_ EU NÃO ACREDITO!!Rebeca gritava furiosa com Sam enquanto andava para um lado pro outro na sala.
_ Porque fez isso, Sam?? Ela era minha, não tinha nada que soltá-la!!
_ Não tem o direito de prender ninguém!
_ Isso não é problema seu!
_ Dá pra pararem de brigar?? - interrompeu Tod - discutir não vai trazê-la de volta.
Rebeca olhou para Sam bufando. Correu até ele e o empurrou contra a parede enforcando-o.
_ Ei calma ai Rebeca! - Tod correu até ela e segurou seu braço - Não faça nada que possa se arrepender depois.
_ Esse é o caso - rosnou ela - não vou me arrepender.
Ela olhava-o com olhos famintos. Seus olhos estavam vermelhos e por cima de seus lábios furiosos um pouco saltitado dava para perceber sua presa armada.
Ela apertou a mão e Sam começou a ficar sem ar.
_ Rebeca!! - interveio Tod tirando-a.
Ela suspirou e soltou o garoto que estava ficando vermelho. Ele havia tirado ela do sério, literalmente.
Ela saiu da casa batendo a porta com tudo, o chão estremeceu.
_ Porque soltou Sofi? - perguntou Tod.
_ Me deixe em paz! - Sam saiu furioso da sala enquanto passava a mão no pescoço.
~☆~
Depois de muito tempo, Rebeca não deu notícias e nem voltou para a chácara. Os meninos caçavam e matavam os vampiros que achavam. Tentavam juntar pistas sobre Filipe para matá-lo, mas cada vez que se aproximava, ele escapava.
_ Nunca vamos conseguir. - disse Tod sentando numa pedra em meio do arbusto.
_ Claro que vamos. - Sam deitou sua flecha no chão e se deitou no mesmo para descansar. A noite estava ótimo, logo, logo iria amanhecer.
_ Sam, em todo lugar que vamos, encontramos muitas pessoas mortas, ele mata mais humanos do que nós de vampiros. Não sei se vamos conseguir.
_ Vamos sim.
Sam suspirou. Ele sabia, com Rebeca do lado era mais fácil.
_ Por que você não gosta da Rebeca? - perguntou Tod como se estivesse lendo os pensamentos do amigo.
_ É o nosso trabalho, não gostamos de vampiros.
_ Ela me contou de como te conheceu.
_ Não quero falar sobre isso.
Sam se levantou, pegou seu arco e andou alguns sentímetros para longe.
_ Vai ser bom conversar com alguém sobre as coisas.
_ Olha, - começou Sam - isso faz muito tempo. - ele deu de ombros - Quando a conheci ela era uma mulher simples e feliz. Ela sempre frequentava o mesmo bar que eu, mas nunca me tonou. - Ele chutou uma pedra no chão - quando tive coragem de falar com ela, fomos num beco escuro e ela me mordeu.
_ O que você sentiu quando foi mordido?
_ Prazer. Sua saliva era doce e me anestesiou. Mas tive forças para me soltar dela. Ela não sabia, mas eu gostava dela, mas depois desse dia decidi não me aproximar dela.
_ Então por que pediu para que ela ficasse para nos ajudar?
_ Sabia que sozinhos não iriamos conseguir e que precisávamos de ajuda, quando ela acordou no nosso quarto, meu intuito era matá-la. Mas quando ela me olhou e não me reconheceu, seria uma boa ideia para pedir ajuda.
Algo se mexeu na mata, a escuridão não ajudava os meninos a ver. Ambos armaram suas flechas e apontaram para a direção onde o som vinha.
_ Sou eu.
Uma voz feminina saiu de trás das árvores. Era Rebeca.
_ O que faz aqui? - indagou Sam baixando a flecha.
_ Eu... ouvi o que você disse pro Tod. Você gostava mesmo de mim?
_ Rebeca, vá em bora. - disse como resposta.
_ Me responda, Sam.
_ O que você quer? - Sam parecia incomodado - vá para casa. E nos deixe em paz.
Rebeca olhou para ele que virou as costas para pegar algo em sua mochila no chão. Tod a olhou preocupado.
_ Ela não pode ir. - interveio ele - sabe que precisamos dela.
_ Não, não precisamos.
_ Rebeca...
_ Tod. - interrompeu - eu só vim entregar isso.
Rebeca andou até ele, entregou um maço de folha e desapareceu.
_ O que é isso? - perguntou Sam.
Tod folheou o maço de papel e disse:
_ São dados de Filipe.
~¤~
Depois de planejar como seria o ataque para pegar Filipe, finalmente chegaram num acordo. Juntaram vários caçadores, explicaram o plano e esperaram.
_ Como ela conseguiu todos esses dados? Impressionante. - disse Tod olhando novamente para os papeis.
_ Isso nunca saberemos.
_ Você sabe que vamos todos morrer, não sabe?
_ Tod! Pare de ser pessimista. Não pense isso.
_ Mas nós sabemos que é a verdade. Somos simples humanos, e ele é um vampiro muito foda. Sam, precisamos de mais gente.
A porta da sala se abriu e Rebeca entrou e sentou no sofá junto aos meninos.
_ Que aldácia! - indagou Sam surprezo. - o que faz aqui?
_ Você sabe que todos vocês vão morrer não sabe? - disse ela olhando-o sério.
_ Até você? Que tal esquecermos isso mais um pouco, na hora nós veremos.
_ Eu falei isso pra ele. - disse Tod - onde arrumou tantos dados?
_ Informantes. - disse ela num sorriso sarcástico - Sam, estou aqui para ajudar.
_ É? E como?
_ Será um massacre. Vocês são em quantos? Vinte?
_ Vinte e cinco. - disse Tod.
_ Podemos juntar forças. Depois da luta quem sobreviver segue seu caminho.
_ Vocês são em quantos?
_ Trinta vampiros, dez híbridos e quatro bruxas.
_ Não seria uma má ideia. - disse Tod para Sam.
_ Tudo bem. Mas depois disso cada um segue sua vida. - disse Tod.
_ Está bem. - concordou ela.
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Vampire An Tomorrow
VampiroRebelde, sedutora e maravilhosa, Rebeca usa o que sabe para sobreviver. Adora se divertir com os homens e pretende futuramente criar seu clã. Vivendo assim, ela se torna uma vampira solitária.