Capítulo 50 - Primeiro presente

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Senti uma dor aguda no meu braço e abri os olhos devagar.

O clarão branco da luz de hospital incandeiou meus olhos e o ar frio do ar condicionado me atingiram irritantemente.

— Anw — gemi ao sentir a dor fina de novo.

— Tá bem? — a voz de distante dele me atingiu.

— Não — olhei pro lado e vi o que era, eu estava puxando a agulha do soro. Eu parei um pouco, lembrei de tudo que havia acontecido. — Eu sinto muito — falei quando a verdade me atingiu. Meu pai era um monstro.

— Tudo bem — ele sorriu fraco, passando as mãos nos meus cabelos e eu fechei os olhos ao sentir o calor vindo das suas mão.

— Onde ele está? — ele permaneceu calado e eu imaginei o pior. — Você o matou? É isso, né?

— Não, não — ele falou-me calmando. — Eu não o matei. Ele se entregou pra polícia. Ele assumiu tudo o que fez devolveu as meninas, ressarciu todas as famílias. Tudo. Depois se entregou.

— Eu não acredito — ele sorriu pra mim. Meu coração ainda estava destroçado. — Você foi tremendamente idiota esses dias, sabia?

— Eu sinto muito por isso, eu só não queria te machucar. Mas isso foi inevitável, né?

— Eu achei que você tivesse só brincado comigo. Você fazia questão de me dizer isso a cada cinco minutos. Era só hormônios.

— Eu não menti momento algum quando disse o que eu sentia por você. Eu só queria que você me odiasse, assim quando eu fizesse o que tinha de ser feito, você já estaria me odiando.

— Mas você não fez.

— Não. Eu não fiz.

— Obrigada por manter o Ryan e o Scooter cuidando de mim.

— Você sabia? — ele mordeu o lábio. Cinco minutos depois, pareceu ter entendido. — Você ouviu, né?

— Ouvi — falei rindo. — Então, porque você não fez?

— Porque eu achei que seria bom o suficiente para ele continuar vivendo, enquanto você nutrisse ódio e repulsa por ele. Mas devo confessar que aquela história me pegou desprevenido e eu não esperei que ele fosse se entregar.

— Que história? — eu forcei a mente mas nada me ocorreu.

— Você disse que estava grávida.

— Ah, isso — eu mordi os lábios.

— Espera ai — ele disse atordoado. — É verdade? Nicolli, você está grávida?

— É, Justin — eu fechei os olhos e esperei ele explodir.

— Cacete. Tá brincando, Nick? Quer dizer que eu vou ser pai? Que eu vou ter um filho? Contigo? Vai ter mais um Bieber no mundo? E-eu nem sei o que dizer.

— Você está feliz?

— Claro que eu tô. Agora sim a gente vai ficar junto pra sempre — ele se abaixou e beijou minha testa. — Tá tudo bem, o que eu disse foi bem gay, mas eu tô feliz pra caramba.

— Meu Deus, achei que fosse odiar.

— Claro que não, Nick. Eu vou ser pai, consegue entender?

— Então, você vai voltar comigo?

— Não é como se gente tivesse se deixado exatamente — ele riu como se lembrasse de algo irremediavelmente engraçado. Eu podia apostar que sabia o que era.

— Preciso concordar — eu ri mais um pouco. — Justin? E a Caitlin? Foi ela quem me salvou, né?

— Como você sabe?

The Mafia HeiressOnde histórias criam vida. Descubra agora