"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos."
Albert Schweitzer
_ Não posso simplesmente esperar por algo aqui. Preciso ir mais longe. Mal sei o que são essas coisas.
A neblina passa a ficar densa, e a criatura se mistura entre as sombra das rochas.
Com dificuldade, Matias se esconde atrás de um dos pedaços caídos da nave. Amedrontado, ele espera pelo pior. Ele não sabia se queriam algo ou era apenas uma caçada, e a única coisa em que conseguia pensar, era no que ele havia visto à pouco.
Grandes homens, que corriam com lanças. Era algo assustador, e só de pensar, lagrimas de medo vinham aos seus olhos.
_Meu Deus, se existe, por que nos faz passar por isso? – Eram as únicas palavras que ele repetia sem parar.Os passos se aproximavam, e ele espiava por um buraco no pedaço de nave que servia como sua única proteção.
Em meio a neblina, se aproximando devagar, ele via uma silhueta, parecida com a de um humano, mas bem maior.
Seus passos eram calmos, mas ao mesmo tempo firmes.
E conforme ele caminhava, era possível ver, na região de sua cabeça e peito, símbolos numa coloração vermelha, muito forte.
Matias desesperado se esconde novamente, e tenta achar algo no chão que pudesse usar como defesa.
Suas mãos tremiam, e seu suor pingava, marcando o chão seco. Cada segundo poderia significar sua vida. Quando de repente acontece...
_Matias, acorde meu filho, já estamos quase chegando. – resmunga enquanto tenta acorda-lo
_Desculpe mãe, eu estava sonhando - Responde ele assustado. Suas mãos estavam suando, e seus olhos arregalados olhavam fixamente o céu pela janela do avião.Sua mãe passando a mão em sua cabeça começa a falar em voz baixa:
_ Filho, não está feliz? Poderá ser como seu pai, e reencontra-lo assim que chegar em marte.
Matias olha para ela e responde com um sorriso.
_Tome esse colar meu filho. Sempre que se sentir com medo, ou sozinho, lembre-se de que estamos sempre juntos à você.
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Deorum
Mistério / SuspenseDepois do caos terrestre, a humanidade se viu a beira do abismo. Os recursos já estavam se esgotando, e era preciso expandir os horizontes conhecidos pelo homem. Não há mais barreiras para o avanço científico e tecnológico, e a única salvação não se...