Capítulo 14

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_ EU NÃO ACREDITO!!

Rebeca gritava furiosa com Sam enquanto andava para um lado pro outro na sala.

_ Porque fez isso, Sam?? Ela era minha, não tinha nada que soltá-la!!

_ Não tem o direito de prender ninguém!

_ Isso não é problema seu!

_ Dá pra pararem de brigar?? - interrompeu Tod - discutir não vai trazê-la de volta.

Rebeca olhou para Sam bufando. Correu até ele e o empurrou contra a parede enforcando-o.

_ Ei calma ai Rebeca! - Tod correu até ela e segurou seu braço - Não faça nada que possa se arrepender depois.

_ Esse é o caso - rosnou ela - não vou me arrepender.

Ela olhava-o com olhos famintos. Seus olhos estavam vermelhos e por cima de seus lábios furiosos um pouco saltitado dava para perceber sua presa armada.

Ela apertou a mão e Sam começou a ficar sem ar.

_ Rebeca!! - interveio Tod tirando-a.

Ela suspirou e soltou o garoto que estava ficando vermelho. Ele havia tirado ela do sério, literalmente.

Ela saiu da casa batendo a porta com tudo, o chão estremeceu.

_ Porque soltou Sofi? - perguntou Tod.

_ Me deixe em paz! - Sam saiu furioso da sala enquanto passava a mão no pescoço.

                   ~☆~

Depois de muito tempo, Rebeca não deu notícias e nem voltou para a chácara. Os meninos caçavam e matavam os vampiros que achavam. Tentavam juntar pistas sobre Filipe para matá-lo, mas cada vez que se aproximava, ele escapava.

_ Nunca vamos conseguir. - disse Tod sentando numa pedra em meio do arbusto.

_ Claro que vamos. - Sam deitou sua flecha no chão e se deitou no mesmo para descansar. A noite estava ótimo, logo, logo iria amanhecer.

_ Sam, em todo lugar que vamos, encontramos muitas pessoas mortas, ele mata mais humanos do que nós de vampiros. Não sei se vamos conseguir.

_ Vamos sim.

Sam suspirou. Ele sabia, com Rebeca do lado era mais fácil.

_ Por que você não gosta da Rebeca? - perguntou Tod como se estivesse lendo os pensamentos do amigo.

_ É o nosso trabalho, não gostamos de vampiros.

_ Ela me contou de como te conheceu.

_ Não quero falar sobre isso.

Sam se levantou, pegou seu arco e andou alguns sentímetros para longe.

_ Vai ser bom conversar com alguém sobre as coisas.

_ Olha, - começou Sam - isso faz muito tempo. - ele deu de ombros - Quando a conheci ela era uma mulher simples e feliz. Ela sempre frequentava o mesmo bar que eu, mas nunca me tonou. - Ele chutou uma pedra no chão - quando tive coragem de falar com ela, fomos num beco escuro e ela me mordeu.

_ O que você sentiu quando foi mordido?

_ Prazer. Sua saliva era doce e me anestesiou. Mas tive forças para me soltar dela. Ela não sabia, mas eu gostava dela, mas depois desse dia decidi não me aproximar dela.

_ Então por que pediu para que ela ficasse para nos ajudar?

_ Sabia que sozinhos não iriamos conseguir e que precisávamos de ajuda, quando ela acordou no nosso quarto, meu intuito era matá-la. Mas quando ela me olhou e não me reconheceu, seria uma boa ideia para pedir ajuda.

Algo se mexeu na mata, a escuridão não ajudava os meninos a ver. Ambos armaram suas flechas e apontaram para a direção onde o som vinha.

_ Sou eu.

Uma voz feminina saiu de trás das árvores. Era Rebeca.

_ O que faz aqui? - indagou Sam baixando a flecha.

_ Eu... ouvi o que você disse pro Tod. Você gostava mesmo de mim? 

_ Rebeca, vá em bora. - disse como resposta.

_ Me responda, Sam.

_ O que você quer? - Sam parecia incomodado - vá para casa. E nos deixe em paz.

Rebeca olhou para ele que virou as costas para pegar algo em sua mochila no chão. Tod a olhou preocupado.

_ Ela não pode ir. - interveio ele - sabe que precisamos dela.

_ Não, não precisamos.

_ Rebeca...

_ Tod. - interrompeu - eu só vim entregar isso.

Rebeca andou até ele, entregou um maço de folha e desapareceu.

_ O que é isso? - perguntou Sam.

Tod folheou o maço de papel e disse:

_ São dados de Filipe.

                           ~¤~

Depois de planejar como seria o ataque para pegar Filipe, finalmente chegaram num acordo. Juntaram vários caçadores, explicaram o plano e esperaram.

_ Como ela conseguiu todos esses dados? Impressionante. - disse Tod olhando novamente para os papeis.

_ Isso nunca saberemos.

_ Você sabe que vamos todos morrer, não sabe?

_ Tod! Pare de ser pessimista. Não pense isso.

_ Mas nós sabemos que é a verdade. Somos simples humanos, e ele é um vampiro muito foda. Sam, precisamos de mais gente.

A porta da sala se abriu e Rebeca entrou e sentou no sofá junto aos meninos.

_ Que aldácia! - indagou Sam surprezo. - o que faz aqui?

_ Você sabe que todos vocês vão morrer não sabe? - disse ela olhando-o sério.

_ Até você? Que tal esquecermos isso mais um pouco, na hora nós veremos.

_ Eu falei isso pra ele. - disse Tod - onde arrumou tantos dados?

_ Informantes. - disse ela num sorriso sarcástico - Sam, estou aqui para ajudar.

_ É? E como?

_ Será um massacre. Vocês são em quantos? Vinte?

_ Vinte e cinco. - disse Tod.

_ Podemos juntar forças. Depois da luta quem sobreviver segue seu caminho.

_ Vocês são em quantos?

_ Trinta vampiros, dez híbridos e quatro bruxas.

_ Não seria uma má ideia. - disse Tod para Sam.

_ Tudo bem. Mas depois disso cada um segue sua vida. - disse Tod.

_ Está bem. - concordou ela.

   
                   

Vampire An TomorrowOnde histórias criam vida. Descubra agora