Parte 12

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Tinha vestidos, saias, camisas, todo o tipo de roupa em cima da cama.

- Cher, o que é que eu visto? – perguntei aflita – Ajuda-me!

- Calma! – ela disse rindo – E que tal este vestido? – ela pegou num vestido preto, não muito comprido e que tinha alguma renda.

- Cher, obrigada – abracei-a – Ai se não fosses tu o que seria de mim?

- Amy… A-Ar…Pre-ciso de… Ar!

- Desculpa – eu ri e Cher também.

Em quinze minutos estava pronta. Aquele vestido que Cher tinha sugerido era lindo. Tinha calçado uns sapatos de salto alto também pretos, e o meu cabelo tinha uma trança a cair pelo ombro esquerdo.

Eu esperava na sala juntamente com Cher que me fazia companhia. Levantava-me, andava de um lado para o outro, e sentava-me novamente.

A Cher olhava para mim com ar de gozo enquanto eu apenas encarava o chão, ansiosa e nervosa ao mesmo tempo. Uma pergunta passou-me pela cabeça: ‘’ O Liam sabia onde vivia?’’ Oh não! E agora?

- O que se passa Amy? – Cher perguntou interrompendo os meus pensamentos.

- O Liam não sabe onde vivo! – eu disse.

Cher ia falar, mas as ambas ouvimos um apito de um carro.

- Acho que sabe… - Cher falou rindo.

Abracei-a, dando-me forças para acreditar que tudo iria correr bem. Abri a porta e logo senti uma brisa fria a passar-me pelas pernas. Em frente, estava Liam encantando-me, como sempre. O brilho da lua fez realçar os seus olhos que me observavam. Sorri. Inevitável não sorrir quando a pessoa que amo está mesmo à minha frente.

Andei até ele, e antes de o abraçar, vi o táxi onde ele tinha chegado, indo embora.

- Como soubeste onde vivia? – perguntei interrompendo o abraço. Ele sorriu.

- Tive a sorte de o taxista já te ter visto sair daqui. – continuou sorrindo – Vamos?

Antes de dar o primeiro passo, olhei para a casa de Cher. Adivinhem lá. Cher estava a espreitar da janela, rindo de toda aquela situação. ‘’Idiota’’ – ri. Dei a mãe ao Liam e caminhamos lentamente até ao restaurante. A meio do caminho, Liam já tinha o seu braço nos meus ombros, o que me deixou verdadeiramente envergonhada. Eu não estava habituada a isto. Na verdade não, não estava. Liam é especial e diferente. Faz-me bem.

Chegamos ao restaurante, e logo um ar quente se instalou em mim. O empregado guiou-nos até uma mesa. Ele ia pôr a cadeira para trás fazendo com que eu me sentasse, mas reparei que Liam o tinha mandado embora ‘discretamente’ com o seu olhar, fazendo o que o empregado me queria fazer. Não evitei sorrir.

- O que vão querer? – um outro empregado perguntou chegando à nossa mesa.

Liam escolheu para ele, e eu pedi também o que Liam tinha escolhido. Na verdade, eu estava mesmo envergonhada. Isto já era de nascença. Podia estar com vergonha, mas no momento a seguir já estava a rir.

Senti uma mão tocar na minha. Era Liam. O seu sorriso rasgado tinha formado o meu. Porque é que ele me faz tão bem?

- Aqui está. – o empregado interrompeu, metendo a comida na mesa.

- Obrigada. – Liam e eu dissemos ao mesmo tempo, originando uma gargalhada entre nós.

Ao longo do jantar íamos falando de várias coisas que nos surgiam na cabeça. Ele já sabia do motivo de ter estado três anos na cadeia. Ele apoiou-me.

- A seguir vamos dar uma volta por aí. – ele olhou-me nos olhos.

Assim que acabamos, Liam foi pagar a conta. Ele insistiu. Ele abriu a porta, permitindo-me passar primeiro. Senti mais uma vez o frio a apoderar-se nas minhas pernas. Liam meteu o seu braço à volta das minhas costas agarrando-me nas ancas- Fomos ter a um grande parque onde havia um rio. As luzes iluminavam a relva e ao mesmo tempo, o rio.

- Amy… - Liam interrompeu o silêncio – Eu ainda não te pedi o que quero como deve ser… - eu olhei-o nos olhos e sorri – Amy, queres namorar comigo?

Mais uma vez, eu não disse nada. Ele sabe o quanto eu sou tímida. Os meus lábios encaixaram nos dele formando um longo beijo.

- Vou contar isso como um ‘sim’ – ele sorriu e voltou a beijar-me.

Deitamo-nos na relva e começamos a observar as estrelas. A observar a forma que cada uma delas, juntas, fazia. Foram cerca de vinte minutos nisto.

Liam levou-me a casa. Já quase ninguém andava pelas ruas. Só mesmo aqueles jovens que se iam divertir à noite. Tal como eu e Liam. Paramos em frente da casa de Cher.

- Amo-te. – ele disse pondo as suas mãos no meu rosto.

- Amo-te – beijei-o.

Dirigi-me à entrada, e antes de entrar, olhei para trás e Liam fez o mesmo. Acenei sorrindo e mandei um beijo para o ar, imaginando o beijo ter ido ter com Liam. Entrei com cuidado para não acordar Cher. Caí cansada na cama, com Liam a invadir os meus pensamentos.

Maybe You Should Come BackOnde histórias criam vida. Descubra agora