Capítulo 08 - Você não quis, mas sua amiga quis - Parte II

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— Orando com certeza é que não é. O que acha que eu estou fazendo aqui? — o enfrentei.

Ele avançou rápido e no momento seguinte ele já me pressionava na grade. Com pontos estratégicos meus e dele se encaixando. Eu olhei de rabo de olho pra baixo e as pessoas pareciam não notar.

— Como você pode me desafiar ainda? — ele me encarava mais controlado agora.

— Eu não tenho medo de você.

— Deveria — ele desdenhou.

— Tente de novo, Bieber. Você nem menos me intimida.

— Meu pau ainda tá doendo, Nick — me assustei com a liberdade do linguajar, mas o cheiro de álcool me lembrou do porquê. — Deveria te obrigar a fazer massagem nele.

— Você mereceu — cuspi irritada. — Não te acho no direito de me tratar assim, não foi nada educado da sua parte seu jeito no estacionamento. Tá me confundido com suas amiguinhas pagas — eu sustentei seu olhar.

— Você estava se achando demais, alguém tinha que te por no seu lugar. Dá pro Brendon, te subiu a cabeça — eu ri fervorosamente. Ele era muito patético. Nem consigo assimilar que ele acreditou naquilo. Achei no mínimo que Chris e Charles tivessem dito a verdade, mas pelo visto...

— Eu tenho pena de você, Bieber.

— Vou ter pena de você jajá — ele beijou meu pescoço. Eu fechei os olhos quando um arrepio passou no meu corpo. — Eu sei o que você quer — ele fez uma voz sedutora. O que
nem era preciso, a voz rouca dele já supria isso.

— Ah é? — eu o encarei maliciosamente. — E o que eu quero?

— Ora, o que todas querem. Um homem gostoso e uma transa mais gostosa ainda.

— Homens — eu revirei os olhos. — Porque tão idiotas? Nós não queremos isso. Queremos amor carinho, fidelidade, atenção, compaixão, companheirismo. Conhece essas palavras?

— Sim, — ele parou de beijar meu pescoço —, mas desisti delas há algum tempo. Acredite ou não, já tive um coração. Não sou tão insensível.

— Não parece. Não quer mais se apaixonar?

— Não me apaixonar? — ele olhou nos meus olhos e parecia ver o que eu não dizia. — Não tenho tanta sorte.

— Desapegado mesmo, o senhor.

Ele deu uma risadinha fraca, se aproximou mais, olhou bem fundo nos meus olhos mais uma vez.

— Eu sou assim porque a vida me fez assim. Aprendi que as vadias machucam e aprendi do pior jeito. Mas também aprendi que se quiser saber se uma mulher realmente te
ama, seja um cafajeste com ela.

— Como assim?

— Se ela não te amar, vai sorrir, fazer cara de sexy e sussurrar alguma sacanagem no seu ouvido.

— E se ela te amar?

— Vai dizer que os homens são todos iguais e que o que ela quer de verdade é amor, carinho, fidelidade, atenção e companheirismo.

— Isso foi profundo, Bieber. Quase acho petróleo — o empurrei e ele riu se apoiando na grade. Ele ficou de frente se apoiando nos cotovelos do meu lado. — Mas está insinuando que eu gosto de você?

— Gostar não, Nicolli. Mas tem uma forte tensão sexual se acumulando ao nosso redor.

— É um problema?

— Só se você for ruim de cama — ele riu de lado.

— Claro, claro. Mas você realmente é um idiota — eu ri e ele abriu um sorriso de canto. Talvez Justin não fosse tão mal assim.

The Mafia HeiressOnde histórias criam vida. Descubra agora