Capítulo 30

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Clara

Me arrumei, e sai do quarto.

Pedi Lilian que levasse chá para o escritório, e fui.

Quando cheguei perto da porta dava para ouvir eles sussurrando... Respirei fundo, abri e entrei.

- Bom, bem melhor agora! (eu disse mexendo o pescoço de um lado para o outro)
- O que está querendo fazer Clara? (Pedro disse primeiro)
- Eu estava treinando oras! Treinando! (eu disse virando os olhos) - Clara, nos diga o que tem de errado? Porque isso agora? (Julian falou calmo)
- Não tem nada de errado! Eu apenas tive vontade de saber me defender... Vai que acontece alguma coisa comigo... E não é sempre que vou ter "três super soldados" no meu encalço! - Você está pensando em lutar no próximo ataque, não está? (Julian falou de novo)
- Estou sim! Afinal essa luta também é minha! Sou a rainha tenho que me impor! (disse decidida)
- Ir até lá é perigoso Clara, eles também querem te matar! (Andrew se manifestou)
- É eu sei! E é exatamente por isso que estou treinando!
- Esse treino é muito puxado para você Clara, é treino de soldado! (Pedro disse)
- Isso eu também sei! Estou ciente de tudo isso! Desculpem desapontar vocês mais não vou mudar de idéia! (eu disse decidida)

Batidas na porta interrompe a conversa.

- Entre! (digo alto)
- Seu chá Alteza! (Lilian diz)
- Obrigado Lilian!
- De nada Alteza! Com licença (Diz e sai)

Bebo um pouco do chá. E eles ficam me olhando com cara desanimada.

- Não me olhem com essa carinha... Está bem?

Só acenam com a cabeça.

Eles ficam ali sentados e eu mexo em um papel e outro para disfarçar e fingir que não estou vendo o olhar dos três me queimando.

Termino meu chá, me levanto e digo:

- Vou indo!

E saio da sala.

Peço para que preparem a carruagem e vou para a cidade para ver como está indo as coisas por lá.

...

Julian

Na biblioteca naquela hora...

Estamos Pedro, Andrew e eu novamente na biblioteca.

Estamos como desistentes claro.

- Lembra da sua idéia ontem Andrew? (perguntei)
- Sim, lembro! (Ele disse)
- É exatamente o que você disse Julian! (Pedro tomou a vez) mesmo que desse para fazer o poder do bem e o do mal não se encontrarem, não dá para fazer... (Diz desanimado)
- Eu tenho quase certeza que ela nos ouviu! Não é possível! (eu disse olhando para eles)
- Não acho que ela tenha ouvido! (Pedro disse)
- Também não acho! (Andrew tomou a vez)
- E qual outro motivo ela teria para inventar isso agora? (perguntei para eles e para mim ao mesmo tempo)
- Não sei, talvez é como ela disse... Só queira saber se defender... (Andrew disse)
- É um pouco estranho, mais talvez Andrew tenha razão! (Agora Pedro disse)
- É acho que sim... Vamos voltar a procurar alguma brecha na lenda! (tentei me animar e voltamos a procurar)

Pedro saiu e foi se certificar se Clara não estava por perto.

- Temos todo o tempo do mundo rapazes! (Ele falou enquanto entrava) Clara foi até a cidade!

Ficamos a tarde inteira na biblioteca procurando alguma coisa que pudesse ser feita. Mas não achamos nada.

Procuramos até em alguns pergaminhos antigos... Pergaminhos... É isso! Um pergaminho!

- Acho que eu tenho o solução! Existe um pergaminho na floresta... E foi lá que aconteceu a história da Hope... Pode ser que esse pergaminho tenha alguma resposta! (disse um pouco alegre)
- Você sabe onde ele fica? (Pedro parou de folhear o livro)
- Sei! Só que tem um problema! O pergaminho é mágico! Ele só se revela para quem ele quer... (disse desanimando de novo)
- Não custa tentar somos três vai que ele goste de algum de nós! (Andrew disse)
- Enquanto eu morava na floresta eu... Tentei diversas vezes e não consegui! (eu disse desanimando ainda mais)
- Temos que ir assim mesmo! (Pedro disse)

Saímos da biblioteca, Pedro foi mandar preparar a carruagem e fomos para a floresta.

...

Clara

Eu queria poder explicar para eles o porque eu quis começar a treinar. Porém a explicação iria parecer mais uma piada de mal gosto do que uma explicação.

"Porque eu quis começar a treinar?"

Bem, porque desde antes do baile minha avó me visita em sonho... Nós conversamos dentro de uma gruta... É eu sei parece loucura mais entendam. Há exatos três dias eu sonhei com ela de novo e ela mandou treinar. E por isso eu resolvi treinar... Porque minha Vó que não está mais viva me mandou em sonho...

De verdade o melhor que pude fazer foi dizer que começei porque quis e fim. Se continuasem perguntando eu iria me enrolar cada vez mais. E bem essa verdade não é lá a melhor verdade. Então é melhor deixar como está.

Agora com a estrada boa chego rapidamente a cidade que já está parcialmente de pé novamente.

É notório que a felicidade voltou para a vida dessas pessoas. A cidade voltou a ter aquelas cores radiantes que faz você feliz apenas por olhar.

Além de perceber que eles tem coragem e fibra, percebi também o quanto eu estou sendo corajosa. Desde que assumi não tive em nenhuma hora vontade de sair correndo e ir me trancar na biblioteca ou ir para a árvore do jardim. Estou aqui sendo forte, por mim e por eles. Tenho orgulho do reino que agora está em meu governo.

Depois de dar uma volta a pé pela cidade, conversar com alguns cidadões... recebi presentes, abraços, elogios e felicitações.

E isso realmente inundou meu coração com algo novo. É diferente e bom.

É a Esperança!

Já se passando um pouco do horário do almoço, comecei a fazer meu caminho de volta a carruagem... Quando me acertaram com alguma coisa...

Coloquei a mão em minha testa e havia sangue... Jogaram uma pedra em mim!

Procurei por todas as direções mais só haviam pessoas andando de uma lado para o outro novamente. Quando viram o sangue em minha testa correram para me ajudar. De repente uma cadeira apareceu, um curativo, e até água me trouxeram.

Insistir para todos que estava bem e que não precisavam se preocupar. Não havia necessidade de tal coisa.

Queria entender o porque fizeram isso! O que será que queriam ao fazer isso comigo?

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Que bagunça! O que será isso tudo em?
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Hopeland (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora