Planos bem executados

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Fico olhando para a menininha a minha frente sem realmente saber o que dizer, meu cérebro parou de funcionar. Antes que eu possa dizer algo Ian se antecipa.

-Está na hora da soneca -ele diz em um tom calmo para a menina.

-Tchau Melanie -ela abraça minhas pernas e eu afago gentilmente sua cabeça, ainda mortificada.

Ela segue de volta para a área do cochilo e se aconchega lá. Ian segura a minha mão e me guia para fora da sala, eu fico olhando pro chão ainda pensando que se eu tenho que dizer algo... O que seria?

Quando percebo sob os meus pés não é mais azulejo e sim grama. Ian se coloca à minha frente e gentilmente segura o meu queixo para eu olhá-lo. Vejo incerteza em seus olhos, talvez ele também não saiba o que dizer...

-Tudo bem? -ele pergunta e vejo seus olhos ansiosos olhando para os meus.

-Sim, só não esperava por aquilo -aceno com a cabeça na direção de onde viemos.

-Crianças são imprevisíveis, falando do imprevisível eu queria te levar para dar uma volta pelo jardim, mas parece que vai chover -ele muda de assunto.

Faço como ele e olho para o céu. As nuvens estão cinzas e carregadas. Sinto um pingo no meu rosto.

-Já está chovendo -digo.

-Melhor irmos, fica para outro dia -ele segura a minha mão e me guia de volta para o carro.

Assim que Ian arranca com o carro para longe da clínica a chuva piora consideravelmente.

Estranho para um dia de primavera... As pessoas na rua se cobrem e correm buscando abrigo para a chuva, depois de uns minutos a chuva piora tanto que não consigo ouvir a música do rádio.

Olho para Ian, ele está com as sobrancelhas franzidas, claramente pensando sobre algo, talvez também esteja confuso com a chuva em plena primavera... Ou com o casamento.

Não haverá casamento. Meu coração pesa com o pensamento, bom, pelo menos não em muito tempo. Ele ainda nem disse que me ama, e eu o amo? Sim. O suficiente para me casar? Não sei, ou talvez saiba, só não esteja preparada para a resposta...

-Merda -Ian sibila por entre dentes me acordando dos meus pensamentos sobre amor.

-O que foi? -pergunto.

-Entrei em uma rua errada, e esta merda está cheia de lama -ele diz claramente frustrado -não têm sinal -ele diz quase esmagando o celular em suas mãos.

-Se quiser podemos encostar o carro e esperar a chuva passar -sugiro.

Espero que essa seja apenas uma pancada de chuva e que não demore muito a passar...

-É melhor -ele responde e parece menos irritado.

Ele encosta o carro, o olho para avaliar seu nível de raiva, ele parece bem melhor... Bom. Olho pela janela mas a chuva batendo no vidro em cascatas não dá pistas de onde estamos. Parece um lugar vazio, a única casa a vista está muito longe.

-Está com frio? -Ian pergunta e alisa minha coxa mandando arrepios pelo meu corpo.

-Um pouco -respondo.

Ele aumenta o aquecimento. De repente um sorriso cruza seus lábios... O que ele está pensando?

-Você sabe, calor humano funciona bem mais do que um aquecedor -ele levanta uma sobrancelha e um sorriso malicioso se alastra pela sua boca.

Ele abre os braços pra mim, tiro meu cinto, passo com cuidado pelo freio de mão e sento no colo dele, posiciono minha cabeça na curva do seu pescoço, ele envolve os braços em volta de mim. Acaricio seu pescoço com a ponta dos dedos.

-Melhor? -ele pergunta.

-Sim -levanto minha cabeça.

Seus olhos azuis me olham com ternura. O beijo suavemente, ele faz o mesmo, porém não me contendo o beijo, sua língua invade a minha boca transformando nosso beijo terno em algo mais sensual.

Coloco minhas pernas cada uma de um lado do seu corpo. Suas mãos descem até a minha bunda me pressionando contra ele. Gemo contra seus lábios, minhas mãos descem até seu paletó, o tiro e o jogo no banco de trás, afrouxo sua gravata e ela se junta ao paletó no banco de trás.

Ian me olha com desejo claro em seus belos olhos, ele puxa minha camisa para fora da calça e a desabotoa lentamente, a cada botão eu fico mais ofegante, ele empurra a minha camisa dos meus ombros e ela cai no colo do Ian.

-Se segura -Ian diz.

Sem entender o faço... Me seguro em seus ombros, ele chega o banco para trás e o reclina, fazendo com que ele fiquei praticamente na horizontal.

Ele segura na minha cintura e troca nossas posições, suas mãos vão para o bolso da calça, mas pela sua cara e sua mão vazia percebo que lá não tem preservativos.

-Estou sem preservativos, não achava que íamos fazer isso antes de voltar para casa, sempre me surpreendendo. Plano B.

Plano B?

Ian abre o cós da minha calça, me apoio nos meus cotovelos para olhá-lo, ele as tira e as joga no banco de trás, tira a minha calcinha. Volto a me deitar em antecipação... Dois dedos deslizam para dentro de mim, enquanto ele circula seus dedos ele beija minha barriga, me contorço. Volto a me apoiar nos meus cotovelos a tempo de ver ele descer e me puxar para a borda do banco.

Inesperadamente ele me acaricia com a língua, a circulando fazendo o mesmo movimento que seus dedos.

-Ah...

Volto a me deitar, sua língua continua a carícia e seus dedos mudam o ritmo, acelerando, arfo. Ele retira seus dedos e sua língua os substituem indo lentamente dentro e fora de mim.

O olho, puta que pariu! Seu cabelo negro está bagunçado e seu rosto enterrado entre as minhas pernas. Envolvo minhas mãos apertando seu cabelo, ele geme contra mim, seus olhos azuis encontram os meus, um tremor de prazer passa pelo meu corpo

-Ian -digo para ele perceber que não acho que aguento muito mais...

Sinto tudo em mim se apertar, meus dedos do pé estão contraídos ao máximo, uma camada fina de suor está no meu peito e barriga, com um último movimento de sua língua eu perco meus sentidos completamente. Caindo contra o banco.

Tento recuperar minha respiração, mas o ar parece não ser suficiente. Wow... Ian me beija e sinto o gosto do meu prazer em sua boca. Abro os olhos e o olho.

-Gostei do plano B -sorrio.

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Não tenho publicado ultimamente, mas ainda hoje sai outro capítulo. Espero que estejam gostando...

Obrigada por lerem ❤️❤️

A Acompanhante -COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora