F O U R

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- Hey - escuto uma voz ao meu lado, não era uma voz qualquer, era a voz, a voz da minha borboleta.

- Heey - falo.

Ele senta ao meu lado e coloca o cabeça em meu ombro e observa as borboletas comigo.

Ele estava lindo como sempre, suas roupas delicadas sempre em tons claros, suas meias. Lindo!

Passaram alguns minutos, estávamos em completo silêncio ate que foi quebrado por vozes e risos.

- Ei sua bixinha - um garoto diz para Rafa - Achou outra bixa pra ser sua namorada? - ele diz olhando para mim.

Ele nos olhava com nojo, raiva, eu não entendo por que ele falava assim com ele.

- Responde! - ele grita em cima de Rafael que colocava a mão no rosto e fazia sinal de não com a cabeça, ele colocava suas pernas para mais perto de seu corpo, eu não aguento ver isso, quem esse cara pensa que é?

- Ei, não fale assim com ele - o enfrentei. Não sei o que deu em mim mas eu o enfrentei, ele me olhou com cara de ódio, eu não ligava, eu só... Tenho que proteger minha linda borboleta. Minha frágil e bela borboleta.

- Ou vai fazer o que?

Eu não sabia o que fazer, uma dor forte no meu rosto eu sentir que me fez perder um pouco a força e cair no chão, eu acabei de levar um soco.

Logo seus "capangas" vieram e começam a me chutar.

Eu pude ouvir os gritos de Rafa pedindo para parar e se calando logo em seguida, meu corpo está todo dolorido, as pessoas que estavam em nossa volta não fizeram nada, só observavam tudo com um sorriso estapando em seus rosto.

Maldito dia em que Alan e Maethe resolveram faltar.

Depois de chutes e socos eles nos deixaram, meu rosto estava muito dolorido, e meu corpo mais ainda.

Olho para o lado e vejo minha borboleta desmaiada ao meu lado, o meu desespero foi enorme, vi que tinha uma marca enorme roxa no olho esquerdo e sua boca estava ferida.

Uma dor forte eu senti, comecei a chorar, eles poderiam fazer o que quisessem comigo mais não era pra tocar nele, poderia ter sido só eu.

Ele se meche em meu colo e me encara, aqueles olhos azuis cheios de lágrimas me encarando, aquilo doía em mim, vê-lo naquele estado.

Nós nos levantamos e fomos emboram daquele lugar, eu o levei para minha casa para cuidarmos desses ferimentos.

Ele disse que iria cuidar dos meus também por que os meus estavam piores e precisavam de carinho especial.

Sorri com o quão infantil e meigo isso soou, então fomos direto para casa.

Butterfly//CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora