo, volto a enrolar minhas pernas na sua cintura, ele me beija de leve apenas pressionando os lábios contra os meus, mas logo o beijo se transforma, assim que isso acontece ele desliza para dentro de mim, enterro minha cabeça no seu pescoço alarmada pela quantidade de sentimentos que me invadem ao mesmo tempo.

Ele se retira e empurra contra mim novamente, arqueio minhas costas, sinto seu sorriso nos meus lábios, nos beijamos e nos mexemos em sintonia... Minutos depois gemo em seu ouvido:

-Ian.

Mordo o lábio com força, meus dedos do pé se contraem ao máximo, minhas mãos apertam mais em volta do cabelo de Ian. Com mais um movimento eu chego a um delirante orgasmo, ele encontra a sua libertação, e morde de leve o meu pescoço enquanto recupera a respiração, abro os olhos, ele nos leva para o divã mas ainda sem sair de mim.

Em um movimento extremamente doce, Ian coloca as mãos dos lados do meu rosto, aproxima bem os lábios dos meus, e quando penso que ele vai me beijar ele diz:

-Você é a mulher mais linda que já vi -ele diz, me espanto com a sinceridade na sua voz.

Antes que eu possa contra-argumentar, ou estragar o momento ele diz:

-E o melhor, é minha -ele sorri e vejo aquela mesma emoção de antes preencher sua expressão...

O beijo, ele me deita no divã, sai de mim, uma sensação estranha de vazio me preenche, mas a ignoro.

Minha vida mudou muito, de noites sozinha dormindo entediada e cansada, para isso... Boa mudança sem dúvida.

-Está sorrindo -Ian diz e só então percebo que estou sorrindo como uma boba para o teto.

-Estou -assumo e é quase deprimente pensar em quanto tempo não o fazia tão genuinamente sem nem mesmo notar.

-Pensando em mim espero -ele arqueia uma sobrancelha e falha em tentar fazer uma expressão desconfiada, rio.

-Sempre -respondo sinceramente.

A quantidade de vezes que penso nele é absurda...

-Estou com fome -ele diz.

-Mas comemos faz pouco tempo -rio.

-Você que pensa, já são... -ele olha para o relógio -uma da manhã.

-Faz um tempo -considero -posso fazer sanduíches? -sugiro.

Ele concorda com a cabeça animadamente, sorrio, ele se vira de lado e eu saio debaixo dele.

-Vai cozinhar assim? -ele chia quando percebe que me dirijo a cozinha nua.

-Esqueci -rio -espero que não se importe de pegar uma camisa.

-Elas ficam melhores em você do que em mim -ele dá um sorriso perverso, reviro os olhos e sigo para o quarto dele.

Abro o guarda roupa e só tem ternos e blusas sociais, abro uma gaveta e lá tem blusas normais, pego uma cinza e a visto, ela fica na mesma altura da outra, prendo meu cabelo em um coque despenteado e volto para a sala, Ian ainda está na mesma posição que o deixei. Aprecio seu corpo e ele faz o mesmo, me olhando como se não me visse faz tempos.

-Hora dos sanduíches! -anuncio.

Depois de fazer dois sanduíches com baguetes, alface, queijo de búfala e salame, o chamo. Pelo ele menos vestiu as calças de pijamas, assim a minha distração é menor e posso comer sem passar vergonha derrubando algo por estar
secando-o.

-Está muito bom -ele diz e percebo que já está na metade do
sanduíche, rio.

Terminamos e dessa vez é ele quem coloca os pratos na lava louças, o espero apoiada no balcão. Quando termina nós seguimos para o quarto, ele se deita virado de barriga pra cima e eu virada de frente pra ele.

Resolvo ser corajosa e perguntar algo sobre ele, sua vida...

-Como foi sua infância? -pergunto, ele me olha e depois de uns segundos entende que só estou sendo curiosa.

-Foi boa, meus pais sempre foram muito rígidos mas ainda assim bons pais, sempre fomos uma família unida. Minha irmã é mais velha que eu dois anos -DOIS ANOS? Impossível, achei que ela era mais nova que ele...

-Logo, como todo irmão mais novo tive que conviver com as "maldades" dela -ele ri.

-E a sua? -ele se vira pra mim e parece aliviado, come-se soltasse algo que quisesse perguntar há muito tempo.

-Minha infância até os seis anos foi ótima, mas nesse mesmo ano meu pai morreu -vejo crescer nos seus olhos compaixão, olho para longe.

-Minha mãe me criou, eu e minha prima Amanda éramos quase como irmãs, já que o meu tio entrou na vida do álcool e das drogas depois que a minha tia morreu, ela e o meu pai morrerem juntos, em um acidente de carro -explico.

-Então Amanda passava quase todo o tempo conosco e é por isso que mora comigo. O pai dela faleceu há seis anos, e um tempo depois ela veio morar comigo. Não foi sempre fácil, na verdade nunca foi fácil, tinha que fazer tudo em casa já que a minha mãe trabalhava mais do que qualquer ser humano já trabalhou, não foi bem o que eu esperava, mas me ajudou a ser forte -explico. O olho, já que não o olhei durante toda a história, viro meu rosto para encontrar olhos azuis com mais daquela emoção, diferente...

Ian me puxa para perto e me abraça, beijando o meu cabelo, sei que esse abraço não é de pena, e sim de consolo pela menina que tão jovem teve que perder o pai e agir como adulta.

A Acompanhante -COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora