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Lá estava minha borboleta preferida usando seu suéter branco, saia rosa claro, meias da mesma cor e uma sapatilha branca. Um laço enfeitava seu cabelo.

Hoje ele estava mais lindo do que ontem, sempre delicado e meigo, doce. Eu não me canso de olha-lo. Ele sempre estava sorrindo com seus amigos e conversando bastante.

- Você não está observando as borboletas - uma voz conhecida soa ao meu lado e eu viro encarando Alan.

- Es- estou sim!

- Por acaso essa borboleta se chama Rafael Lange? - ele senta ao meu lado.

- Seu nome é Rafael? - pergunto voltando olhar o loiro que por incrível que parece estava me olhando também, corei e logo voltei a prestar atenção em Alan.

- Sim!

- Eu- eu não estava olhando para ele - sinto que estou mais vermelho que um tomate.

- Você está corado? - Pergunta sorrindo - Oh Felipe, estava o observando mesmo?

- Na- não!

- Você está gagueijando, já felei que é um péssimo mentiroso?

Que merda Alan

Puxo ar para meus pulmões e logo solto de uma vez, tentando achar outra desculpar para dizer ao Alan que não estava o observando, mais não conseguia pensar em nada, Alan me conhecia bem e não iria adiantar negar ele continuaria insistindo.

- Sim, eu estava - confesso.

- Que fofo - imita uma voz bem irritante.

- Por favor, para - volto a olhar Rafael, eu flagrei ele olhando para minha direção de novo, suas bochechas ficaram coradas, ele sorriu e colocou a uma das mãos na boca.

Esse jeitinho manhoso, infantil dele, era o que me fazia ficar mais encantado, suas bochechas que estavam coradas o deixava ainda mais lindo.

- Você está apaixonado - a voz de Alan me tira de meus pensamento

Eu não havia prestado atenção no que ele falou, depois aquelas palavras repetiram em minha mente, arregalei os olhos e olhei para Alan que sorria.

- O que? Eu, eu nem o conheço.

- E quem disse que isso importa? O que importa é o que você sentiu quando o viu, o que você sentiu?

Eu olhei para a grama, tentando achar alguma resposta. Meu olhar vago para aquela grama verde, várias coisas passavam por minha cabeça. Quando levantei meu olhar e olhei aquelas pernas com meias, aqueles lábios rosados, aqueles olhos azuis sentir algo diferente, algo que nem eu consigo explicar.

- E- eu não sei dizer - escuto Alan sorri.

- Por que não fala com ele?

Eu olho de novo aquele ser em minha frente, ele parecia tão frágil.

- Quem sabe um dia.

- Tudo bem, continue observando sua borboleta - Alan diz e se levanta indo em direção a cantina.

Eu volto a observar Rafael mais ele já não estava mais lá, o sinal toca e eu começo a arrumas minhas coisas que estavam espalhadas pelo chão para ir a sala de aula.

Butterfly//CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora