Capítulo 28

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"Dessa vez já estava direto na gruta. Não entendia o porque estava ali de novo, só simplesmente estava...

- Vovó?
- Aqui querida!

Encontrei-a novamente sentada em uma das pedras da gruta, a mesma que estava em todos os sonhos.

- Porque estou aqui de novo? (perguntei direta)
- Querida, você já começou a treinar? (ela perguntou docemente)
- Treinar? Que treino? Ahh... Sim. Quer dizer não. Não comecei ainda... Isso é realmente necessário Vó? Quer dizer eu preciso saber lutar? Ou dominar magia? E até onde eu sei magia não sai de você sai de alguma coisa. E eu não tenho nada mágico...
- Você está perdendo tempo Clarissa! Seu treino já era para ter começado! E não venha com desculpas... Cadê a pulseira que Julian te deu? (ela se alterou um pouco)
- Desculpa Vó, é que eu não achava necessário! A pulseira? Bem ela está guardada. Eu a uso as vezes... Mas porque está me perguntando sobre ela?
- Ela é a magia! A magia que você diz que não tem! Sairá dela! Ela é mágica Clara... Bem... Agora tenho que ir... E lembre-se está chegando... (ela dizia devagar)

Enquanto ela falava eu olhava atentamente para seus olhos que começara a surgir uma paisagem e em questão de segundos eu já não estava mais na gruta, estava na floresta!

- Onde você está querida? Não me deixe esperando! (a voz sem emoção da mulher dizia)

Corri com toda velocidade que eu pude até achar um grande arco como se fosse a entrada de um bosque. No arco dizia: "Se seu coração for predestinado certamente encontrará algo."

Toquei uma pedra alta que havia antes do arco e ela começou a brilhar. Retirei minha mão rapidamente e onde não havia nada antes estava escrito: "Siga seu caminho e pegue o que é lhe dado".

Olhei para onde tinha árvores e mais árvores e agora havia um caminho.

De onde estava não era perto e não era longe, dava para ver claramente um pergaminho brilhando intensamente encima de um púlpito também de pedra ao fim.

E derrepente fiquei tonta e cai."

Quando abri meus olhos, lá estava eu novamente em meu quarto, no qual na verdade eu nem tinha saído.

Dessa vez eu não estava nervosa, ao contrário estava calma. Aquele bosque me passou paz. Não havia gritos, nem mortes... Apenas paz.

Levantei-me, vesti um hobe e sai do quarto.

No caminho ouvi vozes. Virei o corredor e fui em direção a elas que davam na biblioteca. A porta estava entre aberta, havia luz de poucas velas ali.

De pé ao lado da estante de livros estava Julian com o semblante preocupado folheando um livro. Sentado em uma das poltronas estava Andrew também com um livro na mão, e no sofá com uma enorme pilha de livros do lado estava Pedro.

Porque ver esses três juntos não foi nem um pouco normal para mim? Isso é tão estranho.

- Tem que ter alguma coisa aqui... Não é possível que não tenha! (Julian disse)
- Deve ter temos que procurar direito! (Andrew se manifestou)
- Não podemos deixar isso acontecer! Não mesmo! (Pedro falou por sua vez)
- Não posso acreditar que ela tenha que se sacrificar, isso deve está errado! Ela não é a Hope ela não tem que morrer para salvar os outros! (Julian disse se alterando)

Senti minhas pernas bambas, meu estômago revirou, o frio começou a me assolar... É o medo! Estou com medo!

- Minha irmã não vai se sacrificar coisa nenhuma, eu não vou deixar! Ninguém vai tirá-la de mim! Ninguém! (Pedro disse também exaltado)
- Tentem se acalmar vocês dois, deve ter um jeito... Quem sabe uma brecha, ou um furo nisso tudo. Temos que procurar respostas! (Andrew disse sensato)
- A lenda é clara em relação a Hope, no fim quando o poder do bem se cruza com o mal. O mal desaparece mais o bem também se vai... (Pedro diz)
- Sim Pedro. Mais e se for o caso de impedimos deles se cruzar. Digo o poder do bem e do mal... (Andrew diz)
- É até uma boa idéia Andrew, mas não tem como evitar isso. A história é assim, não dá para mudar... (Julian diz)

Vou até o fim do corredor, e faço o caminho todo novamente. Bagunço um pouco o cabelo, coço os olhos e vou em direção a porta novamente.

Bato de leve e abro, eles se calam na mesma hora.

- É tarde meninos, o que fazem aqui a essa hora? (pergunto arrastando um pouco a voz e fingindo coçar os olhos)
- É... Bem... E que... (Julian começa ou tenta)
- Estávamos lendo alguns livros Clara! Nada demais! (Pedro toma a vez)

Andrew se mantém calado.

- Entendi. Vê se vão dormir meninos!
- Claro, vamos sim! (Pedro diz e se aproxima de mim)

Beija minha testa e diz:

- Vá você também pequena! (Ele diz por fim)
- É eu vou sim! Boa noite meninos! (digo por fim e saio)
- Boa noite Clara! (em uníssono me respondem)

Volto para o quarto, deito e mesmo achando que não iria dormir pego no sono.

Pedro

Tomei um susto quando vi Clara. Quer dizer nós tomamos. Em falar em nós...

- Julian seu idiota! Começou a gaguejar para Clara, talvez... só talvez se ela estivesse bem acordada iria desconfiar! (disse para Julian)
- Eu não fiz por mal! Vê-la na porta foi uma surpresa tão grande para você quanto para mim. Será que ela ouviu algum coisa? (ele disse preocupado)
- Eu acho que não! Se tivesse ouvido talvez ela não viria falar conosco! (Andrew disse e eu sabia que ele tinha razão)
- Concordo Andrew! E acho melhor irmos dormir mesmo, porque se ela não cair no sono talvez volte aqui, o que aumenta a probabilidade de ela nos ouvir. E não queremos que isso aconteça. (disse por fim)
- Concordo, vamos! (Julian disse)

Empilhamos alguns livros, outros colocamos no lugar e saímos.

Julian e Andrew foram para seus quartos e eu para o meu.

Essa não pode ser a única solução! Não posso perder minha irmã! Eu sei que parece egoísta, mas ela é tudo que restou da minha família, que restou de mim...

Não quero e não posso deixá-la ir!

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Kisses :*

Hopeland (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora