PRIMEIRO CAPÍTULO

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ELE

Eu detetive Andrew Miller, conhecido por desvendar crimes de assassinatos em série, fui chamado às quatro da manhã para o local de uma cena de um crime, crime este que fazia parte de uma série, pois pelas informações que tínhamos, já era o terceiro com as mesmas características.
O corpo sempre era encontrado em uma bela cama de um hotel de luxo, a vítima nu, preso a cama e com o coração faltando.
Eu me perguntava constantemente, qual era a finalidade de tudo isso? Como ninguém via quem o estava acompanhando? Era difícil de acreditar, mas nem nas câmeras de segurança constava isso. Estava com um puta mistério em minhas mãos.
A hipótese é que seriam duas pessoas, um homem e uma mulher. Pois as vítimas homens eram grandes e fortes, para serem presos com tanta facilidade, sem contar que a cena continha fortes indícios de sexo. Ou era mesmo uma mulher, que com algum tipo de persuasão, fazia isso é concluía o crime. Mas é realmente difícil conseguir assimilar o porquê de tudo isso.
Quais os motivos? Que ligação uma vítima tinha com a outra? Até agora um verdadeiro mistério, que teria que desvendar, conseguir pelo menos uma pista ou logo a pressão seria grande sobre a polícia de Nova York.
Um terceiro assassinato... era tudo que eu não queria.

Chegando ao local, vejo que meu chefe chegou com a equipe antes de mim. E a cara dele não é nada boa, já deve ter entrado no local e visto o que me espera.
Desço do meu carro e vou até a equipe de perícia, pego um par de luvas e um pequeno frasco para colher amostras, coisa que nos últimos dois crimes, não consegui nada. Coisa nenhuma foi encontrada, o criminoso é muito meticuloso, para não deixar nada para trás que o incrimine.
William Campbell, meu chefe veio caminhando a passos lentos em minha direção
_ Isso não é de Deus! O que diabos isso quer dizer? Você sabe que precisamos encontrar algo, Andrew. A imagem de um dos crimes vazou, e estamos recebendo pressão para resolvermos esse caso, antes que fique pior.
_ Bom, você sabe que a perícia não está conseguindo nada até agora, as câmeras também não nos ajudaram em nada até agora. Nem uma testemunha, nenhum barulho incomum. O que espera que eu faça sem pistas? As vítimas também não tinham nenhuma ligação, pelo menos até agora.
_ Espero que consiga algo hoje. Quero prender logo esse canalha!
_ Mulher.
_ O que você disse, Andrew?
_ Eu disse que é uma mulher.
_ Não acredito muito nisso, mas desde que a peguemos, não me importo com o sexo do assassino. _ disse ele fazendo uma careta.
Will tem o estômago "sensível" como ele diz, mas sei que ele não aguenta ver esse tipo de coisa. Apesar de já ter visto mais atrocidades do que eu.

Tenho apenas trinta e dois anos e estou a dez nessa área, me tornei o melhor de Nova York nesse pouco tempo. Moro sozinho e tenho um gato. Engraçado? Não é tão engraçado, só adoro gatos, mesmo ele sendo minha única companhia quando estou em casa, não tenho tempo para relacionamentos. Ou como diz minha sábia mãe, "não encontrei a mulher ideal ainda".
Tenho tempo apenas de trabalhar e malhar nas horas vagas. Tenho 1,89 de altura, olhos azuis claros e pele branca, levemente bronzeada e cabelos pretos. É, eu sei que preciso pegar um pouco de sol, mas como sempre, me falta tempo.

Entro no cenário de terror que me aguarda. Um quarto de hotel luxuoso, com um homem nu morto, que um dia foi considerado bonito, forte e atraente. Preso por algemas, com o peito aberto e sem coração.
Vou até a carteira da vítima para saber como devo chamá-lo, não gosto de dar números a pessoas mortas, pois já estiveram vivas e isso é estranho para mim.
O nome é James Roberts, e é advogado, mora em um condomínio de luxo em Lower East Side.
É, ela sabe escolher bem as vítimas, tenho que admitir. Rico, malhado, boa aparência e alto.
Os outros dois, eram médico e engenheiro. Todos com grana e mortos em hotéis de luxo.
Caminho até o homem morto e olho em seus olhos semi-abertos, ainda dá para perceber que eram azuis. Pode parecer estranho, mas é a única semelhança ou ligação que estou percebendo. Todas as vítimas, até agora, tinham olhos azuis. E... Como os meus.
Olho em sua cavidade torácica e vejo que ela fez um trabalho impressionante, só retirou o coração sem causar estrago em mais nada ali dentro. De maneira cirúrgica e precisa.
Ao lado da cama, consigo perceber um pequeno, mas visível, pelo menos pra mim, um fragmento de fita adesiva, é o que parece... Claro! Só poderia ser isso que ela usava para limpar qualquer vestígio.
Chamo a chefe de perícia, Cláudia Seymour, que está conversando com seu jovem assistente.
_ Ei, Clau! Venha até aqui.
_ Achou alguma coisa, bonitão? _ ela sorri, vindo rebolando até onde estou.
Ninguém pode me culpar por olhar. Ela é uma morena muito bonita e atraente, e sei que tem uma queda por mim.
_ Sim, me empresta sua pinça. _ ela me entrega e como estou abaixado, aproveita para me mostrar seu decote, discretamente, mas ainda assim eu percebi.
Coloco delicadamente, o pedacinho de fita dentro do pequeno recipiente e passo para ela.
_ O que é isso, Andrew?
_ Acho que acabei de encontrar, o que talvez ela use para limpar a cena do crime.
_ Bom garoto!
_ Bom,é? Estou fazendo o seu trabalho, vou cobrar do seu salário. _ sorrio, pois sei que ela levou isso na malícia.
_ Hummmmmm. Então faça isso valer a pena, bonitão. Vou levar isso para o meu assistente e volto para ver o que mais você achou. _ ela dá uma piscadela e se vai.
Procuro por mais que isso. Não posso levar um caso à diante com apenas um pedacinho de fita adesiva.
Ando até a cômoda e vejo que há sinais de copos ou talvez... Taças. Mas não vejo nenhuma em lugar algum e o chefe de cozinha disse que não foi feito nenhum pedido para essa suíte. Que estranho.
Observo mais de perto e consigo ver uma pequena gota, do que me parece ser vinho. Chamo a Cláudia outra vez, para coletar a pequena gota para a perícia, não sei no que pode ajudar, mas já é alguma coisa.
Depois de a perícia liberar o corpo para ser levado, passo mais duas horas tentando encontrar algo, mas infelizmente, Não consegui mais nada. Apenas um convite para o café da manhã.
Eu sabia que Cláudia não perderia essa oportunidade, e pra falar a verdade, nem eu.
Atravessarmos a rua do hotel e fomos a uma cafeteria. Pode parecer estranho, mas essas coisas nunca tiram meu apetite, e com uma bela mulher ao meu lado, só aumenta, se é que você me entende.
Pedi um café preto com açúcar e ela também. E pedimos quatro daquelas roscas recheadas com creme de baunilha e cobertas de açúcar.
_ Como consegue esse corpo comendo isso? _ pergunto a ela.
_ Genética, eu acho. _ responde com um dar de ombros.
_ Claro. Não consigo pensar em outra coisa. _ sorrio
_ Está gostando do que vê, detetive?
Ela agora está sem o jaleco e o crachá, com uma blusa colada ao corpo, com um belo decote e de calça jeans justa.
_ Sim, muito.
_ Então posso saber,por que nunca me chamou para sair? Já trabalhamos juntos a mais de cinco anos e percebo como me olha.
_ Não estou preparado para um relacionamento.
_ Eu também não, mas isso não impede de um bom sexo casual, não acha?
_ Você é direta, gosto de mulheres assim. Sim, não vejo problema se, isso não afetar a nossa relação profissional.
_ Está com medo detetive?
_ Vamos para outro lugar? Preciso gastar energia e dormir um pouco. O que acha? _ sorrio malicioso e ela gargalha.
Terminamos o nosso café da manhã e fomos cada um para seus respectivos carros. Eu iria para minha casa e ela iria me seguir até lá, com seu carro logo atrás.

Eu moro no Bronx, o bairro é pobre, mas moro em uma área bem legal, a casa é boa e tenho amizade com a bandidagem também, então não tenho problemas, pois cresci aqui junto com o pessoal do bairro.
Meu pai morreu de aneurisma quando fiz dezoito anos, depois de alguns anos, minha mãe conheceu um bom homem, o John Harris, ele é rico e transformou minha mãe em uma dondoca, mas ela é feliz, isso que importa. Ele é um magnata do petróleo, mas nunca conversei com ele sobre isso. John também era viúvo e tem uma filha, Dayana. Uma verdadeira tentação, mas como não quero confusão... A garota tem vinte anos, mas é uma maluca.

Chego finalmente em casa e já são dez horas da manhã. Cláudia estaciona logo atrás. Não desço do carro e fico apreciando a visão dela saindo do carro e observando seus longos cabelos pretos, se movendo ao vento. Acho que alguém se deu bem hoje.
Ela se aproxima da janela do meu carro e posso sentir seu perfume envolvente me fazendo ficar duro na hora.
Ela se debruça na janela do carro para me provocar e mostrar mais uma vez seus seios fartos.
_ E aí, detetive bonitão, não vai me convidar para entrar? _ ela roça os lábios sobre os meus.
_ Agora mesmo, Doutora.
Espero ela se afastar e abro a porta do carro. Ela tem em média, um metro e sessenta e sete de altura. Tem um corpo esguio, totalmente atraente e de seios fartos. Cláudia tem vinte e nove anos e é boa no que faz, no trabalho é claro. O resto... Vou descobrir agora.
À levo para dentro da minha casa, rapidamente, para não perder tempo. Fecho a porta e já a pego ali mesmo, prenso ela contra a porta, beijando aquela boca provocativa e explorando aquele corpo cheio de curvas com as minhas mãos. Consigo a sentir gemer de prazer, na minha boca.
Minhas mãos ágeis tiram sua blusa, só para descobrir um sutiã de renda preta, todo bordado, muito sexy. Pena que vou ter que tirar. Aperto seus seios, não muito forte, enquanto beijo seu pescoço.
Tiro minhas mãos dela e me afasto para tirar meu casaco e minha camisa. Abro a minha calça enquanto ela tira a dela e chuta as sapatilhas para longe. Paro tudo o que estou fazendo e fico olhando, fascinado pelo seu corpo.
Volto a agir, a pegando nos braços e subindo as escadas para o meu quarto. A porta estava entre aberta, empurro com o pé e vou com ela direto para a cama.
Deixo-a ali deitada, me observando tirar o resto da roupa e vejo como ela se contorce a minha espera.
Seu olhar é lascivo ao ver meu membro. Estou duro como nunca, já faz algum tempo que não tenho uma mulher na minha cama.
Vou até ela e subo na cama, subindo com beijos por suas pernas, beijo sua barriga lisa, e continuo até chegar aos seus seios.
Então arranco seu sutiã e abocanho um de seus mamilos, enquanto massageio o outro. E seus gemidos me enlouquecem. Paro o que estou fazendo e tiro sua calcinha com força.
_ Se você estragar minhas roupas, vai ter que pagar. E minhas roupas íntimas não são baratas. _ ela fala ofegando.
_ Está supondo que não tenho dinheiro, só pelo meu endereço? _ dou um sorriso e mordo no seu ombro. Alcanço sua calcinha ao meu lado e a faço em duas. Ela me olha chocada.
_ Você... _ calo ela com a minha mão.
_ Shhhhhh.
Beijo sua boca, agora mais que excitado. Levo minha mão entre suas pernas e começo a masturbá-la. Quando sinto que está pronta para me receber, a abro para mim e afasto bem as suas pernas, coloco uma camisinha e me posiciono. Enquanto beijo sua boca, pescoço e seios, eu entro devagar para não machucá-la. Sua respiração acelera, ela começa a gemer e começo a me mover mais rápido.
Mantenho as estocadas em um ritmo constante, levo minha mão até o seu clitóris e faço movimentos circulares com um pouco de pressão e ouço seus gemidos aumentarem,eu percebo os sinais de um orgasmo chegando. Não paro até a ouvir gritar meu nome, depois disso a viro de quatro para mim e entro de uma só vez, a fazendo ofegar. Me movimento até sentir que posso explodir de prazer e gozo chamando seu nome.
Estamos exaustos por repetir isso algumas vezes, e caímos no sono, sem nem mesmo perceber.

A Colecionadora de coraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora