O CLUBE

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  SCHOOL WHITE LAKE 2012

— Está na hora.- Molly disse.

— Membros do WildClub, hoje faremos a eleição para presidente.-eu disse.

—  Eu sou a primeira candidata.- Molly disse se levantando. Fiz sinal para ela se sentar, ela obedeceu.

Eu havia fundado o wild club há dois meses e haviam três posições principais, o cacique, o presidente e o coronel. O cacique comandaria todos, escolheria planos que seriam formulados pelo presidente e então o coronel acharia a melhor maneira de por os planos em prática. O resto dos membros eram os índios, seguranças e soldados. Parece brincadeira de criança não é? Mas nós levamos isso bem a sério. Fui eleita a cacique, e Luke tinha sido eleito coronel, agora só faltava a escolha do presidente, o qual Molly queria muito ser. Molly disse um dia que adoraria se pudéssemos ter um lugar onde não nos incomodassem no colégio, onde poderíamos planejar sem medo formas de viver tudo que pudermos até o último ano do colégio oque na sua língua particular é traduzido como "fazer o máximo de loucuras possíveis", foi aí que pensei em um clube para isso, teríamos nossa própria sala e ainda poderíamos arrecadar fundos alegando que na verdade era um clube de RPG. No inicio éramos quatro, eu, Luke, Molly e Ashton, mas com o tempo achamos outras seis pessoas.

Não demorou muito e boatos sobre o clube começaram a se espalhar.

   —  Ouvi dizerem que são da máfia.- uma garota disse.

  — Não! Isso é ridículo!- outra discordou- Eles fazem parte de uma gangue. 

  — Ah, por favor, é obvio que é algum tipo de culto misterioso.-outra comentou.

— Olha, eu não sei oque eles fazem lá e muito menos oque eles são. Mas uma coisa eu sei, eles não jogam estratégia naquele clube.- uma outra afirmou enquanto as outras afirmavam freneticamente com a cabeça.

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 SATURDAY, Zoe's house 11 a.m. TEMPOS ATUAIS

  — Chip!- gritei segurando o pote de ração do cachorro.- Chip! Almoço!- só então meu husky branco apareceu, ele ainda era um filhote de apenas dois meses. Tinha ganho ele do meu melhor amigo, o Michael e rapidamente criamos um vinculo. Chip devorou a ração em segundos e subiu no sofá da sala latindo para TV. Liguei ela e me sentei ao lado dele colocando nosso desenho favorito, Gravity Falls: Um verão de mistérios. Ele assistia tão atento que quando a campainha tocou nem se mexeu. Olhei para minha roupa e dei de ombros, estava usando uma camiseta da Oasis até o meio da coxa e minha pantufa em forma de coelho. Abri a porta e vi Luke parado com várias malas em volta dele.

  — Ah, meu Deus.- eu disse.

— Não, sou só eu.-ele disse. Revirei os olhos. Esqueci que ele viria hoje.

—  Cade minha mãe?- perguntei.

 —  Estacionando o carro. -ele respondeu enquanto eu gritava pela minha empregada.  

— Martha! Minha mãe está chegando! Código Mulher Infernal!- gritei e avistei Martha arrumando tudo que via pela frente.- Chip! Chip!- fui gritando andando enquanto fazia sinal para Luke me seguir, encontrei Chip ainda assistindo o desenho.- Chip, temos visita.-disse desligando a TV, ele choramingou- Vamos, depois você assiste.

— O cachorro gosta de TV?-Luke perguntou.

— Sim.-respondi- Agora senta aí e finge que está confortável- indiquei o sofá e ouvi a campainha- Chip junto!- fui até a porta com Chip andando ao meu lado. Minha mãe estáva lá e fez uma cara feia ao ver Chip.

— O que é isto?-perguntou.

— Um cachorro.-respondi- Meu cachorro.

— Hm.-ela resmungou- Qual o nome dele?-perguntou andando para sala.

— Chip.-respondi a seguindo. Luke assistia o mesmo desenho de antes. Chip abanou o rabo e se sentou ao lado dele.

— Venha querido, vou mostrar a casa.- ela disse. Luke a seguiu e eu me joguei no sofá acariciando Chip.  Os ouvi voltando, Luke sorria torto.

  — Ele precisa tomar os remédios no horário certo e trocar os curativos regularmente.- ela avisou- Aqui estão todas as instruções.-peguei as folhas que ela segurava. Quando a olhei novamente ela segurava as chaves do meu carro e moto que havia confiscado no hospital, as peguei rapidamente-Nem pense que pode me enganar.- então saiu.

Ficamos vendo Gravity Falls e quando este terminou pedi para Martha servir o almoço.

— Esqueci como é a vida de filhinha do papai.- Luke comentou no almoço. Martha saiu apressada, provavelmente pensando que eu começaria a gritar. Apenas ri. -Afinal onde está Molly?-ele perguntou. Fechei meu rosto e larguei meu garfo.

  — Não somos amigos. E não vamos conversar como se fossemos. -conclui saindo. Corri até meu quarto e comecei a meditar.   "Três coisas que não podem ser escondidas: o sol, a lua, a verdade." repeti até me acalmar.

STORY (Português- BR) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora