Lucy e Fallon ficaram presos ao chão, surpreendidos com a reação de Carter. Instalou-se uma confusão na sala. Todos falavam e comentavam sobre o que tinha acontecido.
Lucy tomou a iniciativa de falar para tentar acalmar os animos. - Por favor acalmem-se. - Disse Lucy em voz alta.
No entanto, ninguém lhe prestou atenção. Lucy olhou desesperada para Fallon e, pisando o seu orgulho, pediu: - Fala com eles e tenta arranjar uma explicação razoável para o que aconteceu. Vou ver o que aconteceu ao Carter.
Quando Lucy ia começar a caminhar Fallon agarrou-a pelo braço, impedindo-a de avançar. Confusa, Lucy olhou para trás e deparou-se com um Fallon completamente desorientado. - Porque eu?
- Porque tu és o Rafael Fallon. As pessoas dão-te ouvidos.
Fallon não evitou um pequeno sorriso com as palavras de Lucy. Largou o seu braço e caminhou de novo para a frente da duzia de pessoas, que continuava a falar desordenadamente, confiante. Lucy correu para fora da sala e logo tentou pensar onde é que Carter se podia ter escondido. Não demorou muito pois o som de um murro a ser dado numa parede foi o suficiente para guiar Lucy ate Carter. Chegou a um quarto vazio. Carter estava encostado a parede. Tinha uma expressão irritada e frustrada.
Lucy aproximou-se dele e pousou a mão sobre o seu ombro. - O que aconteceu Carter? - Perguntou Lucy preocupada.
Carter demorou para se virar. - O que fazes aqui Lucy?
- Não costumo deixar que os meus aliados estraguem tudo ao primeiro discurso. - Disse rindo.
- Sou um covarde. Deixei que o medo se apoderasse de mim e fiz figura de idiota. - Disse Carter desiludido.
- Hey, não tas sozinho nisto. Tens-me a mim, ao Fallon, até o Damian esta do nosso lado. Temos tudo a nosso favor.
Carter encarou Lucy, sem expressão. - Tens a certeza que es um demônio?
Ambos não evitaram rir. A tensão suavisou. - É claro que eu sou um demônio, afinal quem causou esta guerra fui eu. - Disse Lucy sarcastica.
No entanto Carter notou que Lucy também estava a ser sincera. Que Lucy sentia que também tinha culpa. Carter e Lucy ficaram em silêncio, a olhar para o nada.
- Sabes que mais? Se ninguém fizer nada vamos todos acabar por morrer. Se alguém fizer sempre ha a probabilidade de nao morrermos. - Disse Carter confiante de novo.
Lucy sorriu com o entusiasmo de Carter. Mas logo esse sorriso desvaneceu. Fora a vez de Lucy ser apoderada pelo medo. Não medo de lutar pelo equilíbrio, de voltar a trazer a paz. Mas medo de voltar a rever Thomas e Conan. Nao sabia como iria acontecer. Se iria correr bem ou mal. Podia ser que não houvesse nenhum catástrofe e a relação de Lucy com ambos permitisse chegar a paz. Ou então podia ser que essa relação fosse ignorada por ambos e tanto Lucy como o resto da nova organização acabassem mortos. A segunda opção parecia mais real para Lucy, embora a primeira ainda lhe desse uma ponta de esperança. Carter percebeu que algo se passava com Lucy e perguntou: - O que te preocupa? Lucy olhou para Carter.
- Tava a pensar reencontro entre mim, o Conan e o Thomas. - Disse olhando para o chão. - Tanto pode ser um desastre como a chave para a paz. - Desabafou.
Carter levantou o queixo de Lucy com a sua mão e fe-la olhar nos seus olhos. - Não vou deixar que nada te aconteça. Aceitaste travar esta batalha a meu lado, não vou deixar que te façam mal.
Dito isto, os lábios de Lucy e de Carter cruzaram-se e formam um beijo ha ja muito necessitado por ambos.
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Guardiões do Subsolo
De TodoSelena tem vinte e sete anos,é estudante de medicina e trabalha no McDonalds, vive com Conan, o melhor amigo do seu pai que já faleceu, e ambos tem um caso amoroso que já dura há quase oito anos. Aparenta ser uma rapariga normal mas esconde um segre...