Lua de sangue: rejeição (Livro Um - Completo)

A lenda dos gêmeos.

A muitos milênios dois gêmeos nasceram.
Uma coisa que nunca se havia visto no mundo dos Lycans. Mas, o mais incomum mesmo, além do fato de serem gémeos, foi o fato de que os meninos não eram parecidos em nada, nem sequer na cor da pele.
Enquanto um era tão pálido quanto um vampiro, o outro era tão escuro quanto uma pantera negra.
O que gerou muitas especulações e até a reunião de bruxas, magos e xamãs para saber mais sobre as crianças.

Como, sequer, era possível que existissem dois gêmeos assim? Era uma entre tantas perguntas que todos se faziam.

Ainda assim a maior pergunta da parte dos magos, xamãs e bruxas era: "o que tinham em comum?"

Bom, ambos seus lobos eram iguais. Sim, um pouco irreal de mais para crer, não se sabia como ou porque, e mesmo após milenios ainda não se sabe o motivo, apenas se sabe o que as línguas contam.

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Ouve um momento muito incomum para estas crianças, um momento que marcou suas vidas.

Quando o mundo era repleto de guerras territoriais, e que a honra era a palavra do guerreiro, estes jovens crescidos decidiram lutar contra alguma outra alcateia qualquer, obviamente, numa tentativa de defender seu territorio.
Luta sangrenta esta, devo disser.
Em um momento o jovem pálido lutava ferozmente, mas não viu o guerreiro que à suas costas estava, e então, um segundo foi o suficiente...

Bam!

O estrago estava feito, o jovem pálido sangrava e agonizava de dor sobre a terra imunda abaixo de si.
A alguns metros de distâncias lutava o jovem negro, ágil como uma pantera, mas então de repente, sem mais nem menos tudo ficou confuso. Em um momento, o jovem negro se esgueirava pronto para atacar o enemigo, e logo depois, este caia no chão e gritava agoniado.
Tentando alcançar a consciência e esforçando-se ao máximo para pedir ajuda, o jovem negro virou sua cabeça e observou seu querido irmão sangrando no chão, quase sem vida. Lutando contra a dor e a vontade de apenas jogar-se no chão manchado de sangue, fechar os olhos e deixar-se levar pela dor, o jovem arrastou-se até o irmão.
Apenas talvez um metro os separava.
Um momento e o jovem loiro virou a cabeça para a direita e sentiu, não soube como, que seu irmão estava ali.

- Ao menos - pensou o loiro - ele venho dizer adeus.

O jovem negro esticou a mão tentando alcançar o irmão, e graças a um guerreiro, que sem querer empurrou de tal forma ao pálido jovem à espera do ceifador, e que, de tal maneira fazendo com que o jovem negro pudesse encostar sua mão no irmão pálido. E como um passe de mágica, os olhos quase sem vida do albino retornaram a ostentar o brilho incomum e o jovem negro se sentiu mais forte do que nunca.
E os irmãos, se possível, mais unidos se tornaram.

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Anos se passaram após à maldita batalha na qual o jovem albino quase perdeu a vida.

Em um dia qualquer, logo após os irmãos O'Conner terem desistido de ter uma companheira, ambos decidiram passear pelos belíssimos campos escocês, não muito distantes de sua propriedade.
Caminhando sem rumo certo e falando sobre as novidades, os gêmeos escoceses inconscientemente se dirigiram ao rio que dividia suas terras da do vizinho Sir. Leonnel Raimund de Bonapeste II. Assim que chegaram ao rio que lentamente fluía, os gêmeos decidiram por um mergulho.
Logo após horas de brincadeiras e pequenas competições de mergulho, ambos sentiram um cheiro diferente, sem saber o que era e com medo de que fossem intrusos ou espiões da Inglaterra, decidiram-se por ir atrás do cheiro.

Caminharam por minutos entre as grandes árvores, seguindo uma trilha invisível. Um momento depois avistaram uma jovem a colher ervas, agachada junto à uma árvore com um vestido azul imundo. Ambos curiosos foram lentamente e silenciosamente até ela. Assim que apenas alguns metros os separavam dela, a moça paralisou, ainda agachada e tensa ficou. Os irmãos também ficaram com receio de que a moça os ouvesse notado.
Logo, sem mais nem menos, um coelho saiu pulando ao lado da moça causando que está caísse sentada no chão, derrubase as ervas que pegava e sujasse ainda mais o vestido já imundo.
Os irmão, cavalheiros como eram, decidiram ajudar a jovem, então se dirigiram à moça.
Assim que o negro pegou os braços finos da jovem e a puxou para cima, fazendo-a levantarse, seu destino foi traçado, sem meio de escape.
O albino, vendo que o irmão estava momentaneamte paralisado, sem querer, encostou a mão na jovem. Um segundo. Um segundo foi o necessário para que o jovem albino descobrisse que sua tão esperada companheira estava a apenas centímetros de distância.
E então estavam ambos os irmão paralisados. E a moça, que logo após segundo deu-se conta da situação, ficou tão chocada e feliz, que um sorriso tremido nos seus lábios apareceu.

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Contasse que os irmãos aceitaram a situação inusitada, e ambos, logo após horas na floresta conhecendo mais sua amada decidiram toma-la como deles. Assim que quando as estrelas apareceram e o sol já estava a muito adormecido, os três se encaminharam em direção ao Castelo. Quando lá chegaram, com uma situação se depararam. O Castelo estava em chamas, e sem que se descem conta, cercados ficaram e alguém, não se sabe quem, gritou com decisão:

- A bruxa lés lançou um feitiço! A bruxa deve queimar e eles também, pois fizeram um pacto com satã.

E logo após dito isso, o grito de guerra se ouviu e então, queimados e cortados foram os jovens irmãos e sua doce companheira.

A lenda conta que cada vez que um lobo encontra sua companheira e vice-versa, os gémeos e sua companheira estão lá, cuidando e protegendo para que o amor deles seja para sempre e que ninguém os machuque.

Dizem que o trio abençoado pela deusa Nyx foi. A Deusa sentindo a dor dos jovens, acolheu-os e deu-les uma missão, e que logo após protegerem tantos milhões de casais, finalmente, o trio poderia em fim unirse na terra e que sobre a proteção de Nyx, viveriam por tantos anos quantos quisessem.