Capítulo 45 - É impossível.

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Tô apaixonada nesse menino. O nome dele é Neels Visser. Tinha que encaixar ele em algum canto.
Boa leitura
Bea.


Samantha amanheceu lá em casa. Ela sentia o cheiro das bostas que eu fazia. Só podia ser.

— Oi, miga.

— Oi — sorri. — Quer fazer alguma coisa?

— Eu sempre quero. O que você tem em mente?

— Sei lá. Shopping?

— Pode ser — ela sorriu me abraçando sem motivo aparente. Talvez ela já sentisse o meu estado de espírito.

Nós fomos no meu carro, ela não parava de me olhar e aquilo me pegou meio desprevenida e me deixou sem reação.

— O que foi, Sam? Porque tá me olhando assim?

— Você tá diferente.

— O que quer dizer com isso?

— Não sei, Nick. Mas você me parece diferente. Tem algo pra me contar?

Conhecendo o que eu conhecia da Samantha, ela só se acalmaria quando descobrisse. E eu não podia dizer nada ainda. Suspirei alto e ela me olhou assustada dessa vez.

— Transei com Justin.

— Tomar no teu cú, Nicolli.

— Eu fui para o niver dele, meu pai meio que me obrigou e... Eu fui atrás dele, Sam. Queria que ele dissese olhando nos meus olhos que eu não significo nada mesmo. Que eu não signifiquei nada.

— Ai tu pediu como prova um orgasmo? — ela revirou os olhos. — Fala sério, Nicolli.

— Não, Sam. Acabou rolando. E isso só prova que nós somos loucos um pelo outro...

— E que ele é babaca demais pra assumir algo com você que não seja só sexo. Seja coerente, Nick. Eu nunca vou aceitar a forma como ele te diminui. Foda-se se é sem querer, mas não me agrada.

— Não vai acontecer de novo, Sam. Foi um erro. Ele tá com a Caitlin e me deixou isso bem claro — sorri timidamente.

— Não precisa se martirizar com isso. Não te julgo por gostar dele, mas não aceito a idéia de que ele me merece. Ele não é homem para você.

— O foda, Sam, é que eu sou mulher pra ele.

— E aí? Vai viver amando por vocês dois?

— Não tem o que seguir, Samantha. Não tem — eu berrei.

— Ei, ei, ei... A gente não vai brigar — ela gargalhou. — Relaxa. Só quero que hoje seja um dia legal pra nós duas. Eu te amo.

— Eu te amo —repeti.

Descemos no estacionamento do shopping e ela entrelaçou o braço pelo meu. Dei um beijo no meu ombro e eu me senti reconfortada. Como se tivesse em casa.

Compramos algumas roupas. Muitas, diga-se passagem. Roupas e sapatos que seriam comprados pra ficarem no nosso quarda-roupa e esperarem uma ocasião para uso. Nada melhor do que isso.

Depois disso, enquanto Samantha comprava uns shampoos para cabelos olesos. Eu quase corri até a farmácia mais perto. Procurei o mais rapido e disfarçadamente possível o que eu precisava. Como se não fossem saber o que era, quando eu pagasse. Comprei 4 unidades. Era o essencial para tirar qualqier dúvida.

Voltei para Sam e quase nos esbarramos na saida da loja em que ela estava. Seu olhar semicerrou-se para mim e eu fiz de conta que estava tudo bem.

A bolsa que estava dependurada no meu ombro, parecia pesar uma tonelada. Eu só queria voltar pra casa e confirmar. Ou ficar aliviada de novo.

The Mafia HeiressOnde histórias criam vida. Descubra agora