Parte 11

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Já se havia passado quatro dias desde o dia da entrevista. Desde o dia que encontrei Liam. A verdade é que nunca mais o vi a partir desse dia. Sinto saudades do seu sorriso, do seu olhar, de tudo.

- Bom dia! Será que me podia ajudar? – uma mulher com uns grandes cabelos loiros, olhos azuis e lábios carnudos, falou interrompendo os meus pensamentos.

- Claro! – eu sorri.

- Não encontro os lápis de cor. – ela disse.

Andei até ao sitio dos lápis de cor se encontravam. Dirigi-me até à senhora que me havia pedido os lápis.

- Quanto é? – ela perguntou.

- Um euro e vinte cêntimos.

A mulher retirou o dinheiro da sua carteira preta e entregou-me pagando o que tinha pedido.

- Obrigada! – eu disse e ela apenas mostrou o seu sorriso.

Ouvi três gargalhadas soarem na entrada da papelaria. O meu olhar dirigiu-se à porta e três olhares paralisaram em mim.

- Amy? Que fazes aqui? – uma voz rouca interrompeu o silêncio que se havia formado.

- Trabalho aqui.

Os seus olhos arregalaram-se surpreendidos por eu estar ali. Como sempre, a troca de olhares entre mim e Liam era constante.

- Precisam de alguma coisa? – perguntei.

- Ouvimos dizer que trabalhava aqui uma rapariga gira, e viemos cá ver. – a voz engraçada do Louis soou.

- Eleanor está de folga hoje – eu falei.

Fiquei triste por Liam ter vindo. Não sei. E se o interesse dele era mesmo Eleanor?

- A rapariga gira só podes ser tu. – uma voz grosa ouviu-se ali. Liam tinha dito aquilo. Corei logo. Mas Harry interrompeu aquele silêncio constrangedor.

- Nós vamos andando não é Louis? – ele deu uma cotovelada no braço dele.

Louis soltou uma gargalhada e os dois foram embora deixando-me sozinha com Liam.

- Ahm…

- Amy, desculpa!- ele falou aproximando-se – Deixa-me falar… - ele respirou fundo e agarrou as minhas mãos – Amy, tu… Eu não consigo parar de pensar em ti. Por mais que tente afastar-me, tu não me sais da cabeça ou apenas te cruzas comigo por aí – olhei-o sem saber o que dizer – Amy…

Não o deixei acabar. Juntei os meus lábios aos dele, beijando-o. Estava ali, à minha frente, o rapaz que eu amava.

- Mas o que vem a ser isto? – Sophie interrompeu o nosso beijo.

- Desculpe senhora Sophie! – eu falei envergonhada. Ela riu.

- Não tem mal Amy, não estava aqui ninguém – sorriu – Mas tens que ter mais cuidado.

Eu acenei afirmativamente com a cabeça, e ela dirigiu-se para o seu escritório.

- Logo vamos jantar? – ele perguntou – Isto se tu quiseres, claro!

- Sim – sorri.

Deu-me um último beijo e saiu. Como é que a minha vida tinha mudado tanto em apenas 15 minutos?

Maybe You Should Come BackOnde histórias criam vida. Descubra agora