Lua de sangue: rejeição (Livro Um - Completo)

32.

Obrigada pelos 99,6K meus amores! Obrigada também pelas estrelinhas! Isso significa muito pra mim!

Love vocês!

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Corriamos e corriamos por aquela extensa floresta. Eu na frente e Jason um pouquinho atrás.
Eu escutava as batidas na terra das patas dos lobos, dos meus lobos.
Alguns uivavam e outros se jogavam uns contra os outro numa brincadeira um pouco brutal mas que não feria ninguém.
Todos espalhados naquela floresta, pulando e correndo, o vento no nosso rosto e a lua brilhando na noite. As árvores pareciam brilhar sobre aquela luz prateada. As nuvem não foram capazes de esconder o brilho magnífico.

Cheguei no lago, alguns lobos atrás de mim e Jason ao meu lado. Pulei naquela maravilhosa água e me banhei naquele reflexo da lua.
Alguns lobos entraram também, outros tomaram a água dali.
Lucas deveria estar por aí correndo e Josi e Iago haviam sido perdidos de vista, mas aposto que estavam brincando por aí.
Estava um pouco embasbacada com tudo o que tinha acontecido em apenas algumas horas. Conheci uma mulher assustadora e linda que me ameaçava por algo que eu se quer tinha ideia do que era; logo eu me anunciei alfa e descubri que meu companheiro é um luna! Uma coisa que tecnicamente não existe! E o pior não era apenas isso, meu irmão doce e adorável estava destinado a uma garota terrível e eu sequer sabia o paradeiro dos príncipes.
E além do mais eu estava apavorada com uma possível guerra que supostamente seria inevitável e nessa guerra eu poderia perder minha família. Sem falar que meu suposto companheiro que me amaria incondicionalmente nem sequer alguma vez me desejou um 'bom dia' sem segundas intenções.
Que situação desesperadora a minha.
De repente, minha loba começou a ficar tensa e me dei conta que todos os lobos estavam em silêncio e em posição de ataque, e eu, dentro da água sequer me movi e tentei detectar qual era o problema.
Vi alguns galhos se mexendo e farejei o ar. Aha!
Esse era o momento mais esperado da noite, a caçada.
Notei que o movimento provinha de um cervo.
Sai da água devagar e tentei fazer o máximo de silêncio possível.
Uma brisa venho justamente de nossas costas levando consigo nosso cheiro à presa a nossa frente. Senti quando o animal farejou, parou, seu coração pulsando forte, acelerando a cada segundo e logo depois, correndo em disparada.
Um segundo e os lobos correndo atrás dele. Eu fui junto. Era o momento de o mais forte ficar com a primeira caça.
Corremos com o vento em nosso rosto. Um lobo batendo no outro, as bestas mostrando seu lado selvagem que geralmente era controlado.
Um lobo veio para cima de mim e eu no último segundo desviei o fazendo cair e fazendo com que outros dois lobos tropeçasem nele. Jason estava na minha cola, aliás, a besta estava na minha cola, correndo e tentando chegar antes de mim mas não estava tão selvagem a ponto de machucar sua companheira.

E este é o ponto mais incomum entre o humano e o animal, afinal, o lado humano de Jason estava sempre tentando me machucar, não com contato físico mas com palavras, mas, o lado animal que deveria ser selvagem para outras pessoas jamais me machucaria, nem mesmo sem querer. Tanto que enquando Jason batia e pulava em outros lobos tentamdo fazê-los desistir da presa, em nenhum momento pulou ou tentou me ferir, apenas tentava ir mais rápido.

Agora, quem vê estes meus pensamentos se pergunta o por que de eu estar pensando racionalmente e não como minha loba, não é?
Pois bem, meu lado humano está em algum lugar pensando enquanto minha loba assume o comando, e eu simplesmente não me preocupo, afinal, ela não é algum lobo selvagem com vontade de sangue.

E então acontece, a poucos metros está o cervo. Ao meu lado Jason e um pouco mais atrás dois lobos.

Eu sinto minha loba se preparar e em segundo eu estou pulando em cima do cervo, meus dentes rompem a barreira da pele de seu pescoço e então sinto o sangue do animal na minha boca. Sangue pulsante, o coração acelerando e o ganido do animal ferido.