Capítulo 04 - Deu pra perceber que eu não quero te conhecer?

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Era o primeiro dia de aula e eu não sabia se estava pronta pra aquilo de novo. As pessoas da escola geralmente me tratavam bem porque eu não pisava no calo de ninguém. Às vezes me olhavam de um estranho por cuasa dos seguranças, mas eu podia ver que eles nem se importavam muito aquilo.

Depois que fiz minhas higienes, rumei para o closet, coloquei uma calça com um rasgo no joelho, o agasalho azul e sem graça da minha escola, a Abraham Lincoln e calcei um par de alpargatas. Desci as escadas, peguei minha chave e fui para a cozinha.

Meu pai estava na mesa tomando café da manhã e me olhou bem hulmorado quando eu entrei.

— Bom dia — sorri.

— Vai de carro para a escola? — ele perguntou.

— Achei que esse era o combinado.

— Preciso falar alguma coisa?

— Relaxa, papai.

— Dirija devagar e não tente dá uma de espetinha para cima dos seus seguranças. Se eu desconfiar disso, vou adorar colocar mais vinte seguranças na sua cola.

Peguei um iorgute e beijei a bochecha do meu pai, sai em direção ao meu carro e entrei sem vontade. Aula. Nem olhei, mas podia sentir que Christian e Charles ja tinham entrado no Duster.

Minha escola era uma das mais caras e rígidas do país. Eu estidava nela desde o ensino infantil. Graças a rigidez de lá e a segurança que a própria escola oferecia, meu pai ndo quis que eu estudasse em casa. Todos basicamente tinham a mesma condição financeira, com exceção dos bolsistas.

O estacionamento da escola já estava cheio e a escola em si também quando cheguei la. Os mesmos idiotas que não mudavam nunca, com um ego enorme tentando ser melhores e mais ricos que os outros, incomodados mais na vidas dos outros no que nas próprias.

Parei na primeira vaga livre que vi, desci do carro e olhei simbolicamente para os seguranças não seguirem. Christian destoado como sempre, deu um legal para mim e assentiu. Eu ri baixo.

Levantei a cabeça e estanquei quando percebi que todos tinham os olhares vagos no carro e em mim. O que não era de se esperar já que todos eram ricos e sabiam muito bem que meu pai era bem rico mesmo.

— Oi, Nick — um garoto que estava no grupo dos garotos do time de futebol americano me comprimentou quando passei.

— Oi, amor — sorri cínica.

— Olha só — ouvi a irritante voz da Melanie Parker. Sabe como é, né? Toda escola tem sua vilã, sua vadia, prostituta, mimada e oferecida, a minha não era diferente. O negócio era que aquela garota resumia tudo. Melanie me odiava desde sempre, por motivos desconhecidos, admito. — Isso tudo é pra ser menos invisível, Nicolli? — o nojo que emanava da voz dela deixou claro que ela não gostava de dividir a atenção, eu a encarei como todos os outros.

— Cada um tenta aparecer do seu jeito. Ou tem outra explicação para aquelas fotos, queridas? — N-U-D-E-S.

— Gostou do que viu?

— Só pode está de brincadeira, Melanie — eu debochei. — Quanto tempo tá que você não consegue ver seu umbigo?

— Pode fazer o que for, Nicolli. Vai continuar sendo um nada — os olhos das pessoas mais próximas, viajavam entre mim e ela. Curiosos.

— Me deseje ao menos boa sorte — sorri pra ela.

Me afastei vendo-a se sentar de novo, perto da soutras líderes de torcida. Eu não sou obrigada a aturar uma coisa dessas. Caminhei até onde Samantha bebericava um capuccino, visivelmente adorando a cena.

The Mafia HeiressOnde histórias criam vida. Descubra agora