Clara
Depois de tomar café, me esforcei para levantar. Por mais que eu esteja com uma vontade tentadora de continuar deitada, tenho que cumprir com minhas responsabilidades como Rainha.
Me arrumei, coloquei uma sapatilha, hoje não é um bom dia para salto alto, sai do quarto e fui para o escritório que agora é meu.
Estava distraída lendo algumas anotações de meu pai. Quando bateram a porta.
- Sim? (digo sem olhar)
- Bom dia Clara!É exatamente nessa hora que eu sei que, o que eu sinto por ele vai além de mim. Meu coração acelerou na hora.
- Bom dia Julian, entre! (disse e continuei a olhar as anotações)
- Preciso falar com você! Tem um momento? (ele diz e involuntariamente largo os papéis e o olho)
- Fale... (disse ainda o encarando)
- É sobre o reino... Sobre os ataques... (ele diz calmamente)Batidas na porta interrompe nossa conversa. Deixo de olhá-lo e olho para a porta onde encontro Lilian.
- Sim?
- Alteza, o Barão Joaquim e sua esposa a Baronesa Genevive, estão no salão principal a sua espera. (Lilian diz devagar)
- Ahh claro! Obrigado Lilian! Avise a eles que estou a caminho!
- Sim Clarissa, avisarei! (ela diz e sai)Olho para Julian e o vejo pensativo.
- Podemos adiar um pouco essa conversa Julian? (perguntei devagar)
- Sim, claro! Tudo bem! (Ele disse por fim)
- Vou atendê-los... Quer vir? (perguntei me levantando)
- Sim, Vamos! (Disse, levantou-se e me extendeu o braço para que eu pudesse segurar)...
Algumas xícaras de chá depois. O Barão e a Baronesa resolvem ir embora.
Julian estava em seu quarto e Pedro perambulando pelo castelo. Enquanto voltava ao salão principal, ouvi uma voz familiar e ela me causou tremores.
- Princesa Clarissa? Por favor deixe-me falar com você!
Me virei e lá estava Andrew contidos pelos soldados.
- O que faz aqui Lorde Andrew? Não acha que já causou problemas o suficiente? (fui fria para que ele pudesse ver que eu já não era mais aquela Clara)
- Apenas me deixe falar com você,por favor! (Ele disse novamente e vi lágrimas em seus olhos)
- Soltem ele! (ordenei aos guardas) espero não me arrepender disso. (praticamente cuspi as palavras)
- Clara... Quer dizer Princesa Clarissa... É... Eu... É... tenho algo de suma importância para lhe falar. (ele disse quando se recompôs)
- Sim, claro. Ou não viria aqui arriscar sua vida não é mesmo?
- É... Quer dizer... sim Alteza. Eu preciso lhe falar sobre o ataque que teve durante seu baile de aniversário. Eu sei quem atacou o reino!
- Você sabe? Sabe mesmo? Quem foi Andrew? Me diga!
- Foi meu pai Alteza, Duque William. Ele está tentando tomar todos os 6 reinos... Ele acha que pode dominá-los.
- E porque acha que posso confiar que isso de certa forma é verdade? O que leva você a crer que vou acreditar que veio até aqui para entregar o seu pai, o seu próprio pai? (disse com dúvidas)
- Realmente é improvável, apenas acredite. É como a Senhorita disse princesa. Eu não arriscaria a minha vida ou ir para os calabouços vindo aqui lhe falar se fosse mentira. E além do mais Eu te amo Clara! Eu sei que eu errei. Eu sei que eu estava errado. Mais assim que eu soube do que meu pai é capaz eu nunca deixaria de vim aqui lhe contar se não me preocupasse com você. Não espero que me ame, só lhe peço que acredite em mim e me dê um abrigo. Porque assim que William descobrir que o entreguei ele irá me matar.Se estou tendo problemas de novo? Sim estou. Pensei que ele viria aqui me falar um monte de besteira desnecessária mais ele veio me contar a verdade. Eu vi Duque William em meu sonho, sabia que era ele. Será possível que eu ainda sinto algo por Andrew? Porque me coração está tão acelerado? Porque estou com minhas mãos suando?
Porque eu não sei o que fazer agora?- É verdade Clara! (outra voz disse)
- O que? Julian? (eu disse)E então ele apareceu e veio em minha direção e de Andrew.
- Andrew diz a verdade Clara! Em tudo o que disse! Era isso que eu estava tentando lhe contar hoje no escritório antes do Barão chegar.
Começei a me sentir zonza e então senti novamente a sensação do mármore frio em meu rosto. Só conseguia ouvir ao fundo um uníssono:
- CLARA!
Andrew
Pensei que lhe contar pessoalmente seria mais fácil. Como Clara está mudada...
As palavras dela me atingiam com força, como se fosse facas me cortando todas as vezes que pronunciadas.
Se ela pelo menos notasse a verdade em minhas palavras... Eu sentia o ódio escorregando nas dela. E as vezes eu também sentia ódio de mim.
Se ela pudesse pelo menos acreditar no que eu dizia, se visse que eu estava ali arriscando minha vida...
Vida? Não. Não tenho vida. Minha vida acabou quando percebi que a amava e tinha feito a coisa mais idiota em tudo que já havia feito que foi ter traído ela.
É notório o que ela sente por Julian, os olhos dela brilharam de uma forma especial quando ele falou. Eu percebi porque eles brilhavam da mesma forma quando me olhava.
Morri uma segunda vez quando a vi cair no chão. Meu coração parou. E a única coisa que eu consegui dizer foi seu nome quando seus olhos se fecharam.
Julian
Estava chegando perto do salão principal quando ouvi vozes no corredor, quando olhei na direção das vozes foi o momento exato em que Clara dizia o nome de Andrew.
Eu sei que é errado bisbilhotar, mais eu não posso interromper eles agora... Não antes de saber o que ele está fazendo aqui.
Depois de vê-lo cabisbaixo eu percebi que ele não estava mentindo. Ele realmente não estava. Clara estava tão intocável, e eu via ele se entristecer ainda mais. Seu olhar passava culpa, e ele devia sentir isso mesmo.
Senti o momento de me intrometer, ela não estava acreditando. E seria eu mais cedo no lugar dele contando. A única diferença é que ela não me odeia do jeito que odeia ele.
Por uma fração de segundos em que ela me olhou eu notei confusão. Ela estava confusa...
Quando a vi cair no chão corri para alcançá-la. Só conseguia pensar em que seus olhos me passaram... Confusão... Ela estava confusa. Outro pensamento chegou, tentei o expulsar mas ele estava lá gritando no fundo da minha mente.
Ela não me ama, pelo menos não do mesmo modo que a amo...
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O que foi isso tudo? Uoouuuu!
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Hopeland (EM REVISÃO)
FantasíaJulguei-me incapaz por muito tempo, vivi mergulhada em livros, pra esquecer das grandes responsabilidades que carrego desde que nasci. Fui instruída a ser boa, generosa, altruísta e inteligente, mas tudo que aprendi só pesava ainda mais sobre os omb...